É sem dúvida a grande novidade dos últimos dias, está prestes a sair o
8º álbum da banda crust/d-beat/grind/metal formada no já longínquo ano de 1991.
"Hope" é motivo mais que suficiente para o Billy News colocar algumas questões pertinentes
ao vocalista Jonhie sobre esta nova edição dos Simbiose que está prestes a ser lançada. Podem saber tudo já abaixo.
Billy- Um novo disco é sempre um momento especial, mas
também de muita dedicação. Quanto tempo demoraram desde o início, na composição
até ao momento final, da conclusão do trabalho final de estúdio?
Jonhie- Começámos
com as primeiras ideias na pandemia e depois parámos, depois houve concertos
pelo meio, foi o álbum que demorou mais tempo a gravar. Inclusive houve músicas
neste álbum que nunca tinha acontecido, surgiram ideias, nem nunca a banda tinha
ensaiado aquilo e que resultou, foi um bocadinho diferente de todos os outros,
foram quase dois anos até sair.
Billy- Concordas com a ideia de que na actualidade, apesar
de o pessoal ouvir música substancialmente pela via digital, há uma
´necessidade` de ter um álbum em formato físico? E já agora, em que formatos
vai estar disponível “Hope“?
Jonhie- Nós
somos como tu, ´old-school` e somos da cena do LP, para mim e para a nossa
geração é uma cena diferente do CD ou das cenas digitais. Eu curto vinil, abrir
a capa e ver aquilo tudo, o disco em si, o ´artwork` e a própria qualidade do
som... eu praticamente só compro vinil. Nas plataformas digitais compro às bandas.
Basicamente vai sair a edição em vinil e em CD.
O CD só pela
Anticorpos, em vinil vai ser editado por 6 editoras europeias. E também pelas
plataformas digitais. Acho que a cena física é muito importante, ainda por cima
no nosso estilo de som. São duas cenas diferentes, uma coisa não atrapalha a outra,
aqui em casa também ouço digital quando estou a trabalhar no computador, mas quando
quero vou buscar o vinil e ouço, vejo as letras... os fãs curtem.
Billy- Um dos aspectos que mais admiro nos Simbiose são os
temas compostos em português. Há alguma faixa assim, vocalizada neste disco?
Jonhie- Já vai
sendo habitual compormos músicas em inglês e português e basicamente é tudo
feito de uma forma natural, as músicas em inglês são do Nuno Rua (o nosso
guitarrista), ele chega com a música e letra. As em português são todas minhas,
eu curto cantar assim, sai-me melhor, apesar de depois poderem ser corrigidas.
E para o pessoal entender o ´grunhido`.
Billy- Um dos excelentes aspectos de divulgação de novos
temas duma banda é partilhar as faixas ao vivo, ainda melhor se for possível
fora do nosso país. Já têm uma digressão confirmada no Brasil no próximo mês de
Abril, que é óptimo. Já lá estiveram anteriormente, mas o que esperam desses
momentos, especialmente num país com o idioma partilhado, não só cantado mas
obviamente no contacto com o público?
Jonhie- Sim, o
Brasil para nós é uma segunda casa, tem sido... já vai ser a terceira vez que
lá vamos, tocámos em 2008, em 2016 e agora em 2025 (mais ou menos de oito em oito
anos). O nosso estilo, crust em Portugal não tem um bocado de expressão, no
meio do punk-crust ou metal-crust, ou o que chamarem, não há grande público. Curiosamente
na América Latina e especialmente no Brasil tem sempre muita gente a ouvir o
estilo, muitos ´crusters`. Para nós é sempre uma grande cena lá ir, porque é o
que tu dizes, as letras são as mesmas, sempre fomos editados lá, as pessoas têm
um carinho por nós, quando lá vamos os concertos estão sempre cheios, somos
recebidos como uma banda crust internacional. E o mais admirável é as pessoas
saberem as letras e comprarem o ´merchandising`.
Billy- Há já datas confirmadas por Portugal? E nomeadamente
pela Europa, há algo previsto, até com eventuais participações em festivais
como o Obscene Extreme ou semelhantes?
Jonhie- Datas em
Portugal, podem sempre ir às nossas redes sociais. Começa dia 8 de Março no
Calabouço Fest em Óbidos, depois a 15 de Março na ADF em Pedrouços (Algés), de seguida
no Alvalade Arise (ao pé de Grândola) a 24 de Maio e mais tarde a 7 de Julho em
Tavira no Rock Baixa Mar. Isto com a tour do Brasil pelo meio. Pela Europa só
vamos conseguir fazer no final do ano ou em princípio de 2026, como sabes como ´working
class` as férias e a vida não dá para tudo. Em Espanha já estou a ver as
coisas, somos editados lá, temos que lá passar. Simbiose é uma banda de Lisboa,
mas se calhar toca mais fora do que aqui.
Billy- Para finalizar, qual a data de lançamento de “Hope”
e como se poderá adquirir o disco?
Jonhie- O disco
sai no dia 3 de Março nas plataformas digitais, as ´pré-orders` já abriram, vão
começar a receber via online. E o disco físico em CD e LP a partir do dia 8 de
Março é entregue aos pré-pedidos, quem quiser comprar o disco é ir às nossas redes
sociais [Simbiose] compra-nos directamente ou pela Anticorpos, está lá tudo explicadinho.
Podem contactar a banda acedendo aqui ou a editora Anticorpos aqui!