Depois de dar umas curvas, lá pelas 17 horas passei pela loja da Fnac de Cascais (Cascaishopping) e fui ver o concerto da Margarida Pinto, vocalista dos Coldfinger, mas num registo a solo, em nome próprio.
O som é extremamente melodioso, um pop certinho, com exactidão nas músicas, por vezes com notas soltas de um suave piano (em pano de fundo), com percussões várias, coros, contrabaixo (alternando com o baixo), muito agradável de ouvir.
Margarida contou com presenças bem conhecidas na sua banda de apoio (entre os quais, Cardona, o seu par em Coldfinger e Gui dos Xutos & Pontapés).
Outra presença notória foi da "inspiração" deste disco, que a cantora não deixou de manifestar e registrar no "apontamento", o seu primeiro trabalho.
A frágil face da vocalista deixava transparecer contentamento, após os 30 minutos de actuação no fórum daquela loja, com o atento público a prestar a devida homenagem.
Eis que de repente, a minha namorada Teresa descobre numa agenda de eventos das lojas Fnac, que os Mão Morta vão actuar daí a uns 45 minutos no espaço da loja do Chiado.
Toca a levantar e num instante, voámos de Cascais para o Chiado, em Lisboa.
Felizmente (ou talvez não) o início do espectáculo estava adiado por mais uns minutos.
Motivo principal, não havia quase ninguém no fórum da loja do Chiado, simplesmente por um "pequeno" pormenor...
Esta actuação não foi divulgada em lado nenhum!!!
Verifiquei há uns dias (ver notícia num post de dias atrás) que os Mão Morta iam actuar na loja do Norteshopping, em Matosinhos, mas nunca vi em lado nenhum a notícia do Chiado.
Pelos vistos, a única indicação vinha na agenda das lojas, mas como nem costumo visitar a Fnac, simplesmente não sabia (eu e muita gente, concerteza).
Adiante...
A prestação dos Mão Morta ficou-se pelo tema "Gumes", primeira canção do recente álbum "Nus" (tema com 25 minutos).
A novidade foi que banda se apresentou com uma crueza sonora fora de normal, digna de registro (talvez pelas condições oferecidas pelo espaço), com o vozeirão de Adolfo a ecoar pela loja afora...
Inúmeras pessoas acorreram ao fórum, largando livros e discos, intrigadas pelo espectáculo sonoro (e teatral) da banda.
"É os Mão Morta, é os Mão Morta" ouvia-se...
"São" os Mão Morta, sim senhor...
As guitarras atravessavam-se na melodia do tema, com a voz de Adolfo a rasgar a sala, como se de um comício se tratásse (sem megafone).
Aliás, momentos antes do espectáculo, foi curioso ouvir Adolfo a conversar, metros à minha frente, com o peculiar vozeirão, num ambiente ameno.
"O Adolfo é um senhor" dizia a Teresa... e é mesmo!
No final, houve momentos de alegre convívio (leia-se as cervejolas do costume), com Vasco Vaz (guitarrista dos Mão Morta) a confirmar-me que toda a gente lhe indicava que não sabia desta actuação e que manifestava desagrado por a notícia não ter sido melhor divulgada.
Os Mão Morta arrastam imensa gente em todos os seus concertos e é injusto haver uma actuação destas, com entrada livre e estarem 30 pessoas (mais, depois do início) a assistir a esta performance tão crua e tão dura.
Pecou por ser curta, mas mereceu bem a pena ter "corrido" estrada fora para ver a banda de Braga...
E como o Domingo já ia avançado, fui para casa ouvir "Apontamento" da Bela e "Nus" do Monstro...
olá rapazola!
ResponderEliminarPois é, estou a ouvir o álbum de Margarida Pinto, acabei de o comprar para oferecer.
Muito bom.. Som relaxante e muito bem produzido, com uma voz bem doce envolvente.
Esta malta dos "Dedos Frios" volta a dar cartas com muita mestria.
Eu, que nem ouço muito deste tipo de sonoridade, aconselho a descobrirem este disquinho, vale a pena.