A ZonaPunk Brasil entrevistou recentemente a banda
The Vibrators que se vai apresentar ao vivo neste país, no fim deste mês...
«Knox ainda tem muito a dizer, e conta curiosidades e fala mais sobre sua história e atualidades em volta do grupo.»Podem ler esta entrevista, clicando em "
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5 comentários:
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05/01/2011 - Esta é a segunda vez que o ZonaPunk tem o prazer de entrevistar esta lenda da música punk mundial: The Vibrators. Dez anos depois da primeira entrevista, Knox ainda tem muito a dizer, e conta curiosidades e fala mais sobre sua história e atualidades em volta do grupo. De malas prontas para retornar ao Brasil, confira o bate-papo e prepare-se para mais uma série de apresentações históricas dos vibradores por aqui.
Para começar a entrevista, fale nos um pouco sbre o começo da banda na cena punk inglesa dos anos 70, sobre como conseguir equipamento, apoio, lugares pra tocar, como promover a banda...
Knox - Estive em algumas banda antes do Vibrators, havia o Despair, que estava fazendo um monte de músicas que depois foram pro Vibrators, tipo “Whips & Furs”, “She’s Bringing You Down”, “Sweet Sweet Heart”, “Claws In My Brain”, etc. Isso era por volta de 1974-74. Ai eu tive o (uma banda chamada) Lipstick e finalmente numa banda que durou pouco tempo chamada Stiletto. Eddie, o baterista do Vibrators, costumava dirigir pro Lipstick e pro Bazooka Joe, que tinha o Adam Ant na formação e (quem viria a ser) o guitarrista do Vibrators, John Ellis. O Bazooka Joe em 1975 tinha o Sex Pistols como banda suporte, fazendo em seu primeiro show. Naquela época, era a cena de pub rock e do rock progressivo e provavelmente de algo glam. Com certeza a música da cena pub rock não era uma maravilha, e provavelmente continua não sendo, mas era uma cena bem tranquila e desde que você tivesse um show, você poderia tocar o que quisesse. Era muito bom para bandas emergentes. Quando eu estava tocando em bandas, eu tinha meu próprio equipamento, até mesmo o PA. Haviam muitos lugares para tocar, se você se sentisse incomodado era só sair e procurar.
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Que bandas novas você tem ouvido e qual importância deve ser dada a este sangue novo, aos que mantém a chama viva?
Quando estou em tour eu ouço um monte das bandas suporte, até oito numa noite, então quando estou em casa eu me desligo e não ouço muita coisa. Há uma porção de boas bandas punk por ai, mas não são o que posso chamar de bandas de carreira, são mais amigos tocando e não tem planos a longo prazo. Você tem que ter bandas novas aparecendo, para que as pessoas se mantenham interessadas em música, senão dura pouco. É brilhante que a garotada jovem pesquise música e venha ver nossa banda como ela era no começo.
Muitas bandas inglesas adquiriram influêcias de reggae/ska, ao contrário de vocês que se mantiveram com um "padrão", na época. Fale pra nós um pouco mais de suas influencias, o que você acha interessante musicalmente, e os gostos pessoais e em comum entre vocês.
Como o compositor principal, eu devo ter a maior influência no material do Vibrators. Minhas influências eram o Velvet Underground, Lou Reed, Iggy Pop, the MC5, todas bandas normais, exceto que eu era um pouco mais velho do que o pessoal. Eddie gosta dos Stones, Pat Collier (nosso baixista original) gostava de música pop em geral eu acho, e John Ellis gostava de R’n’B e Peter Green.
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Diga-nos sobre como é estar envelhecendo como uma lenda, sendo citado como influência para várias bandas importantes, como o R.E.M. e o Stiff Little Fingers, que inclusive pegou o nome da banda de uma música de vocês.
Eu acho (como um monte de outras pessoas no punk e em outros estilo) que pra começar, eu continuo vivo, e muitas pessoas não estão. Não me sinto confortavel com esse lance de 'lenda', tudo o que eu fiz foi tocar música, o que não é dificil, e depois de um tempo começam a te chamar de lenda. As vezes fico em pânico sobre estar ficando velho, sendo que tenho tanto pra fazer, mas eu vou em frente. Eu acho que a idade te dá um novo tipo de perspectiva, mas não é ótimo ser velho. Onde estão os 'anos dourados'?
Seu segundo LP, o "V2", chegou ao numero 33 nas paradas inglesas, se tornando parte memorável do punk dos anos 80. Fale-nos sobre a importância e o impacto disso na banda.
Foi muito bom pra nós. Não tão bom como nosso primeiro disco, e não foi lançado nos EUA. Foi produzido por Vic Maile e ele foi bem coeso e realmente nos ajudou a desenvolver as música. Eu escrevi a maioria das músicas e foi influenciado por um amigo jornalista durante nossa estadia em Berlim. Foi de lá que músicas como “Destroy”, “Warzone” e “Troops of Tomorrow” vieram. Eu acho que neste, assim como no nosso primeiro álbum fomos, fomos bem sortudos por ter saido tão bem.
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Nos conte sobre o hiato da banda no começo dos anos 80, a constante mudança de membros e o motivo pelo qual vocês voltaram.
Eu sai da banda em 1978 por uma série de motivos. Uma preocupação da banda era de não ter uma performance inconsistente, entre outras coisas, e por isso tivemos que mudar a formação rapidamente. Eu fiz outras bandas, minha banda solo chamada KNox, o Fallen Angels e mais tarde o Urban Dogs, com Charlie Harper do UK Subs. A retomada do Vibrators foi quando Pat Collier estava com um estúdio de ensaio/gravação e disse ter retomado seu interesse pelo punk, queria voltar, fazer um disco e fazer dinheiro. E eu estava mais interessado em só fazer um bom disco.
Nos conte sobre outros projetos pessoasis. Eu sei que você Knox é um grande pintor, por exemplo. Que outras atividades artisticas vocês são envolvidos, fora a música?
Eu realmente gosto de pintar mas infelizmente isso vem em segundo lugar, atrás da música. É bem chato pois se eu quero pintar, eu terei que trabalhar o dia todo em outra coisa para poder me manter, e a noite você está na cama, não está muito afim de pintar qualquer coisa. A mesma coisa pode acontecer todos os dias por semanas. Mas continuo pintando um pouco. as vezes em tour, coisas simples tamanho A4 que são fáceis de manejar.
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Sobre a última tour da banda no Brasil, que lembranças você tem e quais as expectativas pros próximos shows?
Bom, é sempre legal tocar no Brasil, o pessoal é bem amigavel e bem empolgado em ver a banda. Está bem frio na Inglaterra, então é ótimo ir para um lugar mais quente.
Quais os planos futuros? Novos lançamentos, tours, talvez um DVD...
Há uma conversa sobre um DVD de shows quando vamos tocar, mas temos que esperar e ver. Você não pode prever o futuro mas eu acho que a banda vai continuar trabalhando pro um tempo ainda.
Alguma mensagem final?
Esperamos ver todos em algum dos shows. Não vamos desaponta-lo, estaremos tocando várias das favoritas antigas e algumas novas. Não esqueça de olhar nossos sites:
www.thevibrators.com e www.myspace.com/thevibrators
Retirado de...
http://zonapunk.com.br/ver_entrevistas.php?id=203
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