DIA 26 DE NOVEMBRO - 2ª FEIRA - 18:30 - EM FRENTE À CÂMARA DA AMADORA
ACÇÃO DE PROTESTO CONTA A DEMOLIÇÃO DA TOCA E DA CULTURA JUVENIL DA AMADORA
Na quarta-feira, a cultura na Amadora sofreu uma machadada brutal.
A Taberna Ocupada p’la Cultura na Amadora (TOCA) foi demolida sem qualquer pré-aviso por escavadoras, enquanto a PSP cortava os acessos.
A TOCA era um projecto do Movimento de Acção Reivindicativa pela Cultura e Habitação na Amadora (MARCHA).
O sonho de transformar um espaço abandonado num centro de cultura onde os jovens pudessem produzir e viver cultura durou oito meses.
Mas o nosso sonho era um pesadelo para o proprietário e para a Câmara Municipal da Amadora.
Através deste espaço denunciámos a especulação imobiliária e a falta de habitação para os jovens e denunciámos a falta de políticas por parte de Joaquim Raposo que apoiassem a cultura.
Ocupámos uma casa antiga, património histórico da nossa cidade, e remodelámo-la.
Através do trabalho voluntário, centenas de jovens, com o apoio de vizinhos, limparam, pintaram as paredes, arranjaram o telhado, mobilaram a casa e deram-lhe vida abrindo-a à população e aos jovens.
Durante oito meses, resgatámos um espaço do silêncio e da degradação e demo-lo à juventude.
Organizámos dezenas de concertos de todos os tipos de música, exposições de fotografia, sessões de cinema, debates, convívios e reuniões.
Era raro o fim-de-semana em que a TOCA não se enchia de gente, com centenas de jovens da Amadora e de outros concelhos.
Mas não.
Era um sonho demasiado bonito.
Era um projecto que impulsionava a participação juvenil numa sociedade dominada pelo individualismo e pela apatia.
Como tal, importava destruí-lo para abrir caminho à fúria dos construtores e para silenciar aqueles que lutam pela cultura na Amadora.
Desse ódio são exemplo a preocupação da Câmara Municipal da Amadora em enviar a Polícia Municipal para intimidar e ameaçar os jovens da TOCA, prometendo “desocupá-la” em breve.
Quando, logo após a ocupação, o MARCHA se dirigiu à Assembleia Municipal da Amadora para explicar os seus objectivos e as razões da acção, o presidente da Câmara Municipal, Joaquim Raposo, afirmou, em relação às nossas preocupações, que tínhamos “o azar de viver numa cidade assim”.
Mesmo depois de termos convidado todos os deputados municipais a visitar a TOCA.
Porém, não desistimos.
Apesar de todas as ameaças e dificuldades, o MARCHA promete não se conformar com a cidade em que vive e lutar para que esta seja um lugar melhor para a população e para os jovens.
O ataque contra a TOCA foi um ataque contra a cultura do Concelho, foi um ataque contra todos e que merece uma resposta de todos.
Por isso, apelamos à população e aos jovens para que participem numa acção de protesto em frente à Câmara Municipal da Amadora na próxima segunda-feira, às 18:30 com o lema CONTRA A ESPECULAÇÃO IMOBILIÁRIA E CONTRA A DEMOLIÇÃO DA CULTURA JUVENIL NA AMADORA!
Movimento de Acção Reivindicativa pela Cultura e Habitação na Amadora
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ResponderEliminarDIA 26 DE NOVEMBRO - 2ª FEIRA - 18:30 - EM FRENTE À CÂMARA DA AMADORA
ACÇÃO DE PROTESTO CONTA A DEMOLIÇÃO DA TOCA E DA CULTURA JUVENIL DA AMADORA
Na quarta-feira, a cultura na Amadora sofreu uma machadada brutal.
A Taberna Ocupada p’la Cultura na Amadora (TOCA) foi demolida sem qualquer pré-aviso por escavadoras, enquanto a PSP cortava os acessos.
A TOCA era um projecto do Movimento de Acção Reivindicativa pela Cultura e Habitação na Amadora (MARCHA).
O sonho de transformar um espaço abandonado num centro de cultura onde os jovens pudessem produzir e viver cultura durou oito meses.
Mas o nosso sonho era um pesadelo para o proprietário e para a Câmara Municipal da Amadora.
Através deste espaço denunciámos a especulação imobiliária e a falta de habitação para os jovens e denunciámos a falta de políticas por parte de Joaquim Raposo que apoiassem a cultura.
Ocupámos uma casa antiga, património histórico da nossa cidade, e remodelámo-la.
Através do trabalho voluntário, centenas de jovens, com o apoio de vizinhos, limparam, pintaram as paredes, arranjaram o telhado, mobilaram a casa e deram-lhe vida abrindo-a à população e aos jovens.
Durante oito meses, resgatámos um espaço do silêncio e da degradação e demo-lo à juventude.
Organizámos dezenas de concertos de todos os tipos de música, exposições de fotografia, sessões de cinema, debates, convívios e reuniões.
Era raro o fim-de-semana em que a TOCA não se enchia de gente, com centenas de jovens da Amadora e de outros concelhos.
Mas não.
Era um sonho demasiado bonito.
Era um projecto que impulsionava a participação juvenil numa sociedade dominada pelo individualismo e pela apatia.
Como tal, importava destruí-lo para abrir caminho à fúria dos construtores e para silenciar aqueles que lutam pela cultura na Amadora.
Desse ódio são exemplo a preocupação da Câmara Municipal da Amadora em enviar a Polícia Municipal para intimidar e ameaçar os jovens da TOCA, prometendo “desocupá-la” em breve.
Quando, logo após a ocupação, o MARCHA se dirigiu à Assembleia Municipal da Amadora para explicar os seus objectivos e as razões da acção, o presidente da Câmara Municipal, Joaquim Raposo, afirmou, em relação às nossas preocupações, que tínhamos “o azar de viver numa cidade assim”.
Mesmo depois de termos convidado todos os deputados municipais a visitar a TOCA.
Porém, não desistimos.
Apesar de todas as ameaças e dificuldades, o MARCHA promete não se conformar com a cidade em que vive e lutar para que esta seja um lugar melhor para a população e para os jovens.
O ataque contra a TOCA foi um ataque contra a cultura do Concelho, foi um ataque contra todos e que merece uma resposta de todos.
Por isso, apelamos à população e aos jovens para que participem numa acção de protesto em frente à Câmara Municipal da Amadora na próxima segunda-feira, às 18:30 com o lema CONTRA A ESPECULAÇÃO IMOBILIÁRIA E CONTRA A DEMOLIÇÃO DA CULTURA JUVENIL NA AMADORA!
Movimento de Acção Reivindicativa pela Cultura e Habitação na Amadora
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