Já tinha aqui referido que os Bad Brains actuam hoje no Brasil...
A banda americana participou no programa do famoso apresentador televisivo Jô Soares, aqui está o vídeo dum tema antigo que interpretaram "The Youth Are Getting Restless"...
Bad Brains em 2008...
E só para recordar, aqui fica outro do tema "Big Take Over"...
...ao vivo no CBGB em 1982!!!
1 comentário:
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REVIEW DO CONCERTO EM SÃO PAULO NO DIA 9 ABRIL 2008
Bad Brains
09/04/2007 - Eazy - São Paulo/SP
Ontem fui praticamente um ”repórter por um dia”.
Sim, como aqueles lá do Fantástico, que só com alguns cruzados precisam fazer uma matéria fudida.
No meu caso recebi o convite (irrecusável) de cobrir a vinda do Bad Brains a São Paulo.
Apesar de o pico ser bem longe aqui de casa (sou do ABC), eu não perderia essa por nada, e então consegui arrumar carona com uns outros amigos louvadores de Jah.
Nós nos perdemos bastante no caminho e por isso só chegamos 15 minutos antes dos rastas subirem ao palco, mas toda a correria valeu muito a pena.
Pra começo de conversa, não teve nenhuma banda de abertura.
Isso é demais porque além de não encher o saco de quem está esperando pra ver o show principal, o som também fica bem melhor, já que os equipamentos não estão “cansados”.
Bom, eu fiquei ali coladinho ao PA, e o primeiro que vi foi o Darryl Jenifer recebendo o baixo do roadie.
Foi nessa hora que caiu a ficha de que eu iria mesmo ver aqueles caras que tanto vi nas telinhas e sonhei estar próximo.
Em seguida vieram Dr. Know e Earl Hudson, ambos demonstrando fisicamente uma idade mais avançada, mas que, como vi minutos depois, provam que a experiência de palco deles é única e perfeita.
E por fim entrou no palco saudado Israel Joseph, fazendo gestos de louvor a Rastafari e com uma simpatia a nível do HR.
Pra começar o show, após a Intro do disco "I Against I" os caras já mandaram o clássico "Atittude", com o público cantando tudinho, inclusive o gritinho “heyyyy we got that PMA”.
Sim, Bad Brains, nós ali estávamos com uma “atitude mental pra lá de positiva”, pois de cara deu para ver que Israel Joseph não decepcionaria nem um pouco (como muitos acreditavam).
Inclusive, na minha humilde opinião, Israel estava com muito mais fôlego e ânimo do que nosso querido HR suportaria, já que este anda bem debilitado de saúde.
Foi um início de show regado ao disco “Bad Brains”, aquele clássico amarelinho, pois depois de "Attitude" a caixa de Earl já tocou como em um picadeiro, e deu lugar a “Right Brigade”, seguida por “Sailin On” e “Regulator”.
A essa altura você imagina né, eu já estava pensando “Caraça, se for nesse ritmo todos vão morrer de tanto agitar”.
Acho que eles também pensaram assim, porque aí mandaram “Youth Are Getting Testless”, um reggae cheio de dread, com a guitarra no mesmo timbre da gravação do disco que leva o mesmo nome desse som.
Aquela energia Marley dominou geral: era roqueiro, punk, metal, todo mundo agitando na vibe anti-babilônia por uns 10 minutos, acho.
E então voltaram para o disco amarelinho, com o bumbo que não pára.
O nome é “Big Take Over”...
A performance de palco estava perfeita, I.J. por hora imitando as dancinhas de HR, fazendo coreografias, interpretando a letra e subindo em PA, sempre bem próximo do público, cantando cara a cara.
O show foi regado de clássicos, após mais umas 5 musicas eu já não conseguia lembrar qual dos hits deles ainda faltavam, pois mandaram benzaço mesclando entre os punk, metal e reggae.
Todos os discos foram lembrados, se não me engano só o “God of Love” foi deixado de lado, pois apesar de eu particularmente pirar no som que dá nome a esse título, sei que muitos não gostam do dito cujo.
Em vários momentos usaram reverbs na voz, e aí ouvíamos umas 20 repetições de “Jah Rastafari”, o que tornava a atmosfera do pico praticamente uma Jamaica (e o público colaborando com a fumaça). “Don´t Need It”, “Sacred Love” e “FVK” foram tocadas meio seguidas, uma atrás da outra, dando espaço depois para “Jah Love”, som do novo disco que eu já tinha ouvido umas 50 vezes, de tanto que gostei.
Mesmo sem os efeitos eletrônicos a música ficou demais, bem diferentona.
Em seguida rolou a faixa de abertura do “Build a Nation”, com todo mundo cantando o refrão na capela: “Give Thanks and Praises”.
Não sei que parentesco essa música tem com o som do Bob Marley, mas cara, foi foda esse som.
E então, quando já parecia que o fim estava próximo, veio a “Banned In DC”, com o vocal brincando com a galera e perguntando “Quem aí já foi Banned in Sao Paulooouu?”.
E foi impressionante! Depois começou um riff de 4 tempos e 3 notas, sim, aquele de “Pay to Cum”, com o mesmo timbre do disco. A casa praticamente caiu.
Foi mais ou menos isso. Se ferrou quem não foi por causa do HR!!
Acho engraçado isso, pois nunca nego assume que vai no show do Ratos para ver o João Gordo, ou no Dead Fish ver o Rodrigo. Mas enfim, foi bom demais!
Esse show de longe já marcou 2008 e toda essa fase em que o Brasil voltou a ser mais ace$$ível e tem trazido boas bandas com mais facilidade.
Isso aí, foda mesmo cobrir esse show! Jah Love!
Felipe Carvalho
Retirado de...
http://www.zonapunk.com.br/ver_res_show.php?id=316
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