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sexta-feira, maio 04, 2007

Cultura Punk

Denomina-se cultura punk os estilos dentro da produção cultural que possuem certas características comuns àquelas ditas punk, como por exemplo o princípio de autonomia do faça-você-mesmo, o interesse pela aparência tosca e agressiva, a simplicidade, o sarcasmo niilista e a subversão da cultura.

Entre os elementos culturais punk estão: o estilo musical, a moda, o design, as artes plásticas, o cinema, a poesia, e também o comportamento (podendo incluir ou não princípios éticos e políticos definidos), expressões linguísticas, símbolos e outros códigos de comunicação.


Esta é à partida a definição de 'punk' na wikipédia, mas podem ver as restantes referências desta página, clicando em "Comments" já abaixo...

4 comentários:

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    Denomina-se cultura punk os estilos dentro da produção cultural que possuem certas características comuns àquelas ditas punk, como por exemplo o princípio de autonomia do faça-você-mesmo, o interesse pela aparência tosca e agressiva, a simplicidade, o sarcasmo niilista e a subversão da cultura. Entre os elementos culturais punk estão: o estilo musical, a moda, o design, as artes plásticas, o cinema, a poesia, e também o comportamento (podendo incluir ou não princípios éticos e políticos definidos), expressões linguísticas, símbolos e outros códigos de comunicação.

    A partir do fim da década de 1970 o conceito de cultura punk adquiriu novo sentido com a expressão movimento punk, que passou a ser usada para definir sua transformação em tribo urbana, substituindo uma concepção abrangente e pouco definida da atitude individual e fundamentalmente cultural pelo conceito de movimento social propriamente dito: a aceitação pelo indivíduo de uma ideologia, comportamento e postura supostos comum a todos membros do movimento punk ou da gangue ou ramificação/submovimento que ele pertence. O movimento punk é uma forma mais ou menos organizada e unificada, com o intuito de alcançar objetivos -seja a revolução política, almejada de forma diferente pelos vários subgrupos do movimento, seja a preservação e resistência da tradição punk, como forma cultural deliberadamente marginal e alternativa à cultura tradicional vigente na sociedade ou como manifestação de segregação e auto-afirmação por gangues de rua. A cultura punk, segundo esta definição, pode então ser entendida como costumes, tradições e ideologias de uma organização ou grupo social.

    Apesar de atualmente o conceito movimento punk ser a interpretação mais popular de cultura punk, nem todos indivíduos ligados a esta cultura são membros de um grupo ou movimento. Um grande número de punks definem o termo punk como uma manifestação fundamentalmente cultural e ideologicamente independente, cujo o aspecto revolucionário se baseia na subversão não-coerciva dos costumes do dia-a-dia sem no entanto se apegar à um objetivo preciso ou a um desejo de aceitação por um grupo de pessoas, representando uma postura distinta do caráter politicamente organizado e definido do movimento punk e de seu respectivo interesse na preservação da tradição punk em sua forma original ou considerada adequada.

    Esta diferença de postura entre o movimento punk e outros adeptos da cultura é responsável por constantes conflitos e discussões, às vezes violentos, que ocorrem no encontro destes indivíduos em ruas e festivais, ou através de meios de comunicação alternativos como revistas, fanzines e fóruns.

    Origem

    Originalmente o punk surge por volta de 1975 como uma manifestação cultural juvenil semelhante aos da década de 1950 e 1960: um modismo cujo interesse era a afirmação de uma personalidade ou estilo, não envolvendo intencionalmente questões éticas, políticas ou sociais. Era caracterizado quase que totalmente por um estilo baseado em música, moda e comportamento. Esta primeira manifestação punk, o estilo punk rock, surge primeiro nos Estados Unidos com a banda The Ramones por volta de 1975 e é caracterizada por um revivalismo da cultura rock and roll (músicas curtas, simples e
    dançantes) e do estilo rocker/greaser (jaquetas de couro estilo motoqueiro, camiseta branca, calça jeans, tênis e o culto a juventude, diversão e rebeldia). Enquanto o rock and roll tradicional ainda criava estrelas do rock, que distanciavam o público do músico, o punk rock rompeu este distanciamento trazendo o princípio da música super-simplificada (pouco mais que três acordes, facilmente tocados por qualquer pessoa sem formação mínima
    musical) e instigando naturalmente outros adolescentes a criarem suas próprias bandas. O punk rock chega à Inglaterra e influencia uma série de jovens pouco menos de um ano depois.

    Na Inglaterra o princípio de que "qualquer um pode montar uma banda" e o espírito renovador do punk rock se mesclaram a uma situação de tédio cultural e decadência social, desencadeando o punk propriamente dito. Extremamente empolgado pela apresentação dos Ramones, Mark Perry abandona seu emprego e produz o primeiro fanzine punk, o Sniffin' Glue ("cheirando cola"), com a intenção de promover esta nova agitação cultural. O fanzine foi o símbolo marco para o faça-você-mesmo punk, não tinha quase nenhum recurso financeiro e era marcado pelo estilo visual deliberadamente grosseiro e com senso de humor ácido. Os Sex Pistols, antes uma banda de punk-rock comum, se torna um projeto mais ambicioso com a tutela de Malcom McLaren e a inclusão de um vocalista inventivo e provocador, Johnny Rotten. A banda passa a usar suásticas e outros símbolos nazi-fascistas, além de símbolos comunistas e indumentária sadomasoquista num agressivo deboche dos valores políticos, morais e culturais (influenciados e patrocinados por Malcolm McLaren e Vivienne Westwood, amigos aficcionados pelas idéias Dadaístas e Situacionistas). Além de ridicularizar clássicos do rock and roll, as músicas da banda costumavam demonstrar um profundo pessimismo e niilismo, agredindo diretamente diversos elementos da cultura vigente, sempre em tom sarcástico e agressivo. Logo chamam a atenção de entusiastas que começam a acompanhar os shows produzindo eles próprios de forma caseira estilos de roupas e acessórios, em geral rearranjos de roupas tradicionais como ternos, camisas e vestidos, com itens sadomasoquistas, pregos, pinos, rasgos e retalhos. Essas características -sarcasmo, interesse pelo grosseiro e o ofensivo, valorização do faça-você-mesmo, reutilização de roupas e símbolos de conhecimento geral em um novo contexto bizarro, crítica social, desprezo pelas ideologias, sejam políticas ou morais, e pessimismo- somado ao estilo empolgante e direto do punk-rock definiram a primeira encarnação do que hoje entendemos como cultura punk. A partir de 1977 esta postura punk se tornou um fenômeno impactante na maior parte do mundo e pouco a pouco foi se transformando e ramificando em sub-gêneros.




    O primeiro aspecto cultural punk desenvolvido foi o estilo musical. A música punk desde suas origem até os dias de hoje passou por diversas mudanças e sub-divisões, englobando características que vão do pop-rock irônico e politicamente indiferente ao ruidoso discurso político panfletário. Apesar disso, nos diversos estilos de música punk o caráter anti-social e/ou socialmente crítico é bastante recorrente e a ausência destas características é vista por alguns como justificativa para o não-reconhecimento de uma banda como sendo do estilo punk. Estilos muito distintos do punk-rock também são desconsiderados com freqüência.

    O estilo punk-rock tradicional caracteriza-se pelo uso de poucos acordes, em geral power chords, solos breves e simples (ou ausência de solos), música de curta duração e letras sarcásticas que podem ser politizadas ou não, em muitos casos uma manifestação de antipatia à cultura vigente. Estas características não devem ser tomadas como uma definição geral de punk-rock pois bandas e variações bem difundidas do gênero apresentam características muitas vezes antagônicas a estas, como por exemplo as músicas longas e complexas do Television, o experimentalismo cacofônico do Crass, a tendência de sociabilização das bandas de hardcore moderno e o discurso sério de algumas bandas politizadas,

    As mais difundidas correntes musicais punks são as descendentes do estilo punk rock original, que mantém certas características sonoras em comum com sua origem e que podem ser classificadas como Rock. Destacam-se o hardcore, oi!, grindcore, crustcore e ska-punk. Existem também estilos que não têm como origem direta o punk-rock ou que se transformaram de tal forma que se tornaram notavelmente distintas. Entre eles estão o funk punk, reggae punk, pós-punk, synth-punk e outros. Há ainda outras correntes nitidamente semelhantes ao punk cujo o reconhecimento como parte do estilo não é unânime entre punks, em geral por demonstrarem uma atitude controversa ou não relacionada com o esteriótipo, como o caso da new wavee do pop-punk

    O gosto por certas bandas é algumas vezes interpretado como identificação de um indivíduo à um certo grupo, especialmente entre aqueles que defendem o caráter ideológico da cultura punk. Por exemplo, bandas como Histeria , Vírus 27 e Garotos Podres podem ser repudiado por grupos anarquistas pelas relações desses artistas com a cultura skinhead e careca, enquanto estas mesmas bandas podem ser bem aceitas e favoritas entre punks que não sejam anarcopunks. Da mesma forma que os outros elementos culturais, o porte de símbolos de certas bandas comumente associadas a determinados grupos ideológicos muitas vezes desencadeiam a hostilidade e a violência de adeptos de gangues e grupos do movimento punk com ideologia contrária...







    Hardcore, no contexto punk, refere-se à cena musical/cultural surgida internacionalmente através da "segunda onda" do punk, no começo da década de 1980, e mais comumente à um estilo de punk rock caracterizado inicialmente por tempos extremamente acelerados, canções curtas, letras baseadas no protesto político e social, revolta e frustrações individuais, cantadas de forma agressiva.


    América do Norte

    No final dos anos 70 (pode-se usar 1978 como ano-zero), uma série de bandas, em particular nas cidades costeiras do sul da Califórnia, nos Estados Unidos, em geral adolescentes suburbanos, formaram uma cena punk mais extrema (tanto no aspecto musical como comportamental) comparada às variações de sucesso de outras regiões do país e do resto do mundo. Hardcore significa literalmente "núcleo duro", mas o significado mais adequado em português seria "casca-grossa".

    A palavra já era usada para designar militantes agressivos, criminosos ou qualquer versão mais extrema ou exagerada de algo e foi adotada por punks como sinônimo de originalidade e radicalismo, tanto em oposição à sonoridade mais lenta e fiel ao Rock and Roll tradicional dos medalhões do punk rock como Sex Pistols, quanto à versão comercial e açucarada do gênero, conhecida como New Wave, que começava a triunfar nas FMs.

    Algumas das bandas pioneiras desta cena hardcore inicial da Califórnia, entre 1978 e 1980 foram os Germs, Black Flag, Middle Class, The Adolescents, Vicious Circle (que gerou o TSOL) no sul do Estado e, em São Francisco, os Dead Kennedys. Paralelamente, os Bad Brains e os Teen Idles desenvolviam um estilo semelhante do outro lado do país, em Washington D.C.

    Qual foi o primeiro disco do gênero é um ponto polêmico, mas dois discos que combinam pioneirismo com uma postura hardcore definida foram os EPs "Out of Vogue" da banda Middle Class (na altura o disco de rock mais veloz de todos os tempos) e "Nervous Breakdown", do Black Flag (menos rápido, mas igualmente agressivo), lançados em 1978. Neste mesmo ano saiu também o EP "Lexicon Devil", dos Germs, que, acelerando o andamento em relação ao primeiro single da banda, serviu como ponte entre a primeira geração do punk de Los Angeles e o Hardcore propriamente dito. O álbum da banda, "GI", sairia no ano seguinte e conteria ainda mais traços do que passaria a se chamar de Hardcore.

    Enquanto isso, em Vancouver, no Canadá, bandas como D.O.A. e Subhumans desenvolviam algo semelhante, musical e ideologicamente. O D.O.A. foi um dos responsáveis pela propagação do termo, com seu disco "Hardcore '81".

    Originalmente, as músicas punk mais velozes e agressivas eram denominadas genericamente thrash (literalmente surrar, espancar) o que inspirou anos depois a criação do termo Thrash Metal para designar bandas de Heavy Metal com influências e velocidade Hardcore . Com a fama underground de bandas da cena hardcore de inclinação à extrema velocidade, como Bad Brains, Circle Jerks, Dead Kennedys e Minor Threat, a palavra se tornou definitivamente um sinônimo para um estilo novo de punk rock. Este estilo se consolida nos primeiros anos da década de 1980 caracterizado por músicas que geralmente não chegam à 1 minuto de duração, com ritmos 2 por 2, velocidade extremamente acelerada, vozes gritadas, negação da estrutura verso-coro-verso, e guitarras exageradamente distorcidas.

    Em comparação com a primeira geração do Punk e com seus contemporâneos Europeus o Hardcore americano dos anos 80 não deu tanta importância ao visual. Assim como a música "aparava as arestas" do punk rock, tornando-o mais direto e econômico, os adeptos do Hardcore abandonaram em grande parte os badulaques e cortes de cabelo exóticos, substituindo-os por cabeças raspadas ou cortes militares e roupas baratas e mais "comuns", algumas vezes influenciadas pelo skate.

    Entre 1980 e 1981 muitos participantes da cena hardcore se aproximaram ideologicamente da primeira geração anarcopunk que se desenvolvia na Inglaterra. Ambas cenas demonstravam uma postura punk nitidamente construtiva (apesar das referências pessimistas e agressivas). Inicialmente a atitude mental positiva, em contraposição à típica imagem do punk como um junkie vândalo, foi defendida por membros dos Bad Brains, mas ganhou força com a postura anti auto-destrutiva da banda Minor Threat, que não usava nenhum tipo de drogas e foi transformada pouco tempo depois no movimento straight-edge. Na Inglaterra a primeira geração anarcopunk defendia, entre outras coisas, a não-violência e o veganismo/libertação animal.

    Outras importantes características compartilhadas são a formação de gravadoras completamente independentes e produção de folhetos e fanzines de cunho político. Jello Biafra, vocalista da banda hardcore Dead Kennedys, cria a gravadora independente Alternative Tentacles e se torna junto com a SST (do Black Flag) um dos marcos para a produção e divulgação hardcore.

    Europa

    Apesar do uso do termo Hardcore ter de fato se popularizado nos Estados Unidos, a Inglaterra também desenvolveu sua versão mais ou menos na mesma época. Lá, já no final dos anos 70 nomes como os U.K. Subs já aceleravam o andamento do Punk e bandas como o Crass radicalizavam a política do movimento, prenunciando o que estava por vir e se diferenciando das primeiras bandas, como Sex Pistols e The Clash.

    Mas o marco zero do Hardcore britânico de-facto foi o lançamento do EP "Realities of War", do Discharge. Com 4 músicas em 5 minutos e letras curtas e grossas (espécies de hai kais punks) sobre guerra e destruição, era o mais brutal pedaço de vinil já produzido pela cena musical inglesa. A imprensa não entendeu e apesar (ou por causa) das resenhas negativas, o lançamento influenciou rapidamente outras bandas a adotarem música e discurse semelhantes, inicialmente o Disorder (cujo primeiro EP "Complete Disorder" saiu no ano seguinte) e pouco depois Chaos UK, Varukers, Chaotic Dischord, e muitas outras.

    Algumas bandas, como Exploited e GBH costumam ser ligadas ao Hardcore britânico, mas o som um pouco mais "ortodoxo", menos direcionamento político e mais "fidelidade" ao punk dos anos 70 tornam sua classificação dentro do gênero um pouco problemática.

    Ao contrário do que ocorreu nos EUA, o Hardcore inglês radicalizou tanto na música e política quanto no visual. O couro (ou qualquer outro material) preto, arrebites e espetos tomaram conta da indumentária e os cortes de cabelo passaram a ser ainda mais arrepiados e muitas vezes mais longos, em forma de múltiplos cones.

    Este estilo se espalhou rapidamente pela Europa e por volta de 1982, o Hardcore havia tomado conta do velho continente. Bandas como Anti-Cimex, Shitlickers (Suécia), Riistetyt, Kaaos, Rattus (Finlândia), Upright Citizens (Alemanha), Eu's Arse, melancolin e Wretched (Itália), pegavam a base iniciada pelo Discharge e a levavam ainda mais longe e produzindo uma música ainda mais extrema.

    Brasil

    Ao contrário da Europa e EUA, o Brasil não vivenciou uma explosão punk/new wave nos anos 70. Isso só foi ocorrer no início da década seguinte, já sob a influência do Hardcore. Inclusive, os Restos de Nada, a primeira banda punk do país, formada na Zona Norte de São Paulo no final de 1977, já apresentava no final dos anos 70 uma sonoridade mais áspera e veloz do que a do típico "punk 77", como demonstram algumas das raros registros da época.

    Portanto, pode-se dizer que o Hardcore, de uma forma ou de outra foi quase desde o princípio a tendência dominante no punk brasileiro. O primeiro lançamento punk do país, a coletânea "Grito Suburbano", lançada no início de 1982 traz as bandas Olho Seco, Inocentes e Cólera apresentando cada uma 4 músicas rápidas e agressivas que não devem nada aos equivalentes no hemisfério norte. No entanto, o termo "hardcore" ainda era pouco usado e diz a lenda que a primeira banda a adotar o rótulo foi o Ratos de Porão, a partir de 1983.

    De acordo com testemunhas da época, tudo começou por aqui em 1981, quando a loja Punk Rock Discos do vocalista do Olho Seco, Fábio Sampaio, começou a receber discos como "Why?" do Discharge e "Group Sex" dos Circle Jerks. De início, alguns punks mais conservadores torceram o nariz, mas este novo som cabia como uma luva na realidade urbana de São Paulo e em poucos meses tomou a cena de assalto. Após estes primeiros contatos, começou a chegar mais material, como os lançamentos da Dischord (Minor Threat, Teen Idles, etc...) e bandas suecas e finlandesas. Pode-se dizer que por volta de 1985 a influência do hardcore americano, bastante presente no início da década, havia praticamente sumido (com excessão de bandas como o Grinders) e a sonoridade Britânico-Escandinava dominara a cena.

    Por volta de 1983 começou em São Paulo uma divisão entre a facção mais decidida e assumidamente Hardcore e os adeptos do punk rock dos anos 70, que continuavam se definindo apenas como punks. Algumas bandas que aderiram ao setor "hardcore" na altura foram Ratos de Porão, Olho Seco, Inocentes (brevemente, pois a banda logo acabaria, para voltar pouco depois com formação e som totalmente diferentes), Psykoze e pouco depois, alguns novos nomes como SP Caos, Ruidos Absurdos, Lobotomia e Armagedom, além dos Skate Punks do Grinders, inspirados pelo hardcore californiano. No Rio de Janeiro surgiam nomes como Desordeiros e Auschwitz e em Brasília B.S.B.H. e A.R.D. Esta nova turma "hardcore" se diferenciava da geração anterior (além do gosto musical) pelo visual mais carregado inspirado nas bandas inglesas e escandinavas, menor apego ao ganguismo e violência e, entre as bandas, pela temática freqüentemente abordando a guerra nuclear e temas mais "geopolíticos", por assim dizer.


    Emo (abreviação do inglês emotional) é um gênero de música derivado do Hardcore. O termo foi originalmente dado às bandas do cenário punk de Washington, DC que compunham num lirismo mais emotivo que o normal.

    Existem várias lendas que tentam explicar a origem do termo "emo", como a que um fã teria gritado "You´re emo!" (Tu és emo!) para uma banda (os mitos variam bastante quanto a banda em questão, sendo provavelmente o Embrace ou o Rites of Spring).

    No entanto, a realidade é que o nome foi criado por publicações alternativas como o fanzine Maximum RocknRoll e a revista de skate Thrasher para descrever a nova geração de bandas de "hardcore emocional" que aparecia no meio dos anos 80, encabeçada por bandas da gravadora Dischord de Washington DC, como as já citadas Embrace e Rites of Spring, além de Gray Matter, Dag Nasty e Fire Party.

    Nesta época, outras bandas já estabelecidas de hardcore, como 7 Seconds, Government Issue e Scream também aderiram à esta onda inicial do chamado "emocore", diminuindo o andamento, escrevendo letras mais introspectivas e acrescentando influências do rock alternativo de então.

    É importante lembrar que nenhuma destas bandas jamais aceitou ou se auto-definiu através deste rótulo. A palavra "Emo" era vista como uma piada ou algo pejorativo e artificial.

    O gênero (ou pelo menos o clássico estilo de Washington, o DC sound) primeiramente explorado por bandas como Faith, Rites of Spring e Embrace tem suas raízes no punk rock.

    O próximo passo na evolução do gênero veio em 1982 e durou até 1993 com as bandas Indian Summer, Moss Icon, Policy of Three, Still Life e Navio Forge. A dinâmica calmo/gritado ("quiet/loud") freqüentemente ouvida em bandas recentes tais como Seatia e Thursday tiveram suas raízes nestas bandas. No que diz respeito a voz, essas bandas intensificaram o estilo emocore. Muitas delas sempre fizeram uso de berros e gritos durante a apresentação, e motivo para muitos fãs de hardcore depreciarem os fãs de emo como "molengas"¹ ("wimps", "weaklings").

    Assim como foi infundida uma nova intensidade para o emocore, o emotional hardcore levou essa intensidade a um nível extremo. A cena teve início entre 1991 e 1992 com as bandas Heroin, Portraits of Past e Antioch Arrow que tocavam um estilo caótico, com vocais abrasivos e passionais².

    Após a supervalorização inicial da intensidade e da sonoridade caótica, o emotional hardcore sofreu um processo de "desacelaração". As bandas Sunny Day Real Estate e Mineral basearam seu estilo do Rites of Spring, outra banda do género emo.

    Nota-se uma nova tendência emo em abandonar o punk distorcido em favor de calmos violões. Na cultura alternativa diz-se que alguém é ou está emo quando demonstra muita sensibilidade.


    Screamo é um estilo musical com influências do hardcore surgindo no inicio dos anos 90. Bastante agressivo e intenso, suas principais características são as batidas rápidas, guitarras harmônicas e rápidas e por conter muitos gritos(scream). O nome origina-se de Scream'o'Rama que significa "berro o tempo todo", em comparação com as bandas de outros estilos que surgiam na época. Têm raízes melódicas e pode alternar partes guturais e agressivas com levadas mais compassadas ou lentas. Às vezes é confundido com Metalcore ou até mesmo com Death Metal pelas técnicas de berros, pois os dois estilos utilizam a técnica "drive" ou "throating" nos vocais.

    História

    O estilo surgiu nos Estado Unidos em meados dos anos 90, com bandas que se ramificaram a partir do hardcore, e hoje em dia possui várias bandas com várias propostas distintas, desde muito pesadas, agressivas e complexas até algumas que são mais voltadas para o lado melódico. Nos últimos anos o estilo têm adiquirido muitos adeptos de vários ramos diferentes, o que têm dado às bandas uma característica muito peculiar, talvez até confusa. É comum também a classificação das bandas em vários estilos diferentes ao mesmo tempo, o que indica uma falta de identidade com o rótulo, que pode se misturar com hardcore, post punk ou post-hardcore. Algumas bandas que servem de parâmetro são Underoath, From First To Last(principalmente seus primeiros álbuns), Saosin, Dance Gavin Dance, Chiodos, Alexisonfire, Emery e Saetia.

    Com o advento e a quase-democratização da internet, o estilo se difundiu pelos programas de download de músicas P2P como Napster, Kazaa e, mais posteriormente, pelos sites de relacionamento que mantém perfis musicais on-line. Sites como Myspace e Purevolume, que oferecem perfis musicais gratuitos, incluem o Screamo como um dos possíveis estilos. Com isso, veio a popularização e a formação de um público seleto, que começou a contar com bandas nacionais e shows de screamo começaram a tomar conta da cena underground.


    Metalcore (also known as hardcore metal) is a musical genre mixing elements of extreme metal and hardcore punk.

    Defining the metalcore sound is not a hard task, as various bands have fused a hardcore-influenced sound and attitude with many different types of metal. The earliest signs of this before being labeled metalcore was 'crossover thrash'. The band that declared the crossover was Dirty Rotten Imbeciles on their late 1980s album of the same name. Other bands, like Nuclear Assault and Suicidal Tendencies, are leading edge pioneers themselves.

    It should be noted that metalcore and crossover are generally considered separate identities, with "crossover" referring to a mix of thrash metal and hardcore, and metalcore being a slower, heavier, hardcore-rooted style influenced by thrash metal and death metal.

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    publicado por iskilled em...

    http://www.melresforum.net/melresforum/viewtopic.php?t=3422



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  2. **************************

    Se bem não considere exactos ou adquiridos os dados definidos em enciclopédias ou publicações semelhantes da definição de 'punk' ou 'movimento punk', acho que se tornam informativos e com alguns registos fiáveis, até mesmo 'históricos' (em termos de acontecimentos).

    Já agora, fica aqui a minha opinião, de um modo curto e simples mas de fácil leitura, um pouco sobre este fenómeno, mas sobretudo com uma visão actual dos acontecimentos...

    Tal como outros estilos, o punk sempre manteve uma característica 'especial' ao longo dos cerca de 30 anos (pelo menos como data definida como 'explosão' do movimento), que é exactamente de ser sempre de definição variável e pouco simplista, isto apesar de se basear em princípios básicos e directos...

    Um dos factores mais cativantes (em minha opinião) é exactamente essa indefinição, mas não só...

    Muito também pela 'garra' (leia-se 'atitude', 'adrenalina' e 'força de vontade') que desperta nas pessoas, especialmente pela vontade de fazer algo pelas próprias mãos (o tal espírito «do it yourself», também visível noutros estilos, eu bem sei).

    Se esse espírito está alterado, actualmente? Sem dúvida...

    Mas parecia impossível não ocorrerem várias mutações, depois mesmo de logo no início dos anos 80 ter sofrido alterações relevantes...

    Se o movimento punk fez todo o sentido em 1977 (e mesmo antes), pela enorme apatia tanto no panorama musical (após a saturação das 'grandes' bandas com enorme aparato em palco e com muito pouco 'sumo' em termos prácticos), como em termos de inconformismo especialmente na juventude (com a cansativa e exaustiva atitude hippie), não creio que hoje em dia haja um desfazamento relevante em relação ao panorama que se nos vislumbra pela frente, seja a nível do nosso 'universo', pela nossa localidade, país ou mesmo a nível mundial.

    Basicamente, trata-se de não andar de olhos tapados, coisa que as instituições tanto gostam...

    Se 'o punk morreu'?

    Não e tenho a certeza disso...

    Se há muita gente a 'utilizar' a «veia punk» para sobressair ou tirar proveito disso?

    Sempre houve, tanto com o punk como com qualquer outro estilo...

    E pergunto eu...

    O que é que isso interessa?

    Do que não gosto, simplesmente não ligo, nem muito menos perco tempo a dedicar-lhes qualquer atenção...

    'Os cães ladram e a caravana passa...'

    Facilmente se aplica o termo...

    Eu aplico!

    Agora, que se trata de um estilo especial que está continuamente a despertar interesse em novas gerações, originando assim todo um envolvimento actualmente ... d

    Disso ninguém duvida.

    Claro, isto, na MINHA opinião...



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  3. Alguém se pronuncia, mesmo que brevemente sobre esta 'empírica' questão?

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