Há apostas que são totalmente ganhas! E esta foi uma delas...
Juntamente com a sua agência, os
Tara Perdida organizaram um concerto em Lisboa no passado dia 15 de Julho, ou seja numa altura veraneante e em plena época de festivais (SBSR incluído nesse dia).
A lotação esteve quase esgotada, as cerca de mil pessoas que se deslocaram ao espaço TMN Ao Vivo formaram uma longa fila em redor do edifício, para entrar.
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Por isso, o concerto só começou pelas 23h15 com o calor a fazer-se sentir numa sala cheia, apenas com alguma folga na zona mais longe do palco.
Começa o espectáculo e o algodão não engana... os Tara não metem o pessoal a cantar refrões...
Cantam as músicas na íntegra, desde a primeira palavra pronunciada por João Ribas.
Visivelmente emocionado perante tal ´cenário`, o vocalista até deixa de cantar para se poder ouvir em pleno as mil vozes a entoar... o primeiro tema!
A banda esteve muito bem, desfilou grande parte da sua discografia com o público completamente rendido, apenas pecando por escolher poucos temas do primeiro álbum (isto claro, na minha opinião).
Abrangeram muita gente de diferentes idades, como habitualmente houve um frequente
stage-diving dos fãs mais acérrimos, especialmente dos mais jovens, mas o reboliço contagiava algum pessoal que exibia naturalmente os seus cabelos brancos, alguns completamente encharcados em suor e outros tantos até de tronco nú.
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O concerto ia a meio e o calor era brutal, João Ribas puxava pelo público, deslocava-se às zonas laterais, tocava nos imensos braços erguidos, perguntava se a malta se estava a divertir, enfim, imparável desde o primeiro minuto.
Desafiam todos a entoar o nome da banda à marcação de bateria, que imediatamente é correspondido.
Já mais perto do final, Ribas convida João San Payo (Peste & Sida) a fazer-lhe companhia a cantar o tema "Feia" (um tema com letra original de Orlando Cohen, ex-Censurados e Peste) num momento bastante cantado/gritado pelo pessoal!
Logo de rajada, disparam com o "Chuta Cavalo" duplamente acelerado que levou o frenesim aos quatro cantos da sala (com seguranças meio em pânico, incluídos).
Ainda se fez ouvir no público um sonoro «re-pre-ssão po-li-cial...» mas já San Payo agradecia aos presentes, para abandonar o palco.
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A noite termina em festa, depois de quase uma hora e meia de temas e com os Tara a meterem toda a gente (diria mesmo quase 100%) a bater palmas com os braços bem erguidos, agradecendo a todos os presentes.
Ribas parecia um puto feliz... o sorriso rasgado de orelha a orelha não engana.
Ainda dirige palavras a todos... menciona mesmo que é um prazer enorme tocar ´em casa` e especialmente com tanta gente a responder à chamada, numa altura em que decorre um festival relevante.
Despedem-se atirando palhetas, toalhas e mais alguns objectos alusivos à banda, deixando muitos ainda à espera de um eventual regresso (que não se veio a registar).
Se ainda havia dúvidas que os Tara Perdida pudessem encher espaços para mais de mil pessoas, mesmo sem álbum novo desde 2008 e também sem apresentar ao vivo nenhuma tema novo, elas desvaneceram-se ao chegar às imediações do espaço TMN Ao Vivo.
Só não vê quem não quer...