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sexta-feira, setembro 15, 2006

Lojas VC - que futuro?

Acaba por ser preocupante o panorama nacional das lojas de música em geral,

VC's incluidas...

"Valentim de Carvalho quer ter apenas dez lojas em 2007

A cadeia de lojas de música Valentim de Carvalho (VC), que chegou a ter

cerca de 100 estabelecimentos, deverá ficar reduzida a dez unidades em 2007,

concentradas na Grande Lisboa, afirmou hoje à Agência Lusa o responsável da

empresa".



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1 comentário:

  1. «Estamos a reduzir a empresa para uma dimensão razoável e queremos alterar o
    formato das lojas para nos aguentarmos dentro do mercado», adiantou Paulo
    Sousa Marques, director geral da VC Lojas.

    Das vinte lojas que existiam em 2005, o director-geral referiu que «mais de
    metade perdia dinheiro por causa de rendas altíssimas e vendas baixíssimas».

    Paulo Sousa Marques apontou o aumento da pirataria na música e nos DVDs como
    a principal causa deste cenário entre as lojas Valentim de Carvalho.

    «A pirataria tem que se controlada pelo Estado, que neste momento não está a
    cumprir o seu papel. Estamos a legalizar o roubo», acusou o responsável.

    O objectivo do grupo JRP, que adquiriu a VC Lojas, é redimensionar a empresa
    para cerca de dez lojas, todas elas localizadas na zona da Grande Lisboa.

    «É preciso cortar os ramos mortos para salvar os verdes», comparou o
    responsável, dando como exemplo a loja no centro comercial LouresShopping,
    uma das últimas a abrir, que vai sofrer alterações por ter ficado «abaixo
    das expectativas».

    Depois de encerradas ou redimensionadas as lojas, o Grupo JRP, que também
    detém a Oficina do Livro, a distribuidora Castello Lopes e a LNK, pretende
    «refrescar a marca», mantendo o conceito de venda de música, livros e DVDs.
    A reformulação deverá também incluir a venda de música online.

    Questionado sobre a possível concorrência da FNAC, Paulo Sousa Marques disse
    que a cadeia francesa «tem um papel inevitável, mas que não fere de morte a
    Valentim de Carvalho».

    Para este ano está prevista uma facturação de apenas seis milhões de euros
    para a VC Lojas.

    O perfil do cliente das lojas de música é maioritariamente masculino e de
    «nível cultural elevado».

    A Valentim de Carvalho surgiu em 1914 na Rua da Assunção, na baixa de
    Lisboa, vendendo instrumentos musicais, gramofones e pautas de música.

    Em 1920 tornou-se a primeira editora discográfica portuguesa. A fadista
    Maria Alice foi a primeira a gravar discos para a editora, que utilizava
    como estúdio o Teatro Taborda.

    Sessenta anos depois, na década de 1980, a empresa incorporou a editora
    discográfica internacional EMI, criando a EMI-Valentim de Carvalho.

    A marca Valentim de Carvalho estende-se ainda à área do audiovisual.

    Diário Digital / Lusa

    14-09-2006

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