Surreal... foi a palavra que mais me veio à cabeça na passada noite de 31 de Outubro...
Ver três bandas extintas em palco, com tal energia e cumplicidade ao fim de tantos anos separadas, foi bom demais!
Com abertura das portas no Musicbox depois das 23 horas, já se adivinhava a enchente que esperou por esta magnífica noite.
Pelas 23h30 os Osso Duro De Roer arrancaram em força, com o vocalista Luís (também dos extintos C.I.A.neto, bem como o baixista Gringo e o guitarrista Raf) cheio de palavras desafiantes e discurso sobre o momento actual do nosso país.
Foram cerca de 45 minutos cheio de energia, passaram por temas como «Prozac Generation» (um dos melhores desta banda) e ainda houve tempo para uma faixa dos C.I.A.neto («O Homem Moderno»), terminando com «Estrela Em Ascenção».
Não demorou muito para os LovDaXit subirem a palco, desde o primeiro acorde que a descarga crust mexeu com tudo e todos.
Os dois vocalistas (Ico e Jonhie, este último também dos Simbiose) arrasaram e o som enchia (ainda mais) a apertada sala que parecia cada vez mais pequena.
O calor já era muito e a banda termina cerca de 30 minutos depois, com imensos aplausos.
E chega a vez dos Corrosão Caótica... foi uma sensação estranha e ao mesmo tempo de êxtase ver a banda em 2011, após cerca de 15 anos parada.
Percorrem os temas da ´demo`, do single em vinil e do seu único álbum com uma ligeireza incrível, parecia que os anos não passaram.
O inspirado vocalista Piranha agradecia a todos os presentes, entre palavras fazia recordar momentos passados, sempre a cativar os presentes.
A energia e a entrega era tanta que até no arranque de um tema, o guitarrista João (também dos Gazua) fez saltar a correia da sua guitarra num movimento algo curioso (quase pirueta), o que resultou numa paragem colectiva quase ensaiada... arrepiante.
As músicas pareciam mais actuais do que nunca. Houve tempo ainda para um convidado especial, Fred (ex-Censurados) que interpretou dois temas, pois o baixista chegou a fazer parte dos Corrosão em 1995.
Para o final ficou «Eles Dizem Que Não», um dos temas mais fortes de sempre dos Corrosão com direito a dedicatória ao falecido Stein (ex-Procyon), amigo da banda de Benfica.
O calor era muito, a música continuou a soar nesta sala lisboeta pelas colunas de som, com muitos sorrisos, muito suor e tanta gente plenamente satisfeita.
Se metade da sala seguia os ritmos debitados, outra metade estava ávida de conversa em jeito de comentários sobre estas actuações.
Muitos falaram «daqui a um ano, fazemos o ´regresso do regresso`...» mas não, as bandas fazem questão de terem participado neste evento por ter um carácter único.
No caso dos Corrosão (na minha humilde opinião) foi a despedida que nunca chegou a ser feita.
Já abaixo podem ver vídeos desta excelente actuação que terminou sem encore pela visível exaustão dos próprios músicos. Até sempre!
(fotos por Marta Tomé)
3 comentários:
Grande Billy...excelente reportagem...momento alto da noite foi mesmo o pessoal que apareceu em peso (alguns literalmente) e catalizando as hostes para um abiente fantástico...AbraSOM
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Sem dúvida, amigo Rui...
Momentos altos foram muitos mesmo...
E todas as bandas estiveram muito bem, surpreenderam mesmo!
Abraço forte!!!!!!!!!
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só um reparo...o ultimo tema foi dedicado ao Stein e ao Serpa ;-)
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