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domingo, dezembro 06, 2009

Alexander Grigoropoulos - Tensão na Grécia


Tensão na Grécia na véspera do aniversário do assassinato de Alexander Grigoropoulos; a luta continua...

Enviado a 3 Dec 2009, por Agência Notícias Anarquistas A.N.A

A tensão política e social aumenta em toda a Grécia dias antes ao fim de semana crítico (sábado, 5 - segunda-feira, 7), que marca o primeiro aniversário do assassinato de Alexander Grigoropoulos e a posterior Revolta de Dezembro. Diversas manifestações estão sendo convocadas por todo o país em 6 de dezembro. Temendo confrontos, as autoridades gregas transferiram, de meados de dezembro para janeiro, o julgamento do policial que matou Alex.






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3 comentários:

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    Na frente de trabalho, alguns setores estão em plena agitação. Na segunda-feira, 30 de novembro, se viu em Atenas uma manifestação dos médicos de hospitais que entraram em greve por 24 horas, em frente ao hospital de Evangelismos. Ao mesmo tempo, as enfermeiras do hospital de Agia Eleni ocuparam os escritórios do hospital, exigindo que as enfermeiras empregadas deixem de trabalhar como escriturárias e se encarreguem apenas dos cuidados médicos. Nas telecomunicações, os trabalhadores da Wind convocaram uma greve de 24 horas para esta quinta-feira, 3 de dezembro, em resposta as “demissões voluntárias" de 200 trabalhadores. Ao mesmo tempo, arqueólogos contratados pelo Ministério da Cultura convocaram uma greve de 48 horas desde a quarta-feira até hoje, quinta-feira, para exigir o pagamento imediato de seus salários. Ontem os arqueólogos se reuniram diante do Museu Arqueológico de Atenas e marcharam para o ministério. Do lado da indústria pesada, os metalúrgicos convocaram uma greve de 24 horas em protesto contra a demissão de 16 trabalhadores da Companhia Siderúrgica Nacional. No setor público, na quarta-feira, 2 de dezembro, os trabalhadores municipais de Tessalônica bloquearam vários órgãos estatais, impedindo a entrada de todos os cidadãos e funcionários. Exigem a revisão dos novos planos do governo em relação ao estatuto dos funcionários públicos. No campo, os produtores de pêssegos estão bloqueando a rodovia de Egnatia, parando todo o tráfego a partir do oeste de Tessalônica, exigindo que o Ministério da Agricultura fixe um conjunto universal de preços para seus produtos.

    Finalmente, um acontecimento de que se fala muito, mesmo na mídia burguesa, é o ataque com ácido ao carro de uma trabalhadora de limpeza, Venetia Monalopoulou, contratada pelo aeroporto de Tessalônica. A limpadora é uma líder sindical, com um papel importante nos esforços para construir uma frente de limpeza autônoma de acordo com o modelo proposto por K. Kouneva, a limpadora de Atenas, que um ano atrás foi alvo de uma tentativa de homicídio com ácido sulfúrico. O último ataque aconteceu durante uma assembléia de trabalhadores de limpeza e foi condenado por eles como "terrorismo patronal”.



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    Na frente estudantil, uma marcha de protesto tomou às ruas de Atenas através de pilhas de lixo devido ao bloqueio na remoção de lixos. Os estudantes denunciaram o fechamento de suas escolas pela colaboração entre a reitoria e as autoridades policiais, durante o 36 º aniversário da insurreição da Escola Politécnica de Atenas, em 17 de novembro. Um protesto semelhante tomou as ruas da cidade de Volos, na terça-feira, 1 de dezembro. Ao mesmo tempo, os trabalhadores da Universidade do Peloponeso, ocuparam os escritórios do reitor da sua universidade, bloquearam a principal rodovia de Corinto em 2 de dezembro, paralisando, deste modo, todos os movimentos na península. Nesta quinta-feira, 3 de dezembro, várias universidades em todo o país amanheceram ocupadas por estudantes, que vão mantê-las abertas e sob ocupação até o aniversário do assassinato de Alexander Grigoropoulos.

    Na frente anti-repressiva, o julgamento do preso anarquista Ilias Nikolao começou na manhã desta quarta-feira, com uma presença policial draconiana, um grande protesto motorizado aconteceu na noite passada até a prisão de Diavata onde se encontra Ilias. Ao mesmo tempo, um grande protesto tomou às ruas de Tessalônica nesta segunda-feira, 30 de novembro, pelo ataque explosivo paraestatal na semana passada contra o Centro Social Antiautoritário Buena Ventura. Um dia antes houve uma outra manifestação antirepressão na rua Petralona, em Atenas, contra o ataque com bomba na casa de um membro do Partido Revolucionário dos Trabalhadores (Εργατικό Επαναστατικό Κόμμα, trotskista) que está ativamente envolvido no processo anti-gentrificação nesta área. Ao mesmo tempo, duas novas ocupações surgiram no arquipélago do antagonismo social: em Exachia e Corfu. Esta última foi recebida com grande pressão da polícia local.

    Para terminar, o já tenso ambiente social e político têm sido impulsionados por uma série de ataques contra o Estado e objetivos capitalistas em todo o país, quase que diariamentes. O mais recente aconteceu na terça-feira, quando foi atacada intensamente com coquetéis molotov o centro comercial de Kaisariani, um bairro do leste de Atenas, visando principalmente os bancos. Em Tessalônica, a guerrilha urbana Desorientados/ Ministros de Erebus reivindicou uma série de ataques contra casas de policiais, juízes e diretores de jornais com explosivos de baixa intensidade.

    agência de notícias anarquistas-ana

    No mar arrepiado
    desse teu corpo moreno
    naufrago feliz.

    Evandro Moreira




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    Um ano de violência nas ruas gregas

    Alexandros Grigoropoulos morre na sequência de disparos feitos por um polícia no bairro de Exarchia. Início de confrontos entre jovens e as forças de segurança, que se prolongam por vários dias e se estendem a várias cidades gregas.

    Luta Revolucionária reivindica atentado contra o Ministério da Cultura em Atenas, o qual feriu gravemente um polícia de 21 anos.

    Vários 'cocktail' Molotov são disparados contra o Banco Pirenéus no subúrbio de New Psychico.

    Agente da polícia antiterrorista é morto pelo grupo de guerrilha urbana Facção Rebelde.

    As Células da Conspiração Incendiária reivindicam explosão no prédio de um ex-vice-ministro grego.

    Bolsa de Atenas atacada.

    Onda de protestos assinala primeiro ano da morte de Alexis.






    Grigoropoulos: o novo mártir

    Querido, reservado, carinhoso, bem comportado, estudioso e inteligente q.b. Assim foi descrito por amigos, professores e familiares Alexandros Grigoropoulos , de 15 anos, morto há um ano na sequência de disparos feitos pela polícia. Era um rapaz normal que tocava guitarra. Vivia com a mãe, a irmã e a avó num apartamento da luxuosa zona residencial de Psijicó, no Norte de Atenas, onde frequentara um dos colégios privados aí existentes. Alexis era filho de pais divorciados, ricos, a mãe é dona de uma loja de jóias no centro da capital, o pai é engenheiro e faz relatórios imobiliários para um banco grego.

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