O Complexo N, página sobre a cultura alternativa açoriana publicou uma reportagem sobre Nuno Mendonça, o carismático baixista dos extremamente activos Zurrapa e também músico dos Tumulo, Basalto e Spiral Sputnik...
É assustadora a lista de músicos açorianos radicados noutras paragens. É algo que nos faz pensar: e se estivessem todos cá? Teríamos várias filarmónicas? Vários supergrupos? Ou teríamos ainda mais talento desperdiçado? Motivos de diversas ordens privaram as ilhas de largas dezenas de músicos (segundo um levantamento que já efectuámos) nas últimas quatro décadas. Por um lado, é um sinal da longa tradição de emigração nos Açores, por outro, a constatação de que existe uma apetência artística incomum numa região tão pequena e isolada.
O caso de Nuno Mendonça é paradigmático. Até nem foi para muito longe – vive em Viseu -, e deslocou-se para estudar.
Mas fê-lo há 23 anos, e por lá ficou. Quem se recorda dele ainda na sua terra natal, dirá que é daqueles metaleiros que se notam a quilómetros. Tinha uma imagem característica e vestia-se a rigor, mas este é apenas um mero acessório quando a verdadeira paixão vem de dentro.
Viveu no tempo do tape trading desenfreado, adquirindo música muitas vezes às cegas – por ser um verdadeiro curioso -, e orgulha-se de quando era só um entusiástico membro do público.
São personalidades assim que, de certo, enriquecem qualquer movimento artístico, lamentando-se, por isso, que tenha saído dos Açores.
No entanto, os Açores nunca saíram dele, e promete um dia voltar.
Podem ler a reportagem na íntegra acedendo aqui!

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