Mais uma grande noite de festa, cânticos, euforia, música a valer e muita, muita farra, mesmo!!!
Os
Peste & Sida são mesmo imbatíveis quando se propõem a fazer a casa abanar...
Aliás, ontem, dia 16 de abril, "a barraca abanou"!
Contrariamente ao que anunciei, a
Final do Festival Tocabrir foi apenas anunciada "em papel" (papel? qual papel?), pelos próprios
Peste & Sida, referenciando as bandas vencedoras, que vão participar no disco do festival desde ano, e não com actuações das bandas, como tinha sido divulgado.
Assim sendo, a noite era inteirinha dos
Peste, o que não deixou muita gente preocupada.
O ambiente estava em meia-casa e por isso, decidiu-se arrastar o início do concerto das 22h30 para as 23h20, hora em que terminava um tal jogo de futebol importante (dassssse... mais um empate).
À volta do espaço lisboeta, por volta das 22h30 notava-se bem as tascas, restaurantes e cafés, cheios de pessoal novo, com a cerveja por acabar, agarrados à tv.
Foi logo uma aposta ganha, não é que alguém deixasse de ver um jogo de futebol, com os
Peste & Sida em plena forma ali ao lado, mas o que é certo é que a sala encheu a seguir às 23 horas e a actuação ficou a ganhar com isso.
A banda arranca logo com um poderosíssimo instrumental, para dar ambiente aos inúmeros fãs que se deslocaram ao Santiago do Alquimista, nesta noite.
Desfilaram mais dois temas do recente álbum "
Tóxico", em género de apresentação do "novo" som, para quem não tem estado atento, mas seguiram logo para a festa total, com os clássicos, intercalados com novos temas e muitas brincadeiras.
"
Carraspana" fez-se ouvir bem alto, num coro em uníssono, que só pecou pela falta de
João Pedro Almendra, o primeiro vocalista dos
Peste & Sida, que costuma acompanhar a banda como convidado.
San Payo bem deu pela falta dele, relembrando que "hoje ele faz 40 anos e não pôde vir".
E logo de seguida,
Orlando (o bem regressado guitarrista) e companhia, referenciaram que
San Payo também comemorou 40 primaveras, esta semana (ver post de parabéns, dias atrás).
Pois é, o tempo não pára...
Veio-me à cabeça o mítico concerto nos Olivais, na primeira parte dos
Xutos & Pontapés em 1986 e lembrei-me logo... ui, ui, eu também não escapo!
Mas não é por isso que este deixou de ser um dos concertos mais animados dos
Peste!
Muito também por"culpa" do público de idades bem variadas entre os presentes, com cerca de 50% de pessoal bem novo, o que só prova o magnetismo que a banda cria em volta das suas actuações, das suas músicas, da sua "imagem" como banda.
A festa continuou, com o "
Alerta Geral" gritado em plenos pulmões, com os senhores de azul à porta do espaço nocturno a revirarem os olhos, concerteza (digo eu), com
San Payo a referenciar que as coisas estão diferentes, a tal "repressão policial" está mudada...
Nem tanto, nem tão pouco, mas enfim.
"
Peste & Sida até ao fim" continua a ser o grande tema do novo disco, mas as brincadeiras com o "
Trashcore/hardcore" são hilarantes (chega a ser incrível a velocidade da bateria).
Ainda há espaço para "Can't touch this" do já "enterrado" MC Hammer e as improvisações sucedem-se, relembra-se tão depressa os
Beastie Boys, como os
Clash, passando ainda por temas populares portugueses...
"
Família em stress", "
Alcides Pinto" e os habituais medleys com "
Ao trabalho" e "
Chuta cavalo" (o tal das Portas de Benfica) não faltaram.
Tal como não faltou o pessoal de Benfica*, que não quiseram perder esta oportunidade de ver a banda numa excelente forma, também proporcionada pela preenchida agenda da banda, desde o início de 2005.
Depois de imensos temas desfilados em cerca de uma hora e vinte de concerto e já com um regresso em jeito de encore, para além de agradecimentos/bocas ao técnico de som e à organização (Tocárufar?! Grande gaffe, sr.
San Payo... mas também... isso não interessa nada), a banda despede-se prazeirosamente, com um ar de felicidade incrível, com o público a vibrar e a gritar o nome da banda bem alto.
Ainda gritei "
Veneno", apoiado de seguida por imensa gente, o que fez com que a banda respondesse ao apelo e regressaram às suas posições para a interpretação de um dos melhores temas de sempre feito por uma banda portuguesa.
Tudo terminou em beleza, com o espaço a proporcionar ambiente sonoro apropriado, com "Punks Not Dead" dos Exploited, "Anarchy In The UK" dos Sex Pistols, "California Ubber Alles" dos Dead Kennedys, enfim, um bom ambiente.
A única nota negativa a dar esta memorável noite é... em relação ao preço das bebidas.
500 paus uma cervejola????
Dassssse...
Mas lá paguei... sem espinhas...
Desde pequeno só me dão...