VC's incluidas...
"Valentim de Carvalho quer ter apenas dez lojas em 2007
cerca de 100 estabelecimentos, deverá ficar reduzida a dez unidades em 2007,
concentradas na Grande Lisboa, afirmou hoje à Agência Lusa o responsável da
empresa".
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«Estamos a reduzir a empresa para uma dimensão razoável e queremos alterar o
ResponderEliminarformato das lojas para nos aguentarmos dentro do mercado», adiantou Paulo
Sousa Marques, director geral da VC Lojas.
Das vinte lojas que existiam em 2005, o director-geral referiu que «mais de
metade perdia dinheiro por causa de rendas altíssimas e vendas baixíssimas».
Paulo Sousa Marques apontou o aumento da pirataria na música e nos DVDs como
a principal causa deste cenário entre as lojas Valentim de Carvalho.
«A pirataria tem que se controlada pelo Estado, que neste momento não está a
cumprir o seu papel. Estamos a legalizar o roubo», acusou o responsável.
O objectivo do grupo JRP, que adquiriu a VC Lojas, é redimensionar a empresa
para cerca de dez lojas, todas elas localizadas na zona da Grande Lisboa.
«É preciso cortar os ramos mortos para salvar os verdes», comparou o
responsável, dando como exemplo a loja no centro comercial LouresShopping,
uma das últimas a abrir, que vai sofrer alterações por ter ficado «abaixo
das expectativas».
Depois de encerradas ou redimensionadas as lojas, o Grupo JRP, que também
detém a Oficina do Livro, a distribuidora Castello Lopes e a LNK, pretende
«refrescar a marca», mantendo o conceito de venda de música, livros e DVDs.
A reformulação deverá também incluir a venda de música online.
Questionado sobre a possível concorrência da FNAC, Paulo Sousa Marques disse
que a cadeia francesa «tem um papel inevitável, mas que não fere de morte a
Valentim de Carvalho».
Para este ano está prevista uma facturação de apenas seis milhões de euros
para a VC Lojas.
O perfil do cliente das lojas de música é maioritariamente masculino e de
«nível cultural elevado».
A Valentim de Carvalho surgiu em 1914 na Rua da Assunção, na baixa de
Lisboa, vendendo instrumentos musicais, gramofones e pautas de música.
Em 1920 tornou-se a primeira editora discográfica portuguesa. A fadista
Maria Alice foi a primeira a gravar discos para a editora, que utilizava
como estúdio o Teatro Taborda.
Sessenta anos depois, na década de 1980, a empresa incorporou a editora
discográfica internacional EMI, criando a EMI-Valentim de Carvalho.
A marca Valentim de Carvalho estende-se ainda à área do audiovisual.
Diário Digital / Lusa
14-09-2006