Orlando Cohen (Porta Voz) - entrevista

Orlando Cohen dispensa apresentações! 

Desde muito jovem, envolveu-se na música como guitarrista, entre alguns projectos, começou mais a sério nos Morituri (com actuações no saudoso Rock Rendez-Vous), juntou-se aos Peste & Sida em 1986 e aos Censurados em 1989, deixando o seu cunho pessoal em temas como "Animais" ou mesmo na faixa "Feia" dos Tara Perdida (que é autor da música e letra).

Extremamente activo, após a inércia/dissolução dos Censurados, recupera um projecto em 1996 que já tinha em mente e leva-o mais a sério... de seu nome, Porta Voz.

Em 2012 apresenta a banda novamente pronta a tocar ao vivo e a próxima data é já no dia 3 de Novembro na Casa de Lafões, sala na Baixa lisboetacom os juntamente os Chapa Zero, Asfixia e DJ Billy, numa tarde que se prevê com ambiente festivo.

O Billy News colocou-lhe algumas questões que ele respondeu ainda com o ´corpo` em Inglaterra mas já com a cabeça em Lisboa. Vejamos o que ele nos diz...

Billy- Sensivelmente em 1996, decidiste formar uma nova banda com algumas linhas comuns ao que tinhas feito e às bandas por onde passaste (Peste & Sida e Censurados), mas com uma personalidade própria. Que memórias guardas dessa altura do início?

Orlando- Sim, foi em 1996, depois dos Censurados terem acabado e depois de ter vivido um ano na Holanda que voltei para Portugal com a ideia de fazer uma banda... pouco tempo depois de voltar, uma noite no Gingão conheci o Bruno Alves e convidei-o para fazer parte da banda. O Bruno é o vocalista/baixista dos Porta-Voz...
Começamos a compor temas juntos, alguns dos quais tocamos ainda hoje nos nossos concertos. ´Não vou ser assim´  é um desses primeiros temas.
 

 

Billy- Os Porta Voz chegaram a lançar um trabalho em formato de cassete com 7 temas. Porque a banda terminou ou cessou parcialmente actividade?

Orlando- A banda gravou duas maquetes entre 1996 e 1998 a primeira das quais com sete temas...
Nesses dois anos demos cerca de 25 concertos... não nos foi possivel continuar com a banda e em 1998 acabámos...

 

Billy- Decidiram regressar no ano passado, com uma formação renovada, mantendo dois elementos originais, tu e o Bruno (o mesmo vocalista/baixista). O que vos motivou para este regresso?

Orlando-  Apesar da banda ter acabado em 1998, a amizade que existe entre mim e o Bruno continuou e de vez em quando juntávamo-nos para tocar...
Como o gosto pela música nunca morre, no ano passado resolvi falar com o Bruno e perguntar-lhe se queria voltar com os Porta-Voz... ele gostou da ideia e resolvemos voltar com a banda.

 

 

Billy- Sei que interpretam alguns temas novos, até tocam ao vivo versões (como “Sémen” dos Xutos). Mantêm ainda muitos dos temas antigos no alinhamento ao vivo, como “I.R.S.” ou “Não Vou Ser Assim”?

Orlando- Sim, nós já temos uns 3 temas novos mas continuamos a tocar os que tinhamos composto entre 1996 e 1998... I.R.S., Não vou ser assim, Rotina de interesses e outras fazem parte do nosso alinhamento para os concertos... além dessas antigas temos outras novas como Os Catatúa, Ficarás para sempre (dedicada ao nosso amigo João Aguardela)...

 

 

Billy- Há muita gente que nunca vos viu na década de 1990 e está curiosa por este vosso concerto. Finalmente há Porta Voz ao vivo em Lisboa. Quanto tempo pretendem tocar? E há alguma surpresa preparada?

Orlando- O nosso concerto deverá ter a duração apróximada de uma hora e sim, vamos tocar alguns temas novos, já compostos neste último ano.

Billy- Para o final fica a pergunta que mais te têm feito ao longo dos últimos anos. Quanto a Censurados, há alguma coisa pensada, mesmo que ainda longe de se poder confirmar?

Orlando- Quanto aos Censurados, que eu saiba não há nada planeado... de vez em quando falamos mas não há planos para voltarmos a tocar.

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