Há ‘Coimbra B’ e agora passa a haver ‘Coimbra 13’.
Na passada 6ª feira, dia 13 de outubro, os Peste & Sida deram um concerto espectacular em Coimbra, inserido na Latada, evento organizado pelas universidades, que surpreendeu muita gente... inclusivamente eu próprio!
O ambiente estava apetecível, o calor fazia-se sentir, o espaço convidava à festa, com dimensão à medida, esperava-se muita gente...
Mesmo perto de nós, ao subir a rampa de acesso, (San Payo) tropeça, cai e fica estendido no chão... tinha partido o fémur e ia ser transportado de urgência para Lisboa para ser operado.
Com a adrenalina em alta, devido à situação, João Pedro Almendra pulava que nem um louco...
...a poeira no ar do recinto indicava bem a agitação do público...
Podem ver a review na íntegra desta incrível noite, clicando em "Comments" já abaixo...
Não se esqueçam que estão previstas mais datas dos Peste & Sida para breve...
10 novembro – Famalicão
25 novembro - Alenquer
Vão consultando a página do myspace da banda...
http://www.myspace.com/pestesida
13 comentários:
Peste & Sida – Coimbra 13 – review do concerto
“Eu não sou supersticioso, mas o pai dela dá-me azar...” já cantavam os outros... eu também não sou, mas que há cada azar, isso há!
Há ‘Coimbra B’ e agora passa a haver ‘Coimbra 13’.
Na passada 6ª feira, dia 13 de outubro, os Peste & Sida deram um concerto espectacular em Coimbra, inserido na Latada, evento organizado pelas universidades, que surpreendeu muita gente... inclusivamente eu próprio!
Eram seis da tarde e a banda chegava para o habitual teste de som...
O ambiente estava apetecível, o calor fazia-se sentir, o espaço convidava à festa, com dimensão à medida, esperava-se muita gente...
Técnicos e músicos percorriam o excelente palco num espírito bem animado, num convívio digno de se ver...
Depois do ensaio, pelas 20 horas, a banda recebia instruções para se dirigir ao restaurante para jantar, a organização não queria atrasos e já que estava tudo despachado, não havia tempo a perder.
Banda, roadies, DJ de serviço (eu próprio) e organização caminhavam calmamente a caminho do jantar, quando se deu pela falta de João San Payo, baixista e voz de sempre dos Peste...
Lá o chamamos à distância, estava na conversa junto à entrada do recinto...
Olhando para o grupo à distância e para não haver atrasos, San Payo vem a correr ter connosco...
Mesmo perto de nós, ao subir a rampa de acesso, tropeça, cai e fica estendido no chão!
Depois de o levantarmos e verificar o que se passava, San Payo gritava com dores, chamou-se uma ambulância que rapidamente chegou ao local (ainda dentro do espaço).
Logo nos indicaram que o músico iria demorar pelo menos 3 horas nas análises e respectiva avaliação, no hospital local.
Começou-se a ‘fazer contas’ e perspectivou-se uma espera com bastantes preocupações... esperando que não estivesse mal de todo, com um bocado de sorte, levava umas injecções para as dores e tocaria sentado.
No meio do jantar, recebeu-se a certeza e a pior notícia da noite...
San Payo tinha partido o fémur e ia ser transportado de urgência para Lisboa para ser operado.
Soubemos que estava bem, ou seja, não corria risco de vida, mas o procedimento era esse.
Emoções ao rubro, logo se pensou na anulação do concerto, o que era legítimo, não era um segundo guitarrista, é um elemento fundamental, para além da sua inconfundível presença em palco e obviamente do protagonismo que tem (é voz-solo em alguns temas).
O ‘brainstorm’ ocupou a mesa do restaurante e no meio da comida e da conversa cruzada, surgiu uma hipótese...
Cebola, o competente roadie que acompanha a banda toca baixo num curioso projecto, Dr. Estranho Amor (http://www.myspace.com/drestranhoamor)
e conhecia bem os temas de Peste...
Lançou-se o desafio, prontamente aceite e João Alves (guitarrista) não medindo esforços, dirigiu-se ao camarim com o roadie...
Deu-se sequência a uma exaustiva interpretação dos temas da banda... pensou-se numa curta actuação, com 5 ou 6 temas, explicando a situação ao público, mas rapidamente essa ideia se dissipou...
Cebola absorvia a informação dada e captava com exactidão os ‘acordes’ e tempos de cada música...
Outra ideia surgiu no momento, desafiar Nuno Rafael, ex-guitarrista de Peste & Sida e actual produtor do novo disco a sair em janeiro de 2007, para vir tocar baixo no concerto...
Nem foi preciso completar a frase ao telefone, “vou já para aí”, disse Rafael...
Ainda se iria esperar umas duas horas por ele... mesmo assim, ainda se franzia a testa, encolhia-se os ombros e ficava a dúvida se todo este esforço iria resultar...
Nesse momento começava a actuação dos Fita-Cola (http://www.myspace.com/fitacola), banda de Coimbra e primeira da noite...
Fui ver o concerto para descontrair o ambiente tenso do camarim...
A banda pratica um punk rock melodioso, com um pormenor bem interessante... cantado em português!
Se bem que a sonoridade fazia nos lembrar de várias bandas já conhecidas, o pormenor das letras cativava a atenção e o ritmo balanceado ajudava, com o aplauso dos presentes no final de cada tema a confirmar que merecia a pena estar ali.
Para o final escolheram tocar duas versões, uma de Tara Perdida e outra de Censurados, o que ajudou ainda mais ao ambiente que cada vez estava mais composto. Ouvia-se os refrões a milhas...
A banda ainda teve tempo de desejar as melhoras a San Payo, antes de sair.
No camarim de Peste era proibido interromper a ‘sessão’, a maior parte dos restantes músicos e comitiva estava cá fora...
Eis que entra em palco a segunda banda da noite, uma completa surpresa para mim... uma banda alemã que toca um pop/rock meloso, que fez sucesso com um tema que dá numa novela da tv nacional e que passou muito numa rádio de Coimbra...
Ignorância minha, não conhecia a banda (nem de nome, quando me falaram), vi-os e neste momento nem me lembro sequer do nome daqueles tipos...
O som deles era tão banal, tão ‘sem sal’, que só me lembrava de uma pergunta, com tantas bandas assim em Portugal (em bares ou mesmo a passar com frequência nas rádios), como é que ‘esta malta’ veio aqui parar?
E atenção, que os rapazes (mais uma rapariga, no baixo, creio) eram bem simpáticos, sempre sorridentes e estavam muito contentes em palco... e o público até aderiu, especialmente nas filas da frente.
O som era competente para o estilo, mas... enfim, não quero ser desagradável.
Acho que já ficaram com uma impressão.
No final, preparei-me para subir ao palco... momentos antes, chegava Nuno Rafael com aquele ar ‘vamos arregaçar as mangas?’ e trocou-se de baixista no camarim...
A solução estava encontrada, Cebola (o roadie) tocava uns temas e Rafael outros (nem se questiona a competência e experiência deste excelente músico, que participou nos Humanos, é director musical de Sérgio Godinho e tem-se envolvido em muitos mais projectos).
Chega a hora de eu subir ao palco e proporcionar o ambiente de abertura da ‘onda Peste & Sida’...
30 minutos de clássicos do punk nacional e internacional em alto e bom som, com o pessoal presente a aderir de uma forma espantosa...
Metade do público vibrava quase como se estivesse perante um concerto de uma banda, ao som dos Clash, Ramones, Oxymoron, Rancid e outros... a outra metade olhava, talvez estranhando tal selecção de temas...
Eis que me é dado o sinal, os Peste & Sida estavam prontos para entrar em palco!!!
Passava das três da manhã e a banda começa a tocar com o instrumental de entrada e o público agitava-se...
Logo depois de acabar, era dada a necessária explicação...
San Payo não pôde estar presente, mas os Peste iriam proporcionar a melhor noite possível com a ajuda de dois elementos em sua substituição.
E que noite, meus amigos... mas que grande noite!
Com a adrenalina em alta, devido à situação, João Pedro Almendra pulava que nem um louco, dando saltos de dois metros (passe o exagero), apontando para o público em jeito de teatralização.
Os músicos aplicavam-se ainda mais, para não falhar...
Nuno Rafael entrou cheio de atitude, mexendo-se ao ritmo da música, como já não o via fazer há anos!
As música desfilavam e Almendra gritava bem alto vozes de desafio à malta, “alguém conhece esta?”, “vá lá, alguém canta esta comigo?” e um frequente “bora lá pessoaaaaaaaaaal”...
Os músicos olhavam uns para os outros, especialmente nas entradas dos temas, mas a comunhão era tanta que não se falhava, tudo corria espectacularmente...
Que se tenha notado, Rafael apenas hesitou num acorde dum tema, prontamente corrigido ou seja, mais do que isto, não podia ser exigido, muito pelo contrário.
Cebola entra em palco e é devidamente apresentado, actuando concentrado, com uma compenetração irreprensível.
Mais uma vez a comunhão e também a entrega sincera e descontraída do roadie da banda fizeram a festa, com largos sorrisos do jovem baixista no final de cada tema... prontamente cumprimentado pelos restantes músicos.
Ouviram-se os clássicos da banda e ainda alguns dos novos temas, com o regresso de Rafael à posição.
Passava de uma hora de actuação e o público estava num frenesim digno de se ver... a poeira no ar do recinto indicava bem a agitação do público...
Ouve alguém que me dizia, “parece um concerto de Ratos De Porão”, fazendo referência a um célebre espectáculo da banda brasileira no Festival Sudoeste...
O pessoal cantava, empurrava, dançava e aplaudia...
Pessoal de Lisboa, Porto e Cascais marcou presença...
No final bem que se pedia mais e mais... mas tal não era possível, o set de temas estava completo e a festa agora era nos camarins...
Mas não só, volto ao palco para mais uma sessão com perto de uma hora de temas mais arrojados e agitados, adequado à hora e espírito do momento...
Eram quatro e pouco e muito pouca gente saiu depois dos Peste, seguiu-se mais uma série de temas que fez o pessoal dançar e curtir à brava, garanto-vos...
Mais uma vez senti a sensação de que parecia o concerto de uma banda... o pessoal voltado para o palco e a agitar-se que nem loucos...
Vários refrões foram cantados em plenos pulmões, “A Minha Sogra É Um Boi” foi dos mais gritados...
Censurados, Garotos Podres, The Adicts, Iggy Pop e até Peste & Sida foram dos mais saudados...
Tudo acabou em alta, perto das cinco, com as Tunas a subirem a palco, para fazerem a sua performance...
Era a hora da Latada..
Cheguei aos camarins e estava tudo em festa, contando pormenores da actuação, do público (que foi excelente), foram momentos de descontração (e descompressão da situação vivida).
De garrafa de whisky na mão, um elemento gritava bem alto “qual é o próximo que se lesiona, para a malta repetir?”, num tom evidentemente irónico...
O nome de San Payo e a preocupação de saber mais pormenores era mencionada inúmeras vezes...
Só mais tarde, soubemos que realmente foi operado e que correu tudo bem, está a recuperar tranquilamente.
Ficava da noite a sensação de ‘missão cumprida’ e o sentimento que indica claramente que o ambiente vivido entre o pessoal que envolve o espectáculo dos Peste & Sida (músicos, roadies, técnicos, agentes) dá motivo para alguém aprender a tocar os temas em duas horas e desenrascar de um modo competente ou até pegar num carro de repente e vir de Lisboa a Coimbra para ajudar...
Podia ter corrido mal, era uma possibilidade... mas não, muito pelo contrário, foi das melhores actuações que vi, surpreendeu-me mesmo, como já referi.
O ‘fantasma’ de ‘Coimbra 13’ pairou no ar, mas logo desapareceu...
Bem que eu tenho avisado o pessoal do Billy News que Peste & Sida é sinónimo de festa!!!
Não acreditavam?
Não se esqueçam que estão previstas mais datas dos Peste & Sida para breve...
10 novembro – Famalicão
25 novembro - Alenquer
Vão consultando a página do myspace da banda...
http://www.myspace.com/pestesida
Peste & Sida até ao fim...
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Os meus agradecimentos ao público presente, foi incrível ver toda aquela agitação...
Um abraço ao Paulo Lemos dos Resposta Simples...
http://www.myspace.com/respostasimples
à Marina Disparates e pessoal amigo, Voice Of Anger, ao pessoal do Porto e malta de Lisboa que apareceu e curtiu que nem loucos!!!
Festa é festa!!!
Sem dúvida!
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Já está toda a gente a desejar as melhoras ao João San Payo...
Podem deixar aqui alguma mensagem, se assim o desejarem...
Irei enviar os comentários para ele, daqui a uns dias...
De momento, encontra-se em repouso.
Sim senhor, foi grande noite e toda essa aventura não será tão facilmente esquecida! Foi bom rever-te grande Billy, sei que nos iremos re-encontrar novamente por esses concertos com muita música, cerveja e folia à mistura! As melhoras para o San Payo e que venham os próximos concertos para esta cidade de Coimbra!
foi grande concerto! já não os via à uns bons tempos. o último concerto que vi foi no le son.
gostei de todo o ambiente e agora resta-me dizer.... venham mais!!
Parabéns pela excelente actuação!
Foi realmente uma daquelas Sextas-feiras 13... que acabou da melhor maneira com os senhores Peste & Sida!
Só venho fazer uma pequena correcção: este concerto não se enquadrava nas festas da Latada, organizadas pela Associação Académica da Universidade de Coimbra, mas sim na Recepção ao Caloiro do Instituto Politécnico de Coimbra, o que não é propriamente a mesma coisa, em termos de cativação de público :)
Continuem por aí a arrasar os palcos nacionais!
Besugo (Fitacola)
PS: As melhoras para o San Payo!
não consegui ir e acredito que tenha sido um espetaculo mas desejo as melhoras ao sanpayo.JFR
Excelente e pormenorizada review!
Eheh.. pelo menos arranjaram maneira de contornar a situação imprevista.... uma verdadeira nuvem negra de 6ta feira 13...
De resto deve ter sido uma noite arrasadora em termos de Festa, Música e Convívio Etílico,lol
Um bem haja para os Peste, Billy e as sinceras e supersónicas melhoras ao Sam Payo (vê lá é se tiras um curso de Alpinismo...eheh..)!!!
HCI
as melhoooooooooras! peste sempre!
Mensagem do João San Payo:
"O pior já passou agora vem a seca da recuperação.
Abraços a todos!"
(via SMS)
"pessoal que envolve o espectáculo dos Peste & Sida músicos, roadies, técnicos, agentes" mega-banda super punk rock!!
São os maiores. João melhora depressa fazes falta à malta.
Força
as melhoras para o san payo e que continue sempre com a boa onda que tem em palco.
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