Os Albert Fish já voltaram da tournée que fizeram no Brasil com os Garotos Podres...
Podem saber o que se passou nessas duas agitadas semanas, acedendo ao site da banda em...
www.albertfish.net
e ficam a conhecer todos os detalhes, tais como o local do primeiro concerto, o Bar & Cervejaria Billy's!!!
Não sei porquê, mas soa-me bem o nome desse local...
Não se esqueçam que está disponível o split-CD com as duas bandas, através da Anticorpos (ver review do Billy News, dias atrás).
Retirado do site dos Albert Fish:
ResponderEliminarTour Brasil 2006
Pois é, estamos de volta (e já com saudades) da nossa Tour conjunta com os Garotos Podres, por terras brasileiras.
O arranque da aventura foi a 01 de Fevereiro: uma longa viagem com escala em Milão, onde tivemos que aguardar duas horas, e chegada a São Paulo já dia 02 após termos esgotado as garrafas de vinho branco do avião.
Sem muito tempo para descanso e após os Garotos se juntarem a nós na carrinha, arrancámos directos para São José dos Campos, a primeira cidade a ser visitada.
O concerto foi no Bar & Cervejaria Billy’s, que encheu com cerca de 350 pessoas, PSHC e The Ratus foram as bandas de abertura e a recepção do público foi muito boa.
Dia 03 arrancámos bem cedo para o Rio de Janeiro, onde tocámos no Clube York O nome pode ter estilo mas a zona é das mais problemáticas do Rio.
Após o sound check procurámos o hotel para descansar um pouco, e após várias peripécias passámos por um tiroteio na avenida do sambódromo.
Para festejar 3 anos de Rock Clube montaram-se 2 palcos: o palco cover (com bandas de covers) e o palco independente, onde nós e Garotos tocámos depois de Ataque Periférico, Regime Obrigatório, Arkham e Tres Falt.
Poucos dias antes tinham sido as cheias que correram as notícias por todo o mundo, com vários mortos como registo.
Do tecto da sala ainda pingava água e algumas poças pela sala recordavam o sucedido.
O concerto acabou interrompido pela polícia, já durante o show de Garotos.
O concerto de dia 04 foi cancelado uma semana antes, como tal a viagem para Vila Velha foi mais descansada.
Com a viagem feita na véspera, e com trinta e tal graus a rasgar o termómetro, dia 05 ainda deu para dar um salto à praia para um mergulho no mar e umas caipirinhas na esplanada que invadia a areia.
O concerto começou cedo e tocaram ainda Cruld, Dzspero e Trino.
Umas 800 pessoas invadiram o Entre Amigos II e o ambiente caótico fez com que fosse possivelmente o melhor concerto da tour… simplesmente brutal!
O dia seguinte foi de regresso para São Paulo, uma viagem que parecia não acabar.
Dia 07 fomos até ao Bar do Zé, em Campinas, para o único concerto que tocámos sem Garotos Podres.
Aí fomos muito bem acompanhados pelos Scarlett O’Hara e Muzzarelas.
Chegou o dia posterior, day off para dar umas voltas em São Paulo, pôr outros assuntos em dia, visitar as Galerias do Rock (onde estivemos com o Fabião dos Olho Seco), responder a entrevistas por telefone, fazer visitas de turista e conhecer a mítica sala Hangar 110 (onde vimos tocar os The Draft).
Dia 09 foi o concerto no Rose Bom Bom, em São Paulo, excelente sala de espectáculos que infelizmente encerrou após esse concerto.
Cerca de 400 pessoas (bastante pessoal da velha guarda) estiveram presentes e apenas tocaram Albert Fish e Garotos Podres.
Antes do check sound filmámos uma entrevista com o Clemente dos míticos Inocentes, para um site informativo musical.
Dia 10 apanhámos o avião para Goiânia.
O concerto foi no Espaço Cultural Martim Cererê (um antigo reservatório de água que foi transformado numa bela sala) onde os Resistentes e Sangue Seco abriram as hostes.
Á volta de 600 pessoas estiveram no evento organizado pela Monstro Discos (grande referência sul-americana do Garage/Punk/Rock’n’Roll).
Foi sem dúvida dos melhores concertos, com grande reacção do público e muitas invasões de palco.
Por esta altura era frequente encontrar destaques da tour na imprensa (jornais, rádio e alguns canais televisivos onde inclusive passaram o videoclip “Sindelar”).
Dia 11 bem cedo apanhámos outro avião, próxima paragem: Palmas.
O concerto foi no 3º Tendencies Rock Festival, o maior festival de música independente de Tocantins, onde passaram mais de um milhar de pessoas.
Pela tarde acompanhámos os Garotos numa sessão de autógrafos na Tendencies (a loja pertencente ao pessoal da organização). Um grupo de putos tinha feito algumas dezenas de quilómetros a pé, porque não tinham dinheiro para o autocarro, apenas para o bilhete do concerto.
Acabámos por juntar uns trocos para que pudessem comer…
Com o termómetro a ultrapassar os 40 graus ainda deu tempo de dar um mergulho na piscina.
O concerto não foi muito famoso devido aos problemas em palco, onde ainda deu para apanhar uns quantos choques.
Após o gig (onde tocaram também Just Another Fuck, HC 137, A Baba de Mumm-Rá e Queen Evil) apenas houve tempo de tomar uma chuveirada e correr para mais um voo.
Dia seguinte: Brasília.
Concerto organizado pelo grande Phú e que teve lugar na Sala Funarte Cássia Eller.
A abrir estiveram os Cockteis, Macakongs 2099 e Maltrapilhos. Apesar de alguma tensão no início do show, devido a choques de “tribos” e políticas tão comuns em alguns pontos do Brasil, acabou por acabar tudo bem (e com duas carrinhas da polícia de intervenção à porta).
A noite ainda se prolongou até quase ao amanhecer, queimando-se os últimos cartuxos.
Dia 13 regresso a São Paulo, tempo apenas para arrumar as malas, fumar a última maconha e fazer despedidas.
Restava uma última e esgotante viagem de regresso a Portugal (novamente com escala em Milão – 5 graus negativos para abrir a pestana) onde chegámos já dia 14.
Do Brasil, além das recordações e amizades, trouxemos o Split CD Garotos Podres/ Albert Fish (editado no Brasil pelos GP e em Portugal pela Anticorpos DIY e Zerowork Recs).
O CD além de músicas de ambas as bandas, contém 4 vídeos de Garotos Podres e um vídeo de Albert Fish.
Um agradecimento eterno aos incomparáveis Garotos Podres, ao grande Cacá Prates que montou toda a tour, à Naiana que nos acompanhou no merchandise e ao Bruno (motorista oficial enquanto durou a carrinha e maconheiro fudido)!
Até já!
Albert Fish - 2006
o grande phu não organizou porra nenhuma
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