Outsider Festival – 2º dia e balanço final

Realizou-se no passado dia 17 de Maio o segundo dia do festival organizado pela fanzine Outsider...

A Casa de Lafões no Rossio, encheu-se para ver mais quatro bandas, SickSin, Un-Predictable, Dalai Lume e Gazua.

A começar a tarde, estrearam-se em palco os SickSin vindos de Queluz... e que boa estreia!

A banda de Covas não se intimidou e com discursos curtos, apresentou-se de uma forma bem descontraída, com temas bem interessantes (com a faixa bairrista "Queluz Em Chamas") e com um convidado especial num tema, Ruka dos Tara Perdida.

Numa excelente estreia, colocaram o público a ‘mexer’, com uma atitude simples e honesta.

E estão definitivamente de parabéns, dificilmente poderia ser melhor...

Estejam atentos ao evoluir da banda em...

http://www.myspace.com/sicksinband



Depois vieram as Un-Predictable, a banda punk de Cascais composta unicamente por raparigas.

Desde o início, a banda entusiasmou os presentes, com o seu punk por vezes pop, mas também com momentos mais acelerados.

Acabou por atribuir a um toque especial ao evento, com a sonoridade do projecto.

Passada a ‘novidade’ da presença feminina em palco, espera-se por temas novos e pela curiosidade da evolução da banda, daí a também merecer a nossa atenção para um futuro próximo.

Espreitem em... http://www.myspace.com/unpredictableband



Após uma pausa, sobem a palco os Dalai Lume, cheios de vontade de apresentar os seus temas novos, que fazem parte do novíssimo álbum a saer lançado em Junho ou Julho.

Zorb é o ‘comunicador-mor’, apresenta os temas e a banda arranca num desfilar de ritmos punk/hardcore, ora furiosos, ora melódicos mas sempre com a sintonia certa.

"Sentimentos" é um tema soberbo, que mistura a tal agressividade com a harmonia...

Mais novos temas são oferecidos, bastante variados no ritmo e na composição, uma agradável surpresa para os presentes.

O pessoal começa a agitar-se com mais vigor e os Dalai Lume não dão tréguas, 'pisam no acelerador' e metem tudo um reboliço!

No final, toda a gente ficou com a clara sensação de que foi um grande momento, com o calor e o suor a exigir uma viagem directa para o bar...

Espreitem as novidades da banda em...

http://www.myspace.com/dalailumerock

Há regresso ao bar e a conversa reina no apertado espaço.

Por fim, ouve-se a bateria em ‘chamamento’ para a actuação final, são os Gazua em forma, a mostrar o seu recente álbum "Música Pirata"... e não só.

Corvo é sem dúvida uma excelente baterista e com a sala cheia, puxou bem pelos presentes, sentindo-se a vibração dos seus ‘truques’ na bateria.

João bem gritava pelo pessoal, com apartes e improvisos no meio dos temas "é esta a mensagem que queremos transmitir" ou ainda "estamos todos juntos, podemos construir algo".

Paulinho é igual a ele próprio, ora concentrado nos ritmos do seu baixo, ora agradecendo ao público com ar satisfeito...

O power do trio guitarra-baixo-bateria chegou mesmo a ser avassalador, por vezes deu a sensação que tocavam a dobro da velocidade e temas como "Evolução" colocaram a Casa de Lafões a assemelhar-se a uma guerra campal.

Os temas variavam entre "Música Pirata" e "Convocação" (o primeiro álbum), mas o pessoal já parecia conhecer bem todas as faixas...

Nota-se que a ‘mensagem’ é prioritária na actuação da banda, daí a ter um carácter quase interventivo.

Punk Rock destilado em velocidade vertiginosa, foi o que se passou naquela hora de concerto.

Muito bom, sem dúvida que foi uma das melhores actuações da banda.

A banda tem datas marcadas, pesquisem em...

http://www.myspace.com/gazua


A qualidade de som apresentada neste dia foi acima da média, o que permitiu que tudo fosse perceptível e com a óbvia diferenciação da sonoridade dos intrumentos de cada banda. Um aspecto bastante positivo.

Tudo contribuiu para que fosse um grande momento de convívio recheado de boa música, os comentários eram muitos e cada um emitia a sua opinião sobre cada momento que passava (leia-se, banda).

Em jeito de balanço final, foram confirmadas quase 400 entradas nos dois dias do festival, o que para um espaço como este, foi extremamente positivo.

E comprovou-se que concertos com bilhetes a preços acessíveis, ‘agarra’ muita gente, mesmo a um Domingo... embora obviamente, as bandas sejam o ‘prato forte' do evento.

Parabéns à Outsider pela ousadia e atrevimento em realizar este festival.

Aguardemos que se proporcione uma segunda edição em breve.

Mantenham-se atentos às notícias da fanzine em...

http://www.myspace.com/revistaoutsider

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