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quinta-feira, janeiro 31, 2008

Cockney Rejects - actuação no Brasil

Mais um post sobre concertos realizados no Brasil...

Desta vez foram os veteranos Cockneys Rejects que actuaram no Hangar 110 de São Paulo, no passado dia 25 de janeiro...

A Zona Punk/Brasil publicou uma review do concerto...

Podem ler, clicando em "Comments" já abaixo...

1 comentário:

Billy disse...

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PUNK ROCK INVASION - Ketamina, Defect Defect e Cockney Rejects
25/01/2008 - Hangar 110 - São Paulo



Feriado em SP, 454º aniversário da cidade.

Entre várias atrações rolando nesse dia nublado, se deu bem quem preferiu ver o primeiro show de um clássico do punk britânico - Cockney Rejects - pela primeira vez no Brasil, em duas datas exclusivas na América do Sul.

Dia de clássico, é hora de vestir a camiseta da banda, colocar a calça mais surrada e calçar o all star nosso de cada dia e se preparar pra chapar o coco e pogar.

Por falar em vestir a camisa em dia de clássico, não fosse uma casa de show, poderíamos estar num jogo do Palmeiras, já que muita gente ostentava a camisa do time.

O Hangar também tinha uma diferença nada comum: uma grade de proteção separando o palco do público.

Mais sossego pra quem ia fotografar mas pensou em dar um mosh? Dessa vez no way!

A paulista Ketamina teve a missão de mais uma vez abrir a PunkRock Invasion (em 2006, os caras abriram um dos shows do Toy Dolls por aqui) e, apesar de pouco tempo de estrada, já é uma banda experiente e tem sempre uma galera que acompanha e canta junto o rock grudento, bem executado, cantado em português e recheado de influências das bandas 77.

Com a bandeira do estado de SP no bumbo da batera e com o vocalista com a camiseta do São Paulo (time), tocaram os sons próprios como "Mundo adulto", dividiram os vocais com o Henrique do Porcos Cegos em um dos sons e fizeram uma cover perfeita da incrível "Somebodys Gonna Get Their Head Kicked In Tonight" do Rezillos, cantada pelo baterista.

A segunda banda da noite foi a americana Defect Defect.

Desconhecida do público, nem eu e acredito que boa parte da galera presente ouviu falar neles.

É uma banda curiosa pela sua esquisitice: um vocalista magrelo, de óculos e cara de nerd maluco, uma mina no baixo, um guitarrista emo e um baterista gordo e alto, que ficava muito mais em destaque do que a própria bateria.

Apesar do esforço do vocalista Colin - em cantar alucinadamente, se jogar no chão, quase tentando pular na galera, ultrapassando a grade e colocando o microfone na boca da turma do gargarejo e dos fotógrafos, a banda não empolgou e talvez por isso mesmo tenha feito set super curto.

A atração mesmo foi ver os caras do Cockney chegando e passando de boa no meio da galera.

O público, talvez pelo feriado prolongado, não ultrapassou os 400 pagantes.

Tinha muita gente mais velha, muita galera de banda, mas também muito fãs novos, abaixo dos 30 anos - todos anciosos pelo que vinha em seguida.

Uma barreira de seguranças junto à grade de proteção se formou e a atração principal não tardou a aparecer.

Esperava ver velhinhos cansados? Que nada!

Os irmãos Jeff e Mick Geggus (respectivamente, vocalista e guitarrista), Tony Van Frater (baixo) e Andrew Laing (baterista), estão mais gordinhos, é verdade, mas em plena forma.

Formada em 1979 e integrante da chamada segunda onda de bandas punks britânicas, juntamente com a Sham 69 e Angelic Upstarts, boa parte da carreira dos Cockneys foi marcada pela violência nas letras e nos shows.

Claro que anos depois, a energia e o pensamento é outro e todo mundo estava lá mesmo pra se divertir.

A banda também tem uma ligação forte com esportes, Jeff e Mick foram lutadores de boxe amador, e são, como todo bom inglês, fanáticos por futebol.

O vocalista Jeff inclusive estava com a camisa da Tup, uma das maiores torcidas do Palmeiras.

Abriram o show com "We are the firm" de 1980, seguida de 2 sons do mais recente disco "Unforgiven", lançado em maio de 2007 - "Fists of fury" e "Cockney Reject".

Boa parte da discografia da banda foi lançada pela EMI e desde o final dos anos 80, a banda tem lançado os discos por vários selos independentes.

O set foi bem dividido entre os novos sons e os clássicos como "Flares n slippers" de 1979.

O vocalista, também conhecido como Jeff "Stinky" (fedido), disse que foi uma longa viagem até o Brasil mas era um grande prazer estar tocando aqui pela primeira vez e que o som que viria a seguir foi dos motivos de estarem aqui.

O som era "The power and the glory".

Lá na frente da grade quem estava? O vocalista nerdão do Defect Defect, cantando todas e pulando muito.

Os seguranças tiveram pouco trabalho porque a grade manteve a galera no lugar, mas não conteve a animação e todo mundo cantou junto inclusive as músicas mais novas.

Toda a banda suava em bicas, o baterista Andrew arrancou a camiseta e o suor do baixista Tony, que estava de boné, escorria pela aba. O vocalista pulou o show inteiro, toda hora dava socos no ar, como se estivesse lutando boxe.

E tome mais som com um medley de mais duas do "Unforgiven" - a faixa título e "It´s alright bruv".

Estava eu anotando os detalhes pra não esquecer de nada enquanto a banda anuncia "I´m not a fool", um cara que assistia o show do meu lado disse "Anota aí, que esse é o hino". Ok! obedecido.

Foi um pouco mais de 1 hora e meia de show, com um set perfeito e um som atrás do outro.

E o melhor ficou mesmo pro final "On the streets again", "Police car" foram duas que rolaram antes de uma pausa curta.

Voltaram pra encerrrar com em grande estilo com dois clássicos absolutos "I´m forever blowing bubbles" (cover punk do hino do time de futebo linglês West Ham) e "Oi Oi Oi" - esta última, reza a lenda que deu origem ao street punk (também chamado de Oi).

Fim de clássico no Hangar 110.

Punk rock executado por craques x público 10.




Texto Por Andréa Ariani.









Retirado de...

http://www.zonapunk.com.br/ver_res_show.php?id=299




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