sexta-feira, agosto 01, 2008

Sex Pistols - a estreia

Parece que foi mesmo de arromba, para quem lá esteve a assistir às quase duas horas de concerto dos Sex Pistols...

Johnny Rotten/John Lydon foi muito comunicativo...

«Good fucking evening»...




«Eu vi os Sex Pistols ao vivo!» , é o que se ouvia noite fora naquela região, após a actuação da banda inglesa...

Podem ler algumas reviews, inclusivamente dar a vossa opinião, clicando em "Comments" já abaixo...

6 Comments:

Blogger Billy said...

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Está a 'porta aberta' para darem a vossa opinião...

Seguem algumas...


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9:02 da tarde  
Blogger Billy said...

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Sex Pistols sem papas-na-língua em Paredes de Coura
Grandes êxitos e tiradas de Johnny Rotten marcaram concerto a meio-gás
2008/08/01 | 06:23
João Carneiro da Silva


Três décadas depois de servirem de bandeira ao movimento punk rock britânico, os Sex Pistols estrearam-se em concertos ao vivo em Portugal. O vocalista John Lydon (aka Johnny Rotten), o guitarrista Steve Jones, o baterista Paul Cook e o baixista Glen Matlock - a formação original da banda, pré-Sid Vicious -, foram a atracção principal do primeiro dia do festival Paredes de Coura 2008.

Ao recinto montado na praia do Rio Tabuão acorreu gente de todas as idades, desde adolescentes que só nasceram quinze anos após a explosão punk, até pais e mães (e avós, por que não?) prontos para recordar os tempos de rebeldia. Afinal não é todos os dias que se pode cantar pela anarquia juntamente com essa personagem única que é Johnny Rotten.

O líder dos Sex Pistols apresentou-se em Paredes de Coura sem papas-na-língua e, tal como o resto da banda, bem longe do look que caracterizou o movimento punk dos anos 1970. Mas, para quem tem acompanhado à distância as sucessivas digressões de regresso aos palcos destes cinquentões Pistols, já não espanta vê-los de roupas largas e sem adereços. E ainda bem, porque a idade não perdoa na barriga...

O espírito subversivo trouxe-o Johnny Rotten nas letras e nos diálogos que teve com o público (deu as boas-vindas com um «good fucking evening») e com o técnico de som («your sound is fucking shit, fix it»).

«Pretty Vacant» e «Seventeen» deram o tiro de partida para um concerto que dividiu opiniões. Ao mesmo tempo que assistimos a um espectáculo quase único - os ícones do punk a tocar clássicos que atravessam gerações - ficamos com a ideia que há qualquer coisa ali que não bate certo, e que talvez a «máquina do tempo» nem sempre funciona com todas as bandas que insistem em manter-se activas.

«Bocas», Alá e reprimendas

De um concerto morno, mas suficiente para alimentar a fome de mosh e crowd surfing de muitos festivaleiros, sobressaíram as tiradas de Johnny Rotten. Dedicou «Liars» a «todas as bandas estúpidas que andam por aí» (quem sabe se em resposta ao incidente com Kele Okereke, dos Bloc Party), tentou convencer o público a louvar Alá (teve mais sorte na vaia geral a George Bush) e criticou duramente a invasão de palco por parte de dois fãs (atitude muito pouco punk, senhor Lydon).

O alinhamento do concerto recuperou a totalidade do único álbum de originais editado, o mítico «Never Mind The Bollocks, Here's The Sex Pistols», e passou também por algumas versões, caso de «(I'm Not Your) Steppin' Stone», dos Monkees. Sem surpresas, êxitos como «God Save The Queen» (público cantou em coro «no future for you») e «Anarchy In The UK» (a canção da noite) foram os mais celebrados pelo público.

Querendo, provavelmente, contrariar o óbvio, os Sex Pistols não deram por terminada a sua actuação com «Anarchy» e voltaram para um segundo encore. No regresso ao palco, a banda revelou-se fã dos space rockers Hawkwind, interpretando «Silver Machine», e fechou com «Road Runner» dos protopunkers Modern Lovers. Na despedida, Johnny Rotten deixou o aviso: «Para o ano, candidato-me às eleições». A julgar pela reacção do público ao «obrigado» proferido em português correcto pelo cantor, a presidência já está garantida. Não será certamente o melhor concerto no final dos quatro dias de festival, mas amanhã os fãs portugueses já poderão dizer com orgulho: «Eu vi os Sex Pistols ao vivo!».


http://www.musica.iol.pt/noticia.php?id=977507&div_id=3321


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9:03 da tarde  
Blogger Billy said...

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Sex Pistols em Coura: Alguém pode ressuscitar o punk?
Joana Brandão

Algumas horas depois da estreia dos Sex Pistols permanece a dúvida: o que falhou? Serão 31 anos muito tempo para recuperar um álbum que é uma bíblia na história da música? Estarão Johnny Rotten, Steve Jones, Glen Matlock e Paul Cook tão amadurecidos do sentimento que os moveu em meados dos anos 70 que já nem se lembram qual foi? Seria o público de Paredes de Coura demasiado jovem para louvar a mensagem? Onde estariam os punks de Portugal ontem: em casa da ver televisão? No recinto mas contidos na companhia dos filhos? Três deles sei onde estavam, a fintar os seguranças e a subir ao palco para surpreender (ou desrespeitar, como lhe chamou) Johnny Rotten!
Roupas largas (principalmente merchandise oficial, em tamanho XXL), dentes novos, calças aos quadrados, passividade. Dos anos 70 mantêm-se o penteado e os olhos arregalados. Johnny Rotten continua a ser a alma dos Sex Pistols, mas alguém lhe dá gás? Continuo a pensar porque terá ficado imóvel perante a invasão de palco de um fã que correu ao seu encontro para o cumprimentar. Em vez de reagir optou por um discurso moralista: «Respeito! Não façam isso porque podem magoar-se. Este palco é meu. O vosso lugar é aí em baixo».

Mas vamos ao concerto e à devida homenagem a «Never Mind The Bollocks, Here's The Sex Pistols». «Pretty Vacant» deu início ao momento mais esperado do Festival Paredes de Coura 2008 que recuperou o único e mítico álbum do quarteto britânico. Muito sing-along, pois claro. No palco, Johnny começou a ameaçar o técnico de monição e assim continuou durante quase duas horas. Uma oportunidade atrás da outra, mas as melhorias não chegavam.

O público, que se estendeu em todo o cumprimento e largura do tão falado anfiteatro natural, tinha duas facções. Na frente qualquer aceleração instrumental servia de mote para mosh e crowd surfing. A partir daí a curiosidade imperava. Queríamos vê-los, analisá-los, ouvi-los, nada se podia perder tal era a oportunidade rara. Talvez por isto, a reacção aos apelos de Johnny Rotten e os aplausos no final dos temas nunca tenham sido demasiado entusiastas. Ele apercebeu-se e tentou agarrar-nos. «Somos assim tão maus? Querem ouvir mais? Não vos conseguimos ouvir!», dizia naquele tom de voz inconfundível.

«Liars», dedicada a todas «as bandas estúpidas que andam por aí», «Holidays In The Sun», com referência a Portugal, e o bastante empolado «No Fun», antecederam mensagens religiosos. Ala de um lado. Deus do outro. E Johnny Rotten ali mesmo. Como não convenceu, optou por falar mal de George Bush, resulta sempre.


Trinta e um anos depois a rainha de Inglaterra é a mesma. E o impacto de «Good Save The Queen» também. Hino punk, tal como «Anarchy in the UK» que chegou na parte dos pedidos. Os dois mais aplaudidos. «E.M.I.» antecipou o encore que trouxe algumas versões como «(I'm Not Your) Steppin' Stone», dos Monkees, «Silver Machine» dos Hawkwind, e «Road Runner» dos Modern Lovers. «Estarei a ficar velho para isto?» – perguntou. «Obrigado por nos receberem, foram muito amáveis» – despediu-se ironicamente.

Obviamente ninguém está arrependido por ter dito «presente». A oportunidade de uma vida, felizmente partilhada por muitos. Quanto ao resto, nada como guardar na memória e assimilar. Com tempo, porque tempo é o que não nos falta agora que já vimos os Sex Pistols ao vivo, live and almost kicking. RESPECT!

http://diariodigital.sapo.pt/disco_digital/news.asp?id_news=30815





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9:03 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Revivi o passado em pouco mais de uma hora e meia e dou por bem empregues todos os segundos que (re)vivi! Grande desfile de clássicos onde consegui partir um bocado do muro de Berlin (e de outros...) durante o Holydays in the sun e grisei-me descumonalmente quando tocaram o No Fun.
Foi uma noitada daquelas... e depois, ainda tive de levar c'o a ressaca (saudável) do Almendra no caminho de volta pra Lx. O homem passou-se mesmo com a cena... Acredito que não haja ninguém que tenha estado naquele recinto que tenha curtido tanto com o ele!...E eu partilhei desse feeling do principio ao fim! LINDO!!! Noite memorável!!! (Daquelas pra mais tarde recordar).
Agrafos pra todos e...boas férias (pra quem está como eu :)

3:19 da manhã  
Blogger Billy said...

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Nem mais, amigo Zorb, pelas palavras deu para perceber como foi, não é difícil calcular o ambiente...

Memorável concerteza!


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10:37 da tarde  
Blogger Unknown said...

Foi memorável disso não há duvidas. antes do concerto estava adizer "vou ver sex Pistols", depois do concerto dizia todo babado "vi Sex Pistols". Há que dizer que a parte do "este é o meu palco, esse é o vosso palco. Respeito.", tirou-me um bocado da pica, mas que se f**a, estava a ver Sex Pistols de pois de tantos anos. Eles também nunca foram verdadeiros punks, esses vieram depois.

Cheers a quem estev lá e quem não esteve, lá há-de haver outra oportunidade e se houver, espero estar lá na mesma.

Cheers,
Rob.

11:01 da tarde  

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