No site Blitz, foi publicada uma interessante review ao concerto dos Misfits, que passaram pelo nosso país no passado dia 12 de Fevereiro...
«Ao fim de quase uma década, Portugal voltou a receber os Misfits ou,
pelo menos, aquilo que vai restanto deles, mas sempre com um nome em
comum: Jerry Only, agora feito vocalista da banda, que carrega nos
ombros - para além da já tradicional "carapaça" -, a missão de fazer
esquecer Glenn Danzig e Michale Graves. E fá-lo com distinção, para
surpresa dos mais cépticos...»
Podem ler a reportagem na íntegra (da autoria de Kords), clicando em "Comments" já abaixo...
2 comentários:
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Misfits @ Corroios
Estranho, o ano, que somos possibilitados de festejar o halloween duas - ou mais, consoantes os sortudos - vezes. Este ano, será um desses anos. E é sempre, um pouco assim, quando a lendária banda de nova jerséi decide voltar à estrada.
Ao fim de quase uma década, Portugal voltou a receber os Misfits ou, pelo menos, aquilo que vai restanto deles, mas sempre com um nome em comum: Jerry Only, agora feito vocalista da banda, que carrega nos ombros - para além da já tradicional "carapaça" -, a missão de fazer esquecer Glenn Danzig e Michale Graves. E fá-lo com distinção, para surpresa dos mais cépticos.
Sem nunca estar ao nível de merecimento de um dos maiores nomes do punk de sempre, o som do Cine-Teatro de Corroios resolveu ser protagonista e tratar de praticamente arruinar o que de bom poderiam ter para dar, estes Misfits. A guitarra soou sempre demasiado estridente, o baixo tornou-se uma nuvem imperceptível de som, feedback e eco e a bateria, bom, essa, pouco se ouviu durante a grande parte da noite.
A banda, essa, que ao longo da sua história sempre se pautara por uma imagética bastante característica, continua sem deixar os créditos por mãos alheias. A bateria, elevada, assenta sobre uma estrutura castelar, há esqueletos nos suportes de microfones, Dez Cadena - o senhor, Dez Cadena - encarna o Crimson Ghost e Only, ao fim de 30 anos disto, ainda ostenta a clássica devilock, o seu devastator e uma capa de picos. Os Misfits estavam em Corroios e, não foi todo este cenário haloweenesco, que fez chamar a assombração de Danzig.
E foi ao som de chuva e trovões, diz a banda que é a "Devil's Rain", que o concerto se iniciou. A um ritmo alucinante, bem clássico, onde nem faltavam as contagens iniciais muito Ramonescas, a banda despachou a quase totalidade do seu mais recente álbum "The Devil's Rain" de inicio. Claramente demarcado em dois actos, foi com "Static Age" que a banda se iniciou num, relativo, desfile de clássicos. Bullet, Children in Heat, Nike a Go Go, She, Halloween, Skulls (cantado com a ajuda do mais jovem rapaz presente na sala. 11 anos, reza a lenda), Where Eagles Dare, Hatebreeders, All Hell Breaks Loose, We Are 138 e Die Die My Darling, por seu turno, fizeram as delicias dos fãs da era Danzig, ao passo que músicas como Abominable Dr.Phibes, American Psycho, Scream!, Shining, Dig Up Her Bones e Descending Angel chamaram, a cada individuo do público, o Michale Graves em si. Foram cerca de 30 temas, ao longo de praticamente hora e meia a um ritmo devastador, pontuadas com breves intervenções de um Jerry Only que, ao fim de 30 anos, se torna num front man por excelência. Só nos pede que não fumemos na sua cara, isto é, na sala em que actua.
Depois do cancelamento de última hora dos Punk Sinatra, coube aos Beretta Suicide, liderados por um pouco sóbrio vocalista/baixista, e o seu punk n roll à la Backyard Babies ou Hellacopters, com laivos de eu-já-ouvi-isto-num-disco-de-motörhead abrir a noite para, um já bem composto (mas pouco entusiástico) Cine-Teatro de Corroios - que viria a encher com a aproximação do concerto principal. Numa noite presidida pelos power trios, os JuiceheaD, que também já andaram em tour com os Adicts, deram ainda o ar da sua graça, trazendo o seu clássico e genérico punk rock a Portugal.
Artigo escrito por kords Segunda 13, às 17:22
Retirado de...
http://blitz.aeiou.pt/?p=stories&op=view&fokey=bz.stories/79509
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Não pode ter sido culpa da sala, só. Sim não é uma sala perfeita, mas as duas primeiras bandas tiveram um som que oscilou entre o razoável e o bom. Portanto, ou foi o técnico, ou foi a banda a dar ordens ao técnico... seja como for, a sala tem mínima culpa no sucedido.
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