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terça-feira, fevereiro 13, 2007

Billy session – 3/3 - Almada

sábado- 10 fevereiro –22h – Culto Club (Almada)

GAZUA + LOVEYOUDEAD + DR. BIFES E OS PSICOPRATAS + DJ Billy

Eis um momento bem interessante, o regresso dos Gazua em força com um novo baterista), dos sempre curiosos LoveYouDead e dos ritmos punk/hardcore dos Dr. Bifes...


Os Gazua bridaram os presentes com novos temas... pouco depois vem a primeira surpresa... uma versão mais speedada...arriscam a alterar a velocidade do original mas resulta espectacularmente...

...mais um momento sonoro surge, com alguns clássicos do punk a fazerem-se ouvir pelo excelente espaço do Culto...

... LoveYouDead com uma base sonora ‘agarrada’ a ritmos sintetizados, a potência do baixo e a pujança da bateria permitem os devaneios... a frase “primeiro estranha-se, depois entranha-se” não poderia ser mais adequada... tão depressa se ouvem os slaps de baixo, como um estonteante punk/hardcore...

...os Dr. Bifes e os Psicopratas reúnem o maior número de fãs... mal se fazem ouvir os primeiros acordes, o pessoal entra em frenesim, provocando novo slam-dance... o punk/hardcore furioso desta banda agrada facilmente e o envolvimento com o público cativa imenso...

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1 comentário:

  1. ***********


    Billy session – 3/3 - Almada

    sábado- 10 fevereiro –22h – Culto Club (Almada)
    GAZUA + LOVEYOUDEAD + DR. BIFES E OS PSICOPRATAS + DJ Billy




    Eis um momento bem interessante, o regresso dos Gazua em força com um novo baterista), dos sempre curiosos LoveYouDead e dos ritmos punk/hardcore dos Dr. Bifes...

    O início da noite não foi brilhante para mim, cedo me apercebi que apenas teria um aparelho de leitura ligado à mesa, o que me impedia da prática do lógico ‘DJing’, razão pela qual me teriam convidado para participar...

    Recorri à lógica escolha de ‘passar um disco’ com temas variados apenas para dar ambiente à noite que prometia ser forte...

    Os Gazua abriram cedo, às 23 horas em ponto.

    João (Little John) o vocalista/guitarrista desta banda rock (que canta em português) fazia as honras, debitando rasgados riffs ao mesmo tempo que saudava o público presente...

    Os Gazua bridaram os presentes com novos temas que obtiveram um visível impacto...

    As músicas da banda navegam por ritmos speedantes, ‘martelados’ sem paixão por Quim (o novo baterista, ex-Condenação Pacífica e Civic) com refrões fortes e apelativos, fazendo alusão ao pensamento individual, ao relacionamento pessoal e ao mundo que nos rodeia...

    A banda interpretam mais alguns temas que são conhecidos de quem os acompanha já algum tempo (os Gazua formaram-se em 2003) e pouco depois vem a primeira surpresa... uma versão mais speedada de “Esquadrão da Morte”.

    Arriscam a alterar a velocidade do original dos Xutos & Pontapés, mas resulta espectacularmente, com visível movimentação do pessoal à frente do palco e coro geral...

    Há tempo para dois temas mais introspectivos, com Little John a puxar pela voz, praticamente a solo, ao som quase exclusivo da sua guitarra, acompanhada por marcação leve e coro do baixista (desta vez não com o baixo na mão, mas com um copo, neste momento especial).

    A banda termina com mais um tema rasgado e obtém aplauso geral, mostrando mais uma vez que a trilogia do rock (guitarra/baixo/bateria) facilmente atinge muita gente (inclusivamente cantado em português).

    Mais um momento sonoro surge, com alguns clássicos do punk a fazerem-se ouvir pelo excelente espaço do Culto.

    Pouco depois, chega o momento dos LoveYouDead (LYD) subirem a palco...

    Visivelmente ‘camuflados’ com vestes femininas (uma vez até se auto-proclamaram de ‘riot grrrl band’), o universo desta banda dificilmente tem fronteiras...

    Com uma base sonora ‘agarrada’ a ritmos sintetizados, a potência do baixo e a pujança da bateria permitem os devaneios soltos das duas guitarras, que resulta numa sonoridade fresca e viciante.

    A frase “primeiro estranha-se, depois entranha-se” não poderia ser mais adequada, o pessoal fica pasmado por momentos, mas deixa-se seguir pela força instrumental e pela linguagem teatro-maquinal dos temas...

    “Eu sou um grande... eu sou mesmo um grande e portentoso... tarado sexual”, gritado (em vez e cantado) arranca logo os primeiros sorrisos e dá a dica do teor alegórico dos LYD.

    Tão depressa se ouvem os slaps de baixo a marcar as músicas, como se entra num estonteante punk/hardcore que parece arrastar tudo e todos (volta-se à movimentação no público).

    No meio desses ritmos esgalhados, com as guitarras ultra-rápidas e a bateria a fazer lembrar bandas grindcore, parte-se o ‘guião’ da música e mal nos apercebemos, temos a banda aos saltos ao som de “Firestarter” (dos Prodigy), para ir se aproximando cada vez mais dum universo techno/hardcore, com um martelanço incrivelmente pesado a causar uma (leve) indignação de alguma parte do público...

    Mal começamos a criticar essa batida maquinal ao ouvido do amigo ao lado, os LYD já entraram noutro ritmo diferente, com guitarradas balanceadas...

    Tanto a nível cénico (com especial destaque às vocalizações meio tresloucadas), como instrumentalmente esta banda provoca sensações díspares...

    Por vezes remetem-nos para trabalhos semelhantes aos protagonizados por Mike Patton e derivados, outras para ritmos e vocalizações a fazer lembrar os Dead Kennedys, mas também depressa entram pelas guitarradas corridas, fugindo a esses padrões.

    Dá a clara sensação que esta banda pode ir longe...

    Mais uma vez, ouvem-se bastantes palmas no final, sinal do agrado geral (obviamente, mais notório em alguns) e da clara sensação de que se presenciou um bom momento...

    A banda está a preparar um novo disco para breve (o anterior é de 2004), estou curioso para ouvir todo este ‘aparato’ em formato de estúdio...

    Volta-se ao momento debitado pelas colunas do Culto, a sala está visivelmente cheia, com o pessoal já bem ‘aquecido’ e ouvem-se mais uns temas em jeito de preparação da última banda da noite...

    Os Dr. Bifes e os Psicopratas reúnem o maior número de fãs nesta noite... mal se fazem ouvir os primeiros acordes, o pessoal entra em frenesim, provocando novo slam-dance...

    Os temas são cantados na ponta da língua por muitos dos presentes, o que traduz bem a força da banda e o impacto que tem.

    O som não está muito nítido, soa algo embrulhado, mas é rapidamente envolvido pelos coros do pessoal nos refrões...

    O punk/hardcore furioso desta banda agrada facilmente e o envolvimento com o público cativa imenso...

    “Barco do Aborto” tem especial dedicatória (no dia seguinte havia referendo) e logo arrancam para uma sonoridade pujante, a fazer lembrar as melhores bandas deste estilo...

    Tudo termina em ferverosos aplausos, deixando o pessoal exausto, mas satisfeito.

    Momentos depois, há espaço para uma sessão minha de DJing, agora sim, com as condições perfeitas para o efeito e ouvem-se temas bem ao balanço dos ritmos presenciados nesta noite, com a sala lentamente a encher ainda mais, provavelmente de pessoal vindo de Lisboa (NIN ???) ou mesmo de outros pontos da margem sul...

    O espaço do Culto é apelativo (foi a primeira vez que lá fui, já tinha estado antes sob outra gerência, mas apenas em metade da área actual).

    O ambiente rock paira no ar e as bebidas não são demasiado caras, o que juntamente com o som da sala, área ampla e mesas, torna-se convidativo passar por lá, ver um concerto e até mesmo ficar a conversar até mais tarde... e foi isso que aconteceu.

    A noite ficou completa com a substituição do DJ de serviço, Nuno Calado (Antena 3) entrou mais à frente e ficou tudo na conversa até às tantas, juntamente com as bandas, com a óbvia referência aos pontos altos e negativos da noite, na performance de cada uma...

    Eram 4 da manhã, quando olhei para o relógio e me lembrei que mal tinha dormido hoje, vindo de Coimbra...

    Lá está, de Coimbra a Lisboa e Almada em 24 horas... e foi mesmo!


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