Quem pôde deslocar-se a Beja no fim-de-semana passado (7, 8 e 9 de Junho), ficou com certeza com muitos bons momentos na memória, que vão perdurar!
A quarta edição do Santa Maria Summer Fest foi um sucesso, com imensa gente a viajar para aquela cidade alentejana, para ver e participar num dos melhores festivais a que assisti nos últimos tempos.
O ambiente era excelente, todos os dias esteve imensa gente e a música foi o ´prato principal` durante 3 dias, mesmo tendo várias atracções em redor (as bandas de merchandising era muito apetecíveis e bastante procuradas).
Obviamente que o segundo dia (8 Junho) foi o que mais apreciei, só ter no cartaz os grandes Crise Total e os regressados Doom (directamente de Inglaterra) dava razões para muitos sorrirem desde o amanhecer do dia até ao sol raiar já no Domingo.
Para além de imensas bandas no cartaz nesse dia, os Crise subiram ao palco depois das 22h30, já com muitos fãs do seu lado.
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Perante uma ´fatia` de público do festival algo afastada e expectante, muita gente pulou e saltou ao som dos grandes clássicos da banda.
Houve ´novos` temas apresentados com o vocalista Manolo bastante motivado em palco, o guitarrista Rui Rocker possuído desde o primeiro segundo, Rattus muito seguro no seu baixo e Jonhie a ser constantemente atingido pelos tripés e pratos da sua bateria, pelas cerca de cinquenta pessoas que invadiam a sua zona e se agitavam freneticamente.
A festa foi mesmo em palco, num certo momento só se viam flashes de câmeras, luzes de imensos telemóveis no ar, tal era a imagem da invasão e dança dos punks presentes que não paravam de pular, com alguns fumos de palco a darem uma imagem invulgar.
Manolo não parava de sorrir e (fisicamente bastante desgastado no final) não parou de agradecer pelo ambiente proporcionado.
Houve ainda encore e o tempo passou como raramente se sentiu, pareceu que a actuação foi um pequeno instante.
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Logo de seguida, havia muita curiosidade para ver os britânicos Doom (penso que só com dois elementos da formação que esteve no Jukebox em 1992, guitarrista e baixista).
Muita garra, grande som, um vocalista um pouco sóbrio demais mas competente, cativaram muitos dos presentes pela sua sonoridade, não tão crua como habitualmente conhecemos, mas mais ´actualizada`, deram um excelente concerto, com muito power.
De faixa para faixa, tornou-se bastante cativante levar com aquela barreira sonora e ainda se ouviu "Police Bastard", entre outros grandes temas da banda.
E a festa fez-se até tarde, pouco depois seguiu-se a última banda da noite a mal acabaram, arrancou-se para uma das melhores noites da minha vida!
Numa tenda preparada para o último protagonista da noite (DJ Billy), num pequeno palco, desde o primeiro segundo que se notava que estavam todos em sintonia. Já se sabia o que se iria ouvir, depois daquelas excelentes actuações das bandas.
Ao fim da primeira faixa passada nas colunas de som, já o espaço estava esgotado, a euforia ainda era muita e pulou-se, saltou-se, empurrou-se como que num sentimento de teimosia em não deixar que a noite pudesse acabar por ali.
Os clássicos foram muitos, muita gente gritava os temas que iam desfilando (não só os refrões, tal era a tal sintonia de público que referi). Havia imensa gente a cantar as faixas, mesmo à volta daquela zona, junto às bancas de comida e bebida.
Alguns dos músicos que actuaram em palco fizeram questão de aparecer e se misturar no meio da amálgama de gente que já se apertava, com tanta falta de espaço.
Num momento a meio da sessão, um primeiro punk saltou para as vigas da tenda (que a estruturavam) e foi um ´rastilho` que mais não acabou até ao final do último decibel debitado naquela noite.
A festa fez-se até tarde, com constantes vôos directos à aparelhagem de som (causando quebras sonoras felizmente curtas, recuperando logo de seguida), algumas pessoas no ar em braços, muita euforia e muito, muito calor dentro daquele espaço que foi curto para tanta gente motivada.
Outro pormenor feliz foi da organização que viu a tenda literalmente a abanar e indicou à segurança do recinto para deslocar-se à tenda, sem grande alarido, num jeito de marcar presença (sem emitir uma única palavra), acalmando um pouco os ânimos, sem cortar o excelente ambiente que se sentia nos presentes.
E foi com muita pena que recebi o sinal para finalizar a DJ session, muita gente não saiu depois de terminar, apelando a mais música, com rasgados sorrisos e corpos suados, mas que infelizmente não foi possível proporcionar.
Em palavras é difícil descrever este dia e mesmo todo o festival, mas tenho plena consciência que irá ficar na memória, por muito tempo.
De parabéns está a organização encabeçada pelo simpático Vitor Paixão que apoiou sempre que podia os músicos, o pessoal das bancas de merchandising (que era bastante) e todos os envolvidos, com bastante profissionalismo e competência. Era constante a pergunta «está tudo bem, precisas de alguma coisa?», deixava tudo e todos bastante tranquilos.
E claro, fazer um festival durante três dias com entrada gratuita, não é fácil. Reforço novamente os parabéns para eles.
Ainda se registaram alguns distúrbios, algo afastados das áreas junto ao recinto do festival (umas ´pequenas` preocupações para a organização), mas nada que interrompesse o excelente ambiente vivido naquela zona.
Quanto às restantes bandas do evento, como é óbvio, devem procurar sites dedicados a aquelas sonoridades (hard´n´heavy), pois podem obter informação mais detalhada.
Na minha opinião houve bandas extremamente interessantes, outras menos surpreendentes mas igualmente competentes, o que ajudou a distrair o público que, banda a banda, tinha fãs acérrimos na fila da frente dos respectivos espectáculos. E público não faltou...
Segundo o próprio Vitor, já está em preparação o próximo Santa Maria Summer Fest... que venha mesmo, o público agradece!
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(fotos retiradas da página dos Crise Total, *** por Cameraman Metálico)
11 comentários:
xii. o q perdi...grande manolo.
Há coisas que não se deveria perder nem por nada e esta é uma delas.
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(texto por Vitor Paixão, organizador do evento)
Esta é a minha equipa; foram estes quem de forma totalmente voluntária permitiram que o SMSF fosse uma realidade! A todos eles o meu sincero agradecimento e reconhecimento. Raze, Zé, Zedd (não está na foto), Henry, Páscoa, Vera, Vitor, Ricardo, Demétrio, Fedra, Joana, Filipa, Adriana, Sandro e mano, Hugo, Mide e Joaninha, a todos vós o meu muito obrigado pela vossa disponibilidade, pelo vosso esforço, pela vossa abnegação, pois vocês foram e são enormes!
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Cada qual à sua maneira deu o melhor de si, em prejuizo das suas vidas particulares e da própria familia. Foram não 3 mas 10 dias de muita loucura e de muito trabalho pois o antes e o depois também contam! Hoje fechou-se um ciclo, o da IV edição do SMSF mas simultâneamente foi dado o pontapé de saida para a V edição, com esta equipa eventualmente reforçada por mais 2 ou 3 elementos. Reconhecemos e admitimos algumas falhas, estamos receptivos a criticas e sugestões, pois são vocês, público, que fazem o festival, pelo que prometemos que tentaremos corrigir o que correu mal, melhorar o que for possivel e manter o que já chegou a um nivel elevado! Gostaria também de deixar uma palavra de apreço para o pessoal do som, incansáveis e com total disponibilidade, a eles o nosso muito obrigado e naturalmente gostaria também de prestar a minha homenagem a todo o pessoal da Câmara Municipal de Beja pelo apoio que nos proporcionou, destacando para o efeito a área e pessoal dos transportes, da Casa da Cultura, do Pax Julia, do Parque de Campismo, da Divisão de Desporto, todos quanto estiveram nas montagens, instalações e limpezas, do gabinete de Comunicação e em especial ao grande amigo Álvaro Barriga, um profissional dos pés à cabeça. O meu agradecimento também para o vereador da Cultura, Dr. Miguel Gois pela paciência e luz verde que deu no apoio! Uma palavra de apreço para a Cruz Vermelha Portuguesa e Loja Social de Beja, e PSP pelo apoio que nos deram, bem como para o grupo de alunos da Escola Superior de Educação que também de forma voluntária fizeram o logo, sem esquecer todos os que colaboraram no artwork do fest (em especial o André Coelho), a Inês Misha, Nuno Oliveira e Rui Marujo, pela realização da Zine. Finalmente um esclarecimento que se torna obrigatório: O Sr. Sérgio Paulo cortou-se porque foi indevidamente ao backstage feito guloso ROUBAR 4 ou 5 cervejas que trazia na mão; o Sr. Sérgio Paulo teve permissão para jantar durante os 3 dias do evento; ao Sr. Sérgio Paulo foram-lhe dadas senhas para beber; durante o tempo em que esteve no hospital esteve sempre acompanhado por um elemento da organização; foi o único que não pagou pelo espaço que ocupou (por infimo que fosse esse pagamento); passados 10 minutos após a luz se ter partido a mesma estava substituida. Na parte que me toca dispensaria tudo isto mas não admito que um ingrato que foi tratado que nem um rei coloque em causa o trabalho de 15 pessoas para que todos se sentissem bem, isso eu não admito! Esse senhor pelos vistos já se esqueceu das vezes em que eu lhe fiquei a guardar a banca para que pudesse jantar ou ir ao bar ou à casa de banho, resumindo, esse senhor, para além de mentiroso é ingrato, e para além de ingrato é cobarde já que postou o que bem lhe apeteceu retirando e bloqueando pessoas e comentários que contrariavam a sua versão; no mural dele manda ele, é verdade, mas não é menos verdade que isso é sinal de cobardia, pois se fosse homenzinho falava directamente comigo. Esse senhor pôs em causa a minha verticalidade ao ponto de dizer que o fest é do dinheiro dos nossos impostos; dos meus com certeza que é já que pago e não é pouco, dos dele não sei nem me interessa mas se me chatear arranjarei forma de saber. Ou quereria ele que organizasse uns mastros e umas sardinhadas? Ficaria mais contente com isso? Por isso não lhe admito que coloque em causa a minha idoneidade, boa fé e transparência pois nada tenho a esconder. Finalmente, o meu agradecimento a todos quantos estiveram presentes, bandas, público, imprensa, este é o vosso fest e no que depender de mim e assim continuará a ser.
Rock On e até para o ano!!!
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Muito obrigado Billy! Excelente review que espelha bem o que se passou e nos alerta para um pormenor importante: o espaço do set de DJ, situação a rever para o ano com mais uns quantos m2, principalmente se for com DJ's do teu calibre (que não são assim tantos); prometemos que iremos melhorar nesse aspecto. Gostaria também de dizer que foi uma enorme honra ter-te cá e quem sabe se não virás outra vez... Grande abraço e rock on!!!
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Obrigado pelas palavras e mais uma vez, pelo convite deste ano!
Abraço a todos da organização!
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Quando soube que tiveram ca os Doom e q foi a borla ate nem queria acreditar. ainda por cima com crise. e tenho curiosidade em ouvir o billy.
Quando soube que tiveram ca os Doom e q foi a borla ate nem queria acreditar. ainda por cima com crise. e tenho curiosidade em ouvir o billy.
Quando soube que tiveram ca os Doom e q foi a borla ate nem queria acreditar. ainda por cima com crise. e tenho curiosidade em ouvir o billy.
Excelente reportagem!
boa reportagem mesmo. o billy tem o poder de deixar um gajo em brasa por na ter ido.
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