Reportagem publicada no Ipsilon (jornal Público)...
Do impressionismo ao punk: uma história da moda no Metropolitan
Duas exposições que vão dar que falar
Depois do sucesso, há dois anos, da exposição dedicada a Alexander McQueen (Alexander McQueen: Savage Beauty), que se tornou, com mais de 660 mil visitantes, uma das mais vistas de sempre do Metropolitan Museum (Met), em Nova Iorque, a moda aparece novamente como a grande aposta daquele museu para 2013. Até Agosto, são duas exposições, em tudo opostas, que prometem dar que falar. A primeira, Impressionism, Fashion, and Modernity, inaugurada na passada terça-feira, parte da pintura impressionista; a segunda, PUNK: Chaos to Couture, que abre a 9 de Maio, parte dos códigos muito peculiares do movimento musical que marcou a segunda metade dos anos 1970.
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A seguir, PUNK: Chaos to Couture fará o inventário da moda criada sob a influência aparentemente desprendida e contra-cultural do punk, através de criações de nomes tão conhecidos da alta-costura como Christian Dior, Dolce & Gabbana, John Galliano, Marc Jacobs, Karl Lagerfeld (Chanel), Alexander McQueen, Moschino, Riccardo Tisci (Givenchy), Gianni Versace, Yohji Yamamoto e, claro, Vivienne Westwood, uma das figuras ex-machina por trás dos Sex Pistols de Sid Vicious e Johnny Rotten. "Desde o início, o punk teve uma influência incendiária na moda. Embora a democracia do punk se constitua como oposição à autocracia da moda, os designers continuam a apropriar-se do vocabulário estético daquele movimento para captar a sua rebeldia juvenil e agressiva", nota Andrew Bolton, curador do Instituto do Traje do Metropolitan Museum. A persistência - até hoje - de artefactos típicos da estética punk como alfinetes, fechos éclair, picos, lâminas, aloquetes, correntes e pregos, e do próprio modus operandi do-it-yourself, funciona, de resto, como um statement a favor do seu percurso em direcção ao mainstream. Fenómenos como o nova-iorquino CBGB ou como a mítica loja de Malcolm McClaren e Vivienne Westwood em Londres (a Seditionaries, no número 430 de King's Road) terão direito a galerias próprias, e um livro de Andrew Bolton - com introdução de Jon Savage (fundador da revista The Face e cronista oficial dos anos do punk em Inglaterra, que documentou em England's Dreaming) e prefácios de Richard Hell e John Lydon (Johnny Rotten, portanto) - acompanhará a exposição, que pode ser vista até 14 de Agosto.
Mais detalhes desta reportagem, acedendo aqui!
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