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sábado, setembro 24, 2016

Cut My Skin - review ao álbum "Mind Control" (2016)


A banda punk de Berlim contemplou-nos com mais um (muito esperado) álbum!

Depois de "Reflexion"(2003), "On The Edge"(2004), "Nasty"(2006) e Future Sold Out"(2010), para além de vários singles e participações em colectâneas, eis que os Cut My Skin finalmente lançaram "Mind Control" (no final do passado mês de Agosto).



Depois de algumas alterações nos membros da banda (mantendo-se a vocalista Patti Pattex e o baixista Pete na base, agora com o guitarrista Jojo e o baterista Dlma), que causaram algum atraso na edição, os novos temas foram para estúdio e viram a luz do dia, no formato de gravação. Foi lançado pela própria banda, nos formatos CD e em vinil (LP).

Destaque imediato para a capa de autoria da vocalista e também para o título, que como tem sido hábito na banda, gira à volta do nosso dia-a-dia, numa toada sempre actual e nada datada.

Manteve-se a sonoridade tipicamente punk rock recheado de sentimentos, com muita raiva, suor e letras corrosivas. Mas há algumas novidades.



O disco inicia-se com "Bad Scape" que gira à volta do sentimento das pessoas que não se interessam por ninguém, a não ser por ´ganhar`algo. «Friendship business», ouve-se ao longo da faixa. Ritmo forte, marcado pela batida forte da bateria e garra na voz, abre muito bem este disco.

"A-void" relembra o estado actual de ´zombieficação` das pessoas de telemóvel e smartphone na mão, do efeito de clone e o impacto social resultante.


De seguida a primeira novidade, uma faixa completamente em alemão (opção adaptada pela primeira vez), "Tal Der Ahnungslosen" («O Vale Insuspeito»), O ressurgimento e o crescente sentimento de ódio e racismo, perpetuado pelas frentes neo-nazis e que tem conquistado mais terreno, nos últimos tempos.

O tema-título "Mind Control" vem cheio de velocidade, «politicians are playing poker, gone too far» e «we don´t need a mind control» espelha bem o feeling desta faixa. Realmente trata-se de uma das melhores fixas do disco.

"Why" é mais balanceado, coloca várias interrogações com «why do they teach us how to lie... why do the birds fall of the sky...». Políticos, ganância, matadouros, guerras em nome da religião, a reciclagem que não é concretizada na fase final... tudo é abordado e questionado.


Depois vem "In A Row", um tema diferente. Começa lentamente com o baixo a tomar protagonismo. A letra retrata o efeito nas crianças em tempo de guerra, na sequência desencadeada pela guerra.

"Nerves" traz-nos um dos melhores refrões do disco. Uma longa introdução para se seguir com muitos nervos e mente perturbada, seguida do dito refrão com uma melodia especial em «you lost your mind in schizo time...». Muito bom.

Novamente um ritmo lento com o baixo a liderar em "Turn To Grey", com a voz em toque mais grave de Patti. Um tema diferente e introspectivo. «We´re the ghosts of the new world, turn to grey... inside out... till the bombs drop in your heart», ouve-se com muito sentimento, quase em choro.



Regressa a velocidade em "Crush", cheio de guitarradas, com a tortura e o injustificável sofrimento animal em foco.

E continua na toada acelerada com "Don´t Owe You Shit", uma das melhores faixas. Ritmo variado mas sempre ´speedado` com «push me, shake me to think like you, I´m me, not you» na linha central.

"Outrage" não dá descanso, punk rock cheio de balanço com uma letra ultra-cativante e o título bem gritado («Outrage, fake reality, learn on your tv, it´s a perfect world, you are not concerned...») e direito a um interlúdio pelo meio. Excelente mesmo.

"Daughter Of Fury" traz-nos uma história cheia de electro-choques, lobotomia, coletes de forças e pesadelos.



No final, temos a última novidade, uma faixa reggae. "Seek My Secret" é puro reggae a fazer lembrar os tempos dos Bad Brains que variavam a fúria punk, alternando com temas deste estilo. «No words can speak out, no eyes can see, no heart can beat like this heavy drum inside me..». Tema muito profundo e cheio de sentimento (dedicado a uma falecida amiga da vocalista).

São 13 temas em cerca de 39 minutos que valem e muito! Novidades, algumas como referi mas sem desviar um milímetro do espírito e personalidade desta banda que tem tanto de peculiar, como de cativante e com uma atitude digna de se destacar.

«Punk rocker forever» referiu a vocalista Patti numa entrevista recente sobre esta edição. E é exactamente isso que temos com "Mind Control", sem espinhas... nem floreados. E numa edição da própria banda. No formato vinil tem de bónus uma fanzine dos Cut My Skin e autocolantes.

Preciso dizer mais alguma coisa? Disco imprescindível e obrigatório!                  


                                                                            Cut My Skin Records (2016)


Podem saber mais detalhes do disco e da banda alemã, no site oficial (aqui) ou na página do Facebook (aqui).


Já abaixo podem ouvir o tema-título deste disco...




3 comentários:

  1. ***

    São 13 temas que valem e muito! Novidades, algumas como referi mas sem desviar um milímetro do espírito e personalidade desta banda que tem tanto de peculiar, como de cativante e com uma atitude digna de se destacar.


    ***

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  2. *********************


    CUT MY SKIN "Mind Control" (encomendar CD ou vinil)


    http://www.plasticbombshop.de/advanced_search_result.php?keywords=mind+control&x=0&y=0



    *********************

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