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segunda-feira, novembro 19, 2007

Marilyn Manson e Turbonegro no Pavilhão Atlântico

Hoje!!!

Pavilhão Atlântico (Lisboa) - início: 20h30 - Bilhetes: 25 a 35 euros

5 comentários:

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    Entrevista com os Turbonegro:

    Bacalhau da Noruega



    Podem não ser os cabeças de cartaz da noite de segunda-feira mas aos Turbonegro ninguém retira o mérito de ter o maior clube de fãs do mundo, o Turbojugend. O circo rock`n`roll está prestes e chegar e Marilyn Manson é o anfitrião. A palavra a Hank Von Helvete, o vocalista.



    Escolhidos por Marilyn Manson para abrir o espectáculo do Pavilhão Atlântico, tentámos perceber por que razão o reverendo se interessou por estes noruegueses adeptos de carros potentes e de vestirem de enfermeiras.
    «Ele convidou-nos para fazer o concerto nós aceitámos. Já tocámos com o Manson em alguns festivais e correu sempre bem. É engraçado ver o público dele a reagir aos Turbonegro e vice-versa. Em comum, temos um gosto pelo rock clássico e pelo glam. A maneira como usamos a imagem para provocar é muito parecida. Geralmente, não há problemas e há um gosto recíproco da audiência. O que acontece é que há pessoas mais novas que o vão ver e depois acabam por gostar de nós, com excepção de uma ou duas raparigas vestidas à emo. É um circo rock`n`roll que se monta e que a todos apanha. Nós já andamos nisto há quase 20 anos e claro que nós e a própria música têm mudado mas é essa festividade que nos faz aguentar ainda hoje.»
    Defensores de máximas rock`n`roll e adeptos da provocação, os Turbonegro são também conhecidos pelo fanatismo que geram através do seu clube de fãs, o Turbojugend. Algo que os torna únicos e inimitáveis.
    «É o maior clube de fãs do mundo e isso diz tudo. São 32 mil pessoas fanáticas à volta do mundo o que dava para invadir um país. Se já pensei em algum? Provavelmente, um território como Gibraltar seria interessante de assaltar. Poderíamos andar por lá em digressão o tempo todo sempre com festas para toda a gente. Aproveito para dizer que o nosso espectáculo vai ter metade do tempo do normal. São 45 minutos em que vamos tocar as nossas canções mais conhecidas e algumas do «Retox» (último álbum). Tal como o disco, estamos numa fase em que queremos limpar todos os elementos que não sejam essenciais na música. Queremos reagir contra uma fase depressiva da música e na qual nós também já estivemos. É um espírito mais punk que no passado. No fundo, o rock vai sempre existir embora haja sempre estilos a desviar as atenções. Nos anos 90 era o tecno e o house. Agora, é o hip hop. Mas as pessoas hão-de voltar sempre aos primórdios, às raízes do que começaram a ouvir.»

    Inevitável numa conversa entre um português e um norueguês é falar de bacalhau. Depois de Hank Von Helvete ter confessado ser descendente de uma família que trabalhava com um dos animais mais consumidos às mesas portuguesas, quisemos investigar a descendência.
    «Os meus pais trabalhavam com bacalhau e há uns anos conheceram uns portugueses. Cheguei a dormir ao relento várias vezes com eles, a seguir à pesca. Para mim, Portugal é uma segunda pátria e espero comer um bom bacalhau quando estiver aí. Muitas vezes, o problema da confecção está em pôr o bacalhau de molho uns dias antes para não ficar demasiado salgado. E há outra questão: as pessoas aí costumam beber vinho à mesa quando o ideal é uma cerveja. Espero que também façam o mesmo…






    por Davide Pinheiro em...

    http://discodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=26911



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  2. Seguem umas reviews do concerto...

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    Marilyn Manson no Pavilhão Atlântico: Circo de feras

    O Anticristo já não mata, mas ainda esfola. Podia ser este o lema a retirar de mais um espectáculo de Marilyn Manson em Portugal, pela segunda vez no Atlântico depois da estreia, naquele espaço, em 1998. «Eat Me, Drink Me» era a novidade a apresentar, mas o alinhamento centrou-se num balanço de carreira que satisfez a generalidade do público.



    «If I Was Your Vampire» abre o último trabalho de originais de Marilyn Manson e foi também o mote para a noite de ontem no Atlântico, no espectáculo luso da digressão mundial do Antichrist Superstar a decorrer no presente ano. Os momentos musicais seguintes, com «Disposable Teens», «mOBSCENE» e «Tourniquet» não deixaram, no entanto, margem para dúvidas: este era um concerto claramente em formato best-of, minimizando o quase inócuo trabalho editado recentemente.
    Marilyn Manson já não é o que era, musical e sociologicamente falando. É uma figura curiosa e diferente, uma estrela rock como já não se faz, mas já não movimenta atenções como há uns anos atrás. Quem não se recorda do impacto da estreia do músico em Portugal, na edição de estreia do Festival do Sudoeste? E até da primeira passagem pelo Pavilhão Atlântico, aquando da digressão de «Mechanical Animals»?

    Meio Pavilhão Atlântico mostrou-se ainda, no entanto, fiel às palavras de Manson. Num espectáculo que continua a viver muito da componente teatral, o artista nascido Brian Warner é, obviamente, o centro das atenções e a verdade é que faz por merecê-lo: é no palco que a personagem Marilyn Manson assume o total protagonismo, quer seja através das constantes mudanças de roupa até às incitações verbais à acção do público.

    Na primeira parte do concerto actuaram os noruegueses Turbonegro, autores do recente «Retox». Com vários membros do seu clube de fãs oficial na plateia, provaram ser bem mais do que um mero acessório na noite de ontem - foram catalizadores de atenções, petardo de bom rock'n'roll, faceta música e atitude. Convenceram os incautos, numa noite onde o rock, na sua faceta mais circense e teatral saiu, literalmente, à rua.




    Pedro Figueiredo

    http://diariodigital.sapo.pt/disco_digital/news.asp?id_news=26937



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  4. ***********************

    Marilyn Manson venceu mas não convenceu
    Pav. Atlântico recebeu concerto teatral com demasiadas paragens



    Surpresa e alguma desilusão foi o que se sentiu assim que Marilyn Manson deu por terminada a sua actuação no Pavilhão Atlântico, esta segunda-feira. Menos de hora e meia após o início do espectáculo, as luzes gerais da sala voltavam-se a acender, negando o regresso ao palco esperado por milhares de fãs do músico norte-americano e da sua banda.

    Um concerto que soube a pouco e que deixou no ar a ideia de que, depois de um novo álbum menos bem conseguido que os anteriores, também ao vivo Marilyn Manson já teve melhores dias. É que, apesar do aparato visual e da necessidade de construir uma extensão teatral em volta de cada tema, as constantes paragens para a mudança dos cenários quebraram o ritmo próprio de um concerto de rock logo desde o início.

    Na apresentação do novo álbum "Eat Me, Drink Me", a faixa de abertura "If I Was Your Vampire" foi a escolhida para fazer cair o enorme pano negro que escondia o primeiro cenário da noite, num palco decorado com velas e uma enorme lua cheia como fundo. Marilyn Manson, foi imediatamente saudado como um rei pela plateia que esteve longe de encher o pavilhão, mas que ainda assim decidiu marcar presença, combatendo a chuva e o frio que se fizeram sentir enquanto esperaram nas filas para entrar no recinto.

    O cantor norte-americano soube gerir de forma inteligente o estatuto de ícone shock rocker, bastando por vezes gritar por «Portugal!» ou mesmo usar a bandeira nacional como uma encharpe para deixar os fãs em êxtase. Mas foi com música que os ânimos se elevaram pela primeira vez e logo ao segundo tema. "Disposable Teens" - um dos hinos do álbum de 2000, "Holy Wood" - e "mOBSCENE" deram uma boa dinâmica inicial ao espectáculo, dando a oportunidade à assistência de provar que tinha as letras todas na ponta da língua.

    A primeira passagem pelo 'velhinho' "Antichrist Superstar", de 1996, deu-se com "Tourniquet", já depois de Marilyn Manson ter 'degolado' o guitarrista Tim Skold com o seu microfone/punhal. E para quem esteve atento aos detalhes, não escaparam certamente os recortes de jornais, projectados no pano de fundo, relacionando um tiroteio numa escola de Cleveland (EUA) em Outubro passado com a música da banda de Brian Warner (nome real de Marilyn Manson). Usado mais uma vez como bode expiatório, responde em palco com o intenso "Irresponsible Hate Anthem".

    Das famosas covers que a banda tem assinado ao longo de 18 anos de carreira, apenas "Sweet Dreams (Are Made Of This)" passou pelo Pavilhão Atlântico, sendo recebida como um verdadeiro hit, adoptado há muito pelos fãs que cantaram em coro a letra dos Eurythmics.

    Problemas técnicos também os houve. Como se não bastasse a (infelizmente) já habitual má qualidade na propagação do som no pavilhão, o microfone - ao estilo apresentador de combate de boxe - falhou em momentos cruciais no refrão de "Fight Song", tema durante o qual Marilyn Manson surgiu vestido com o típico roupão de pugilista e no centro de um improvisado ringue.

    Depois da passagem obrigatória por "The Dope Show" e pelos novos temas - incluindo o single de apresentação "Heart-Shaped Glasses" -, a banda lançou-se numa recta final com direito a mais alguns cenários. Elevado a uns bons 10 metros do solo numa plataforma, ou cantando do cimo de um pódio, qual ditador totalitário, Marilyn Manson escolheu o inevitável "The Beautiful People" para encerrar mais uma passagem pelo nosso país. Pena foi que a um tema tão forte como este tivessem faltado a potência e intensidade esperadas para um final de concerto em grande.

    Alinhamento do concerto:
    1. If I Was Your Vampire
    2. Disposable Teens
    3. mOBSCENE
    4. Tourniquet
    5. Irresponsible Hate Anthem
    6. Are You The Rabbit?
    7. Sweet Dreams (Are Made Of This) / Lunchbox
    8. The Fight Song
    9. Putting Holes In Happiness
    10. Heart-Shaped Glasses (When the Heart Guides the Hand)
    11. Rock Is Dead
    12. The Dope Show
    13. The Reflecting God
    14. Antichrist Superstar
    15. The Beautiful People



    João Carneiro da Silva

    http://www.iol.pt/pesquisa/index2007.php?query=MUSICA



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    Marilyn Manson promete um espectáculo muito visual, amanhã no Pavilhão Atlântico
    Marilyn Manson, músico, volta amanhã ao Pavilhão Atlântico para um concerto em que promete prestar homenagem a Sintra, um dos mais belos locais que diz já ter visitado.

    Em entrevista ao CM, aquele que já foi apelidado de ‘Anticristo’ reconhece que já não choca ninguém e que, afinal, até é um romântico.







    Correio da Manhã – Como será o espectáculo de amanhã em Lisboa?

    Marilyn Manson – Pus ideias novas em prática e há lugar para o inesperado. Não tem os mesmos quadros mas é um espectáculo muito visual também. Em Lisboa, os fãs vão ter direito a uma homenagem especial. Vou projectar imagens que filmei há alguns anos, em Sintra. Foi dos sítios mais fantásticos onde já estive. Tem tanta história, mistério. Inspirou-me! Foi lá que tive a ideia de realizar um filme sobre Lewis Carrol.

    – Mantém a ideia de filmar ‘Phantamasgoria’ em Portugal?

    – Infelizmente não. Será filmado na Europa de Leste, lá para Março.

    – Esta digressão pode sair em DVD?

    – Sim. Aliás, vão andar umas câmaras no meio da multidão... se os fãs quiserem dar um contributo, estejam à-vontade!

    – ‘Eat Me, Drink Me’ é o álbum em que menos fala de política e religião. Já não vale a pena?

    – Exactamente. Vivemos num tempo em que já nada choca as pessoas. Ter feito canções críticas foi importante enquanto escritor e artista, mas neste momento o Mundo tem coisas mais importantes para tratar. Eu não consigo competir com certas realidades. Muitos têm dito que ‘Marilyn Manson já não choca ninguém’, mas creio que a coisa mais chocante que poderia ter feito foi este disco, ‘Eat Me, Drink Me’. Porque falo de mim, do amor, dos meus sentimentos. Alguém poderia prever isso? Nem eu me imaginei a fazê-lo. Houve um período de dúvida antes deste disco, porque já nem eu percebia que papel tinha no Mundo.

    – Alguma vez pensou desistir?

    – Sim e por várias razões. Não perdi apenas o sentido da música, mas da vida. A minha realidade pessoal também estava a estilhaçar-se. O meu casamento tornou--se algo contra o qual lutei toda a vida. Um estilo de vida de ‘passadeira vermelha’ que sempre detestei. Ao fazer ‘Eat Me, Drink Me’ percebi que era incapaz de separar a minha vida pessoal da artística...

    – Como superou isso?

    – Pintando, fazendo filmes e finalmente voltando à música. Sendo mais eu próprio e dando-me a conhecer ao Mundo dessa forma. Fui muito transparente e humano neste disco, que é um testemunho da minha vulnerabilidade. Afinal, sou igual a qualquer pessoa. Mostra que o meu ponto fraco é o coração. Daí a metáfora do vampiro, do amor na sua forma mais romântica e dramática.

    – Agora que reencontrou o amor, vê-se a assentar ou até a ser pai?

    – Sempre foi uma possibilidade. Não voltarei a mudar aquilo que sou por causa de uma relação, mas um filho pode acontecer. Claro que é uma grande responsabilidade. Mas acho que até tenho esse espaço na minha vida.

    "SENTI-ME UM PRODUTO"

    CM – Marilyn Manson é hoje, também, uma marca, um rótulo que faz vender. Como se sente nessa pele?

    M.M. – Também por isso pensei desistir. A indústria fez-me sentir um produto porque me queria sempre mais famoso, mais comercial, mais mediático, por caminhos que não tinham nada a ver comigo. Esta indústria está uma treta, mas também está a mudar e isso dá-me esperança! Os artistas vão ter mais liberdade. Já controlei melhor as coisas neste disco e acredito que ainda o farei melhor no futuro.

    "ACTO QUASE ESPIRITUAL"

    CM – ‘Eat Me, Drink Me’ é um ritual da liturgia cristã. Não é uma contradição para alguém apelidado de ‘Anticristo’?

    M.M. – A ambivalência existe em todos nós. A metáfora está relacionada com a personagem do vampiro. Quando era miúdo e ia à missa, sempre achei que havia algo de canibalesco naquela imagem de beber o sangue de Cristo e comer-lhe o corpo. ‘Consumir’ alguém sempre foi um acto quase espiritual. Era também essa a ideia da escrita de Lewis Carrol.








    PERFIL

    Brian Hugh Warner nasceu a 5 de Janeiro de 1969, no Ohio. Filho de pai católico e mãe de culto episcopal, Brian foi educado na religião da mãe. Antes de chegar a estrela rock foi estudante no Broward Community College, enquanto escrevia artigos de música para a revista ‘25th Parallel’. Foi assim que conheceu muitos músicos que haveriam de influenciar o seu reportório. Já na Florida, no final dos anos 80, funda a sua primeira banda, Marilyn Manson & the Spooky Kids.

    O primeiro disco enquanto Marilyn Manson foi ‘Portrait of an American Family’, em ‘94, mas foi com ‘Antichrist Superstar’ (’96) que atingiria o estrelato. Foi acusado de satanismo e até de influenciar o massacre na escola de Columbine, em ‘99. É também pintor e está ainda ligado ao cinema. Na música, é autor de alguns dos maiores êxitos da última década, casos de ‘Beautiful People’ ou ‘Disposable Teens’.


    http://www.correiomanha.pt/noticia.asp?id=266181&idselect=185&idCanal=185&p=200



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