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quarta-feira, março 16, 2005

Medicamentos fora das farmácias

Este é um dos grandes temas debatidos actualmente no nosso país...

E uma das primeiras medidas adoptadas pelo novo governo...

A venda de medicamentos fora das farmácias!

E digo no nosso país, porque em imensos países isso já acontece, vários são os produtos que estão à venda em supermercados e pequenas lojas de comércio.

Em notícia recente, as gasolineiras também querem vender medicamentos.

Deixo aqui um convite aberto para o "debate" de ideias!

Quem quiser se pronunciar sobre este assunto, mesmo sem saber todos os pormenores da medida (que por acaso ainda não foram referenciados pelos senhores governantes).

Acho que é sempre positivo ler opiniões diferentes da nossa, por isso "abro" eu o "fórum" com o primeiro comentário.

Não se esqueçam que é possível comentar anonimamente, casta clicar já abaixo em "Comments" e escolher a opção "anonymus".

Aguardo a tua opinião! Força!

9 comentários:

  1. Fica aqui a minha humilde opinião, mas que é válida como qualuqer outra...

    Só temos a ganhar com uma medida como esta.

    Porquê?

    Sempre se ouviu falar nos lobbys das farmácias, especialmente em relação aos genéricos e aos acordos "bonitos" que fazem com os médicos e laboratórios...

    Mas as coisas não mudaram muito, apesar das denúncias e chamadas de atenção...

    Com esta medida, facilmente se pode progredir (quem sabe, se daqui a pouco tempo) para pequenos gabinetes de saúde, tipo de aconselhamento (no género dos conselhos que dão na farmácia), dentro dos supermercados.

    Já o fazem em artigos como cremes e produtos naturais.

    É claro que como em todas as medidas sérias e delicadas como esta (sem querer comparar directamente, mas de importâncias diferentes e igualmente polémicas, como o aborto, a liberalização de drogas leves ou a eutanásia), tudo tem de ser avaliado e em certos termos.

    Os parâmetros têm de ser bem pensados.

    Em minha opinião, o ideal seria aplicarem esta medida a medicamentos como as aspirinas (melhoral, Paracetamol e outros do género, não estou a falar de marcas), produtos para aliviar dores (anti-inflamatórios, tão receitados em força pelos médicos nesta última crise de gripe) e outros que possam resolver uma situação corrente do nosso quotidiano.

    Mas claro que seria obrigatório fazerem uma gigantesca campanha de sensibilização, na tv, jornais, em todos os meio de comunicação possíveis, advertindo que se deve ler sempre o documento que acompanha o medicamento e que a alteração da dosagem pode provocar efeitos irreversíveis na saúde.

    Também mencionando que se ocorrer alterações do estado de saúde de quem toma esse medicamento, se deve dirigir imediatamente ao medico.

    Nós bem sabemos que o português é extremamente abusador com novas "liberdades".

    Mas a medida é positiva para o público.

    Vai haver concorrência directa entre farmácias, supermercados e gasolineiras, o que pode baixar o preço dos produtos, consideravelmente, embora creio que haja um agente regulador dos preços dos medicamentos, que não permite grandes "exageros"

    Mas imaginem só uma coisa...

    Não vão ter de enfrentar uma fila gigantesca na farmácia, especialmente aos fins-de-semana e em serviços nocturnos, nem esperar pelo aconselhamento demoroso do farmaceutico à "madame" de qual o melhor creme para aplicar nas rugas...

    É passar pelo "extra" mais próximo e já está!!!

    Ou lembrarmo-nos que faz falta em casa o pão, o leite, o feijão, as cervejongas...

    E as aspirinas.

    Li uma reportagem há uns dias em que especificava bem a categoria dos medicamentos que poderiam ser incluídos nesta medidia sem prejudicar naturalmente o individuo.

    Só indicarem que são os medicamentos sem estarem sujeitos a receita médica, parece-me vago...

    Mas...

    Alguém tem uma opinião diferente???

    Abro a "porta"...

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  2. Ah, e esqueci-me de mencionar que nessa campanha de sensibilização se deveria voltar a chamar à atenção a uma acção bem simples, mas que muitas vezes é esquecida pelas pessoas...

    O prazo dos medicamentos deve ser SEMPRE consultado, antes de ser administrado.

    E que os medicamentos fora de prazo devem ser entregues nas farmácias e consequentemente, nos supermercados e postos de gasolina que serão obrigados a ter um depósito para o efeito.

    Tenho dito...

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  3. sou totalmente a favor da venda livre. sem duvida.

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  4. Antes de mais nada, e porque é a segunda vez, continuo sem perceber porque raio é que se apela e defende que as mensagens poderão ser colocadas em regime de anonimato. Mas então não é uma partilha de ideias? Não para poderemos trocar impressões? Porquê o anonimato? Há algum problema em expressarmos as nossas opiniões livremente? Estamos num país em que a censura de opinião já lá vai há uns 30 e poucos anos, por isso...
    "um convite aberto para o "debate" de ideias!" só vale se sabermos de quem são as ideias... "Quem quiser se pronunciar sobre este assunto", "quem" pressupõe uma pessoa de opinião formada e não uma 'posta de pescada' atirada para o ar... "ler opiniões diferentes da nossa", mas podermos perceber e trocar impressões porque a "nossa" já sabemos de quem é, enquanto que a dos anónimos nunca saberemos...

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  5. Quanto ao assunto em questão, não tenho muitas certezas...
    Todos sabemos que o lobby das farmacêuticas é poderosíssimo, que mantém os preços dos medicamentos em alta, para poderem gerar enormes lucros com a saúde, que 'tratam' muito bem os médicos com prendas e viagens para os arregimentarem para as suas marcas, que 'gamam' a sapiência de povos tribais sobre as propriedades de plantas e garantem os seus direitos universais sob a capa de patentes ocidentais.
    Quanto às farmacêuticas, elas não devem gostar deste repartir de mercado, já o seu negócio terá, desta forma, de ser partilhado, o que implica uma partilha de lucros...
    Os hipermercados, esses estão a aplaudir de pé. A juntar aos megalucros que já têm, vão garantir mais uma quota de mercado. A juntar às hortaliças, aos livros, aos iogurtes, ao pão e às carnes e peixes, vão estar as aspirinas e os antigripes.
    Isto implicou, o que discordo, o progressivo desaparecimento do negócio de bairro, da pequena loja, em detrimento dos tubarões das mega superfícies.
    Mas, o que aqui interessa aferir, é o que o público poderá vir a ganhar ou a perder. E ganha o quê? Ganha disponibilidade e... não estou a ver mais vantagens. E perde alguma coisa? A meu ver perde. Perde ao estar cada vez mais atado à decisão de ir ao hiper para se abastecer e com isso, cada vez mais atado à política consumista dos hipers e à estratégia de mercado que visa apenas fomentar o consumo de bens e emagrecer a bolsa do consumidor.
    Um 'pormenor' de grande importância. Um destes dias, alertou-se na comunicação social que Portugal estava no top dos países em que as pessoas mais consomem medicamentos. Sobretudo, por tudo e por nada. A aspirina já serve para qualquer coisa. A juntar à falta de informação e formação do português, suspeito que vai disparar o consumo de químicos por 'dá cá aquela palha'. Não esqueçamos que estamos a falar de químicos... Acho que não temos a maturação suficiente para se poder lidar com a oferta desmesurada (a tal liberdade) de quaisquer bens e produtos ao dispor.
    Uma pergunta: que mecanismos de controle estão previstos? Não sabemos. Sabemos apenas o que anúncio público do governo disse. Nada mais.

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  6. Ó Freejazzer, essa do debate só valer se soubermos "quem" se pronuncia e de quem são as opiniões, digo-lhe uma coisa:

    Não me lembro de ver o seu número do bilhete de identidade a acompanhar o seu nome completo, sr. "Manuel Freejazzer da Silva"...

    Claro que estou a brincar, mas, por vezes, quem não costuma estar nestas andanças dos blogs com muita frequência, tem um certo receio de ver o seu nome referenciado, especialmente em assuntos mais delicados...

    E relembro-o que há bem pouco tempo, após as eleições, vários políticos do PSD foram suspensos por se pronunciarem sobre os resultados e sobre seu líder, por comentarem em blogs abertamente.

    E também já li há uns tempos sobre críticos políticos que sofreram uma visita de uns senhores da judiciária, que lhe apreenderam o computador e intimaram-no a comparecer num processo.

    Essa tal censura de há 30 anos e tal... tem muito que se lhe diga.

    Mas ok, aconteceram em certos casos específicos.

    O Billy News só interessa mesmo à malta da pesada e a mais ninguém.

    Quanto à sua opinião sobre os medicamentos, é sempre bem vinda!

    Um forte abraço!

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  7. Continuo a discordar...
    Não se trata de BI com data de nascimento e nº de contribuinte. Simplesmente, se alguém tem uma opinião sobre o que quer que seja, por não dizê-la abertamente? Porque se esconder atrás de um anonimato?
    "quem não costuma estar nestas andanças dos blogs com muita frequência, tem um certo receio de ver o seu nome referenciado, especialmente em assuntos mais delicados..." Mais delicados? O que é delicado para uns pode não o ser para outros. Onde é a fronteira?
    Mas, tudo bem, estamos num país livre, por isso, digam o que pensam, mas não o digam em voz alta, porque o papão anda aí...
    6ª feira continuamos a conversa com uma cervejola à sempre. Abraço

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  8. Lá nos encontramos (sempre) com uma cervejola na mão e em amena cavaqueira...

    Cavaqueira??? Fodaaaaa-se, esta palavra fez-me lembrar um fantasma...

    Que anda por aí a rondar, ainda por cima...

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  9. Li numa notícia de hoje que em relação aos medicamentos, foi apurado o valor de 43% na medicamentação que não é utilizada na administração indicada pelos médicos.

    Ou seja, sobram sempre comprimidos, após o tratamento.

    As caixas de comprimidos deviam conter dosagens inferiores e se necessário, deveria adquirir-se 2, 3 ou 4 caixas, em vez de uma com 60 comprimidos, ou coisa do género...

    Mais um lobby?

    Ou mais uma polémica?

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