domingo, novembro 02, 2014

"Punk, ação e contradição em Portugal" (reportagem)


Foi publicado no site da Revista Crítica de Ciências Sociais uma extensa reportagem sobre o fenómeno punk em Portugal, ligada ao projeto “Keep it simple, make it fast!", da autoria de Paula Guerra...



Punk, ação e contradição em Portugal. Uma aproximação às culturas juvenis contemporâneas

Passados quase 40 anos sobre a sua entrada no cenário musical, importa questionar a atualidade do punk enquanto subcultura juvenil, movimento social e manifestação artística da contemporaneidade. A aceleração e a abrangência das mudanças artísticas, culturais, tecnológicas e económicas das últimas décadas são de tal forma intensas que, aparentemente, restaria pouco espaço para falar do punk no presente. No entanto, as manifestações punk na sociedade portuguesa atual revestem‑se de um conjunto de traços que fazem delas, de forma que apenas aparentemente é paradoxal e inesperada, um objeto de análise sociológica de enorme relevo.



Quando a noção do movimento punk chegou a Portugal, nós já estávamos cheios de punks. Essa é que é a realidade. 

 (Bernardo, 51 anos, Licenciatura, Lisboa)



O artigo aborda a atualidade do punk na sua abrangência e multiplicidade significante, tomando como referência o caso português. Com base em resultados de uma investigação alargada acerca do punk em Portugal, explora os significados culturais, sociais e simbólicos que se constituem em torno dessa forma de expressão estética que, afigurando‑se em simultâneo como um ethos e um modo de estar na vida, revela um enorme potencial heurístico para a compreensão dos processos identitários e societais que atualmente se estabelecem em torno das cenas musicais. A abordagem do punk em Portugal permite retomar o debate em torno das culturas juvenis, no quadro da discussão ainda inacabada entre os cultural studies e as teorias pós‑estruturalistas, ou seja, entre a teoria subcultural e a teoria pós‑subcultural.



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