Os Peste & Sida fizeram duas (das três) apresentações no fim-de-semana passado, em jeito de teste de imensos temas do novo disco a sair muito em breve...
Se a ideia era testar o público em relação à sonoridade do novo trabalho, o objectivo foi completamente conseguido com uma resposta por parte do público que não deixa dúvidas...
...os Pestox conseguiram desde o primeiro minuto agarrar público, com muita gente a gritar os refrões bem alto...
...praticam um punk-rock cantado em português com influências de Xutos & Pontapés, Censurados e dos próprios Peste & Sida...
...de seguida houve a sessão sonora proporcionada pelo DJ que acompanha habitualmente os Peste (eu próprio), dedicada principalmente à (boa) música portuguesa que de algum modo partilhava alguma ‘cumplicidade’ com os Peste & Sida...
...E eis que chega o momento mais esperado da noite, os Peste em versão 2007, com um álbum novo ‘debaixo do braço’ e pronto a ser apresentado...
...o esgotado Culto (segundo os responsáveis, a maior enchente de sempre) entra em grande animação logo desde o instrumental de entrada...
2-3-07 CULTO BAR CACILHASMUITO BOM MOVIE BY BOMBA
...“Está na tua mão”, “Alerta Geral”, “Família em stress” e “Sol da Caparica” fazem a festa, mas era tempo de ouvir os novos temas...
2-3-07 CULTO BAR CACILHASMUITO BOM MOVIE BY BOMBA
...Um fado em versão punk rock, “Acredita” um tema algo diferente do universo dos Peste e “Revolução” (uma versão de Clash) continuam a mostrar a diversidade sonora da banda, que tanta gente cativou...
2-3-07 CULTO BAR CACILHASMUITO BOM MOVIE BY BOMBA
Podes (e deves) ver a review desta grande noite no Culto, clicando em “Comments” já abaixo...
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ResponderEliminarPeste & Sida – 2 dias de festa – dia I - Culto
Os Peste & Sida fizeram duas (das três) apresentações no fim-de-semana passado, em jeito de teste de imensos temas do novo disco a sair muito em breve...
Se a ideia era testar o público em relação à sonoridade do novo trabalho, o objectivo foi completamente conseguido com uma resposta por parte do público que não deixa dúvidas...
Foram dois dias de pura diversão, sempre com a música em sintonia e a animação em atingir proporções abismais...
Dia 2 de março era a primeira apresentação do ano e o local escolhido foi o Culto, espaço em Cacilhas que ‘ameaça’ ser obrigatório para qualquer fã de rock, seja de que estilo específico for...
E este início não podia ser melhor, para começar, foi a maior lotação de sempre no Culto com o espaço esgotado e grandes dificuldades em nos deslocar-mos ao bar, o que é sempre mau, certo?
Tudo começou com o habitual atraso, bem perto do início da noite (22 horas) estavam as bandas a acabar o teste de som, o que iria prolongar o som ambiente até mais tarde...
Sem muitas demoras (pouco depois das 23 horas), os Pestox dão início ao seu espectáculo...
A banda de Almada conseguiu desde o primeiro minuto agarrar público, com muita gente a gritar os refrões bem alto...
Já com alguma experiência (o início remonta aos anos 90), praticam um punk-rock cantado em português com influências de Xutos & Pontapés, Censurados e dos próprios Peste & Sida...
Essas influências por vezes são mais notórias, outras nem por isso, sente-se que a banda tem uma identidade própria e sem dúvida que o demonstrou perante (parte) do seu público, o que não deixou dúvidas a quem poderia estranhar a confirmação algo tardia da presença nesta noite (apenas 2 ou 3 dias antes).
Alguns temas conseguiam mesmo fazer ecoar pelo Culto fora, como “Puto Rebelde” ou “Bagaço”...
Foi uma boa prestação, animou o pessoal e serviu mesmo de aperitivo para o que viria a seguir (não sem antes, no último tema, rasgar-se a pele do bombo, causando um calafrio devido à bateria ser a única no momento).
De seguida houve a sessão sonora proporcionada pelo DJ que acompanha habitualmente os Peste (eu próprio), dedicada principalmente à (boa) música portuguesa que de algum modo partilhava alguma ‘cumplicidade’ com os Peste & Sida...
Houve especial destaque a Censurados, Mata-Ratos, Crise Total, Ku De Judas, Mão Morta ou aos mais contemporâneos Tara Perdida, M.A.D., Gazua e Barafunda Total, sempre cruzados com alguns temas de Peste & Sida para aguçar o ‘apetite’...
E eis que chega o momento mais esperado da noite, os Peste em versão 2007, com um álbum novo ‘debaixo do braço’ e pronto a ser apresentado...
O esgotado Culto (segundo os responsáveis, a maior enchente de sempre) entra em grande animação logo desde o instrumental de entrada...
A banda arranca com dois novos temas que arrasam qualquer plateia, “Cai No Real” e “Bebe Vinho” (já apresentados anteriormente) consolidam este regresso em grande, com grande movimentação por todo o espaço...
Até nos balcões se vislumbrava o pessoal em grande agitação, foi digno de se ver...
Começa o pessoal a cair sobre o palco, especialmente do lado do guitarrista João Alves (desligando os pedais de efeitos) e inicia-se um duelo do liga/desliga...
A banda tenta chamar a atenção ao pessoal e tudo serena (embora, volte a acontecer novamente minutos depois).
João San Payo tinha estampado na cara a imagem de satisfação, especialmente ele que esteve vários meses impossibilitado de tocar devido a uma fractura na perna... aliás, foi visível um banco alto, mais recuado para em momentos de pausa este que é um dos melhores ‘frontman’ em Portugal poder resguardar-se...
“Está na tua mão”, “Alerta Geral”, “Família em stress” e “Sol da Caparica” fazem a festa, mas era tempo de ouvir os novos temas...
Um fado em versão punk rock, “Acredita” um tema algo diferente do universo dos Peste e “Revolução” (uma versão de Clash) continuam a mostrar a diversidade sonora da banda, que tanta gente cativou (e em tempos foi motivo de crítica por alguns).
Outros temas novos remetem-nos para os tempos de “Veneno”, embora exactamente com um toque actualizado, mas uma coisa é certa, as letras de 1986 continuam a fazer sentido actualmente... e o público sabe isso.
Se motivo principal de ver um concerto dos Peste & Sida é a diversão total, de qualquer maneira o sentido de consciência pessoal e de crítica social nunca fica posto de lado (pelo contrário).
E se claramente os temas novos foram uma ‘vitória’ na conquista do agrado do pessoal numa massiva generalidade ali no Culto, há temas antigos que merecem ser recordados e que colocaram toda a gente a gritar em plenos pulmões...
“Alcides Pinto” foi um deles... e o óbvio “Chuta Cavalo” já no encore...
“Veneno” complementa o espólio sonoro dos Peste, contando ainda com as habituais brincadeiras e medleys que incluem “Reggaesida”, “Gingão” e “Paulinha”, com direito à história da dita cuja, interpretada/inventada por João Pedro Almendra.
Por falar em Almendra, o ‘Autista’ esteve em grande, com a sua presença típica de agitador, com o seu toque pessoal nas vocalizações, peculiares expressões faciais (que nos remetem para universos semelhantes aos de Jello Biafra, por exemplo) e para a sua atitude frenética em palco (o homem não pára, mesmo).
San Payo estava ‘esfomeado’ de actuações e esteve muito bem, apesar de alguma imobilização que mal se sentiu em palco...
A partilha de vocalizações e interpretação principal está sempre no ‘ponto’ e o seu baixo continua pujante...
Quanto ao espírito do San Payo em palco... igual a ele próprio, no seu melhor!
João Alves ‘segura’ o ritmo e mantém as guitarradas em grande nível, especialmente nestes novos temas onde mostra bem do que é capaz... para além das participações vocais seguras e especial vocalização no “Sol Da Caparica”).
Pena os pequenos azares com a malta da frente, que desligavam constantemente os pedais e guitarra (esta com visual transparente, segundo creio, em estreia neste concerto), mas foi um mal menor num concerto punk rock...
Marte Ciro tem de ser o ‘dono’ de cada bateria onde toca, este baterista ‘martelador’ dá-lhe com toda a alma e faz agitar os pratos como se os quisesse partir naquele momento...
A execução é perfeita, os ‘tempos’ e a noção da sonoridade apropriada para cada momento enriquecem os temas, adornando-os com o timbre adequado para cada situação (por vezes só o toque das baquetes diz tudo).
Tudo termina em apoteose, com o pessoal a pedir mais, mas a noite já ia longa...
Na memória fica (quanto a mim) uma das melhores prestações dos Peste & Sida, talvez por vários factores...
A apresentação dos novos temas que para um músico dá sempre um especial prazer, a energia que o público transmitia à banda (e vice-versa, a aproximação da banda com o público foi fundamental), a inspiração dos Peste nesta primeira apresentação de 2007 e ainda um factor bastante importante, quanto a mim...
A qualidade do som desta noite no Culto foi excelente, muito se deveu ao técnico ‘Sempre Em Festa’, conhecedor do espaço e banda (parabéns para ele).
Estava tudo perceptível, instrumentos, vozes, um espanto mesmo e acreditem, no teste de som ao final a tarde não estava tão perfeito, o cálculo da enchente foi na ‘mouche’.
Logo de seguida, houve mais uma sessão proporcionada por mim, com balanço e temas agitados para que o pessoal não pensásse que a ‘tareia’ ficava por ali...
Mais uma dose de punk soava pelas colunas do Culto, enquanto o pessoal se dividia entre curtir o som, apanhar um pouco de ar fresco à porta e dirigir-se à (agora) aliviada caminhada para o bar...
Cerca de uma hora depois, entra o DJ Eskimo oferecendo sonoridades rock um pouco diferentes, para refrescar (e bem) o ambiente, continuando a cativar os presentes que faziam questão de manter o ar ‘esgotado/suado’ e sorriso estampado, natural após presenciar uma grande noite...
E foi mesmo isso... uma noite em grande, para os Peste... e para todos nós!!!
Dia 9 no Excalibar é já a seguir...
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ResponderEliminarNão se esqueçam, podem obter mais informação nos links abaixo...
http://www.myspace.com/pestoxx
http://www.myspace.com/pestesida
http://www.cultoclub.com
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ResponderEliminarVídeos retirados do myspace, o meu agradecimento ao autor (Bombaja) pela disponibilização nesta página...
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ganda concerto foi mesmo do caralho. boa review billy
ResponderEliminarpena as imagens e o som estarem maus mas deve ter sido bem fixe. peste sempre!
ResponderEliminarFoi um grande concerto ja não via peste há mais de 15 anos.Estão excelentes curti muito mesmo. força para eles.
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