segunda-feira, agosto 28, 2006

Jurassic Summer Fest - review da Zona Punk/PunkPT

A Zona/Punk/PunkPT fez uma review do evento Jurassic Summer Fest que tinha em cartaz os Tara Perdida, Pennywise e ainda os Satanic Surfers, Devil In Me, No Time To Waste, Humble e Angry Odd Kids, realizado no sábado passado, dia 26 de agosto...

Podem ver a review do especializado site clicando em "Comments" já abaixo...

3 Comments:

Blogger Billy said...

Jurassic Summer Fest -*


O cartaz prometia mas não cumpriu.

Resume-se basicamente a isto a noite vivida ontem no Pavilhão Desportivo dos Lombos.

Na sua estreia em festivais de verão, a Xuxa Jurássica apostou forte e trouxe de volta a portugal dois nomes do circuito punk internacional para juntar a uma mão cheia de outras bandas nacionais.

Com um cartaz bem heterogeneo, onde não faltou o punk-rock, o punk hardcore, o hardcore, o ska e até o pop-punk, foram cerca de 2000 o número de pessoas que se juntaram à festa.

A tarde estava quente e bem a propósito coube aos algarvios No Time To Waste abrir as hostes.

Com uma actuação bem competente, os No Time To Waste la foram dando a conhecer o seu punk-rock na onda de uns nofx ou millencolin, para o ainda pouco público presente.

Quem nunca os viu certamente ficou agradado, quem por seu lado nos últimos tempos já os viu, acabou por ver de facto uma cópia demasiado perfeita de um qualquer outro concerto deles.

De realçar o forte apoio dos fãs e amigos algarvios, que fizeram questão de se chegar à frente e apoiar a banda.


Seguiram-se os AngryOddKids e talvez no ambito geral o projecto menos interessante do cartaz.

Com um pop-punk em portugues bastante comercial e a fazer lembrar de mais as novelas da moda como morangos com açucar, o projecto que conta o baixista dos Fonzie e com o líder dos Starvan, ainda desconhecido por estas paragens, lá foi apresentando o seu material para um público alvo maioritariamente sub 16 que se chegava à frente.

À parte de 2 ou 3 temas bem orelhudos a prestação acabou por se tornar desinteressante.


Talvez para aproveitar a acalmia que os AOK iniciaram, subiram ao palco os Humble.


Com o seu ska-reggae, os Humble lá foram conseguindo por o publico a dançar como que para uma preparação para o que se lhe havia de seguir.

Com boa presença em palco, os Humble, apesar de nao terem ali propriemente o seu público alvo, safaram-se bem e concerteza deixaram alguns fãs.


Seguiu-se o hardcore dos Devil In Me que, a par com os Tara Perdida foram sem dúvida a banda mais conseguida da noite.

Com boa presença, sempre em movimento e com um vocalista bem à altura que puxa bastante pelo público, os Devil In Me em palco deram uma lição de atitude e mostraram estar mais fortes que nunca.

O alinhamento centrou-se no seu álbum de estreia, "Born To Lose", não faltando ainda alguns temas da demo.


Caminhando a passos largos para o fim dos festival subiram ao palco os suecos Satanic Surfers.


Pessoalmente, devo confessar que depositava bastantes esperanças nos suecos.


De regresso a portugal 6 anos depois de terem marcado presença no porto, os Satanic Surfers não surpreenderam.

Competentes e com um bom set, onde não faltaram clássicos, os Satanic Surfers pecam pela quase inexistente presença e interacção.

Se dúvidas houvessem do porque de 15 anos depois de se terem formado os Satanic Surfers ainda continuem quase "desconhecidos" no circuito, essas ficaram esclarecidas ontem.

Ao vivo e com Rodrigo fora da bateria, a banda nao convence.

Ainda assim, os Satanic Surfers deram uma boa prestação do qual o público parece ter gostado, valendo-lhes terem sido a única banda a fazer um encore.


Seguiram-se os Tara Perdida e diga-se o que se disser sao realmente a banda punk nacional que mais mexe com o público.

Ainda que o som estivesse excessivamente alto, a actuação da banda foi bem conseguida e o público ajudou.

Durante a cerca de 1h que estiveram em palco nao faltaram os clássicos de outrora e os já clássicos de hoje, cantados em uníssono pelo público.

Se dúvidas houvessem do porque de Tara Perdida tocar depois de Satanic Surfers, aos primeiros acordes rapidamente deixaram de haver.


Mas a noite era dos Pennywise e foi certamente por eles que a grande maioria do público se dirigiu ao recinto.


É certo que nem todos podem dizer que viram os Pennywise no seu bairro, mas bem a proposito, o que se assistiu nao foi mais que um concerto de bairro.


Mediocre, é a forma mais simpática com que posso caracterizar este regresso a portugal dos Pennywise.


Quem os viu nas duas últimas vezes ou ha 5 anos atras, certamente ficou arrependido de ter dado 25€.

Com um vocalista visivelmente embriagado, quase afónico e a atirar constantemente o micro para o chao e a tropeçar, os Pennywise desiludiram e muito.

Ainda assim, o público parecia deliciado e é compreensivel, nao é todos os dias que se ve provavelmente a banda favorita da grande maioria dos presentes e se tivermos em conta que o publico era bastante jovem, facilmente percebemos que esta era a primeira vez que os viam.

O moche era de facto enorme e bem violento e talvez por isso, a imagem de um grande concerto tenha acabado por passar.

Quem la estava e fazia a festa, acompanhando as letras, dificilmente ligava ao que se passava em palco.

Salvaram-se temas como Same Old Story ou Alien, os menos maus da actuação e o clássico Blitzkrieg Bop dos Ramones, que deixou o público histerico e deu azo a muito moche.

Com um set de cerca de uma hora, não faltaram muitos clássicos e o novo álbum parece ter ficado esquecido, não tocando mais que 1 tema.

O concerto acabou com o já clássico Bro Hymn, também ele o suficiente para por o público todo a cantar e dar uma imagem para a posteridade.


Em suma, a actuação dos Pennywise foi bastante fraca e não fosse o baixista a acompanhar jim na voz e a coisa tinha sido bem pior.


Foi também talvez das poucas vezes em que um encore não deixou de todo saudades.


Muitos poderão desculpar a actuação dos Pennywise com o já celebre «o punk é mesmo assim», mas se o punk é assim o que foram as duas últimas actuações dos Pennywise em portugal?!.


Organizacionalmente o festival resultou e os horarios foram cumpridos.

O cartaz prometia mas o não cumprimento é algo que não se deve à promotora.


Se a tarde/noite tinha começado quente, o fim foi tao frio como o frio que estava à saida.


*Esta Review tem o selo da Zona Punk / PunkPT, implica ser da autoria ou ter sido escrita como do site.

Adicionado: August 27th 2006
Revisor: HugoCaldeira

12:31 da manhã  
Blogger Billy said...

artigo publicado em...

http://www.punkpt.com/article7156.html

12:35 da manhã  
Blogger Billy said...

Queria aqui deixar um abraço ao amigo Hugo (ZONA PUNK/PUNKPT) pela review bem descontraída (sem floreados e bem perceptível), directa e inequívoca, que deu bem a sensação do que se passou...

Claro que os gostos de cada um contam sempre (por isso é uma review pessoal), mas fica a 'ideia geral' do evento...

No fundo, acredito que quem foi não 'perdeu o seu tempo' e apreciou mais ou menos cada banda...

Se duvidas houvesse que Tara Perdida poderia ser 'a banda da noite', creio que ficou claramente esclarecido...

Parabéns, Hugo!!!

Billy

12:41 da manhã  

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