Está disponível nas melhores lojas de discos, mais especializadas em rock, um DVD dos Censurados.
Este artigo compila vários momentos da banda, que durou 4 anos (de 1989 a 1993) e editou 3 discos, "Censurados"(1990), "Confusão"(1991) e "Sopa"(1993).
O DVD contém telediscos, como "Tu ó bófia", "Animais", "É difícil" e "Coxa", bem como várias actuações da banda, entre as quais, no saudoso Johnny Guitar.
Outras actuações também surgem, como na Zona + em Lisboa, na Guarda e mais.
Contém ainda vários momentos da banda, em entrevistas pré e após concerto.
Para quem queira ter alguma coisa da banda, ou para quer conhecer melhor os Censurados é sem dúvida um artigo a adquirir...
Os Censurados foram importantíssimos no movimento punk português, especialmente pela actividade que tiveram em apenas 4 anos, pela quantidade de pessoas que arrastavam, pela quantidade imensa de concertos que deram pelo país todo e pela mensagem e atitude que transmitiam nas suas músicas.
Foram sem dúvida os porta-estandartes do punk português durante o tempo em que existiram, pelo que simbolizavam e pelo que representavam, não tenho dúvidas disso.
No momento em que deram o pontapé de saída, num concerto no Rock Rendez Vous, soube logo que iam "mexer" com o pessoal.
Foi a banda a que assisti a mais concertos (22 actuações, bem contadinhas...) e não fui o único a ver a banda com alguma regularidade.
Gerava-se uma autêntica concentração de pessoal para assitir a um concerto de João Ribas, Orlando Cohen, Samuel Palitos e Fred...
Quase como um ritual...
Fica a dica, para o pessoal que queira ver ou rever os bons momentos da banda, desta vez em formato DVD, assim como, o convite para adquirirem o CD "Censurados ao vivo em Coimbra" em maio de 1999, aquando de um concerto-reunião a pedido de várias famílias (Xutos & Pontapés incluídos), numa edição da loja Carbono.
Esse CD contém o excelente tema "Enquanto a noite cai" dos Xutos & Pontapés, numa versão que está espectacular...
Não percam a hipótese de ver e ouvir Censurados, especialmente quem não nunca ouviu ou conhece pouco...
Também podem visitar o site da banda em
http://censurado800.no.sapo.pt/
e descobrir mais coisas sobre esta mítica banda.
11 comentários:
Excelente notícia.. gostava era de saber quais as lojas onde posso adquirir o dvd, uma vez que não sou da capital. Carbono? Neon? Ou será que tem maior distribuiçao, concretamente para uma loja "normal" de discos, nao tao alternativa? Abraço
Segundo me indicaram, o artigo encontra-se à venda neste tipo de lojas mais especializadas, mas conta também com distribuição de mão-em-mão, o que pode acontecer estar disponível em lojas que à partida não estaria.
Mas é bem possível que esteja nestas lojas que mencionaste.
É questão de enviares um mail a perguntar se têm este DVD.
carbono.disc@netcabo.pt
neonrecords@hotmail.com
1 abraço!
Retirado do site da banda:
Os Censurados, banda já extinta, merecem ficar para a história da música rock independente portuguesa como um emblema de uma época.
Como qualquer banda punk que se preze,seja da Califórnia ou de Alvalade, os Censurados foram sempre um perfeito exemplo de "do it yourself".
Nunca dependeram da MTV, nem das capas de jornais ou das playlists da rádio.
Por isso, acabaram quando lhes faltou a independência.
E também por isso ficaram como pioneiros ao colocar num disco, lançado em 1990, influências até aí circunscritas ao underground do nosso país: beberam a herança dos Xutos, e a rebeldia dos Crise Total/Kú de Judas e todos os cultos e angústias de uma geração.
E na altura em que os Censurados acabavam em Portugal, o punk renascia a nível internacional.
Estranha coincidencia?
Os Censurados foram criados em 1988, pelo antigo vocalista dos Kú de Judas, João Ribas, que a seu cargo tem a Voz e a Guitarra, a ele se juntou o Guitarrista Orlando Cohen, o ex membro dos Peste & Sida, o Baterista Samuel Palitos e ainda o Baixista Fred Valsassina.
Conseguiram, em 1990, o lançamento do primeiro álbum que dava pelo nome de "Censurados" e que tirou os Censurados do anonimato, muito em parte graças ao single com o nome do álbum.
1991, o bom trabalho continua com mais um álbum "Confusão" , que
conta com grandes musicas tais como o "Kaga na Cultura", "Coxa" e "Americano Gordo", que demonstram na perfeição as varias vertentes dos Censurados.
Em 1993, e após vários anos de estrada, vem o álbum "Sopa" que conta com o single homônimo, e com uma participação de Jorge Palma, no tema "Estou Agarrado a Ti" ao qual emprestou Voz e Letra.
Em 1994, o Fim dos Censurados, que acabam em grande com a participação no disco "Filhos da Madrugada",Tributo a Zeca Afonso,
para o qual reeditaram uma das musicas mais famosas deste cantor de intervenção o "Que Faz Falta", este Álbum vendeu mais de setenta mil unidades e contou com várias bandas como Xutos & Pontapés, GNR,
Delfins e Madredeus entre muitas outras, em junho é dado um concerto no Estádio de Alvalade, inserido no programa de Lisboa 1994 Capital Européia da Cultura, que tinha como objectivo a promoção do álbum "Filhos da Madrugada".
Este Concerto conseguiu ser o maior concerto de sempre dado em Portugal por Bandas Portuguesas utilizando um grande palco com 120 m de frente e meios de som nunca antes vistos em Portugal.
Neste concerto os Censurados tocaram "O Que faz Falta", mais dois grandes êxitos da sua carreira à semelhança de outras bandas que participaram neste grandioso evento.
1998, há uma reedição dos álbuns "Censurados" e "Sopa", pela editora de Tim, "El Tatu", já a prever o regresso no seguinte ano.
1999, ano de reaparição dos Censurados, para alegria dos fãs reaparecem na colectânea de tributo aos Xutos & Pontapés,
designada por "20 anos 20 Bandas", para a qual gravaram "Enquanto a Noite Caí", e, ao contrario do que tinha sido anunciado por João Ribas,a reaparição dos Censurados não ficou limitada a uma musica, pois resolveram partir com os Xutos & Pontapés na tourneé de promoção de "20 anos 20 bandas", o ponto alto desta tourneé foi no Festival Sudoeste onde os Censurados tiveram um grande aceitação por parte do público.
Para grande infelicidade dos fãs, este ressurgimento dos Censurados ficou por aqui.
O Que é feito dos Membros dos Censurados?
Os membros dos Censurados não ficaram parados.
João Ribas, em 1997, funda os Tara Perdida uma banda que tem bastante sucesso dentro da cena Punk Portuguesa, conta com dois álbuns editados e um terceiro em vista; esta banda teve um dos seus pontos altos em Faro, com a actuação ao lado da cotada banda Americana NOFX.
Samuel Palitos ingressou em bandas como os LX90 e nos Sitiados, ao lado de João Aguardela, e atualmente é o baterista da banda do seu grande amigo To Trips,os Lulu Blind.
Fred Valsassina está à frente do clube de fãs dos Xutos e Pontapés e participou recentemente nas gravações do primeiro disco de Tim a solo "Olhos Meus", no qual participou na bateria Samuel Palitos.
Orlando Cohen criou, em 1997, a banda Porta Voz que tem um som menos punk que os Censurados, mas continua na mesma onda.
by João Pedro Batista (ThE_ToYz)
Tenho mesmo que arranjar este dêbêdê de Censurados...
Tomem lá Punkarras de Londres (pode ser que encontrem emigras conhecidos..): http://www.fotolog.net/punkinlondon
Hasta luego!
censurados até morrer
Era mesmo porreiro arranjar este DVD, mas já me disseram que só está disponivel pela banda..
pois, na carbono tb me disseram o mesmo. quem tem o contacto para solicitar o DVD? Eu quero um!
Olha, a Neon acho que tem o dvd, bem assim como a t-shirt nova. Se nao fores de Lx, neonrecords@hotmail.com
Abraço
ATENÇÃO:
indicaram-me que o DVD foi um sucesso completo e que esgotou completamente.
Quem conseguiu arranjar, ficou com uma peça limitada.
Poderá haver por aí algumas cópias de mão-em-mão, mas já não há mais DVD's disponíveis!
O sucesso repete-se... uns bons anos depois...
E isso quer dizer alguma coisa, creio eu...
Grande banda, é verdade. E grandes canções, curtas, rápidas e directas. In your face, como dizem os camones.
Os 2 primeiros albuns são peças históricas do rock made in Portugal e mereçem lugar em qualquer discografia rockeira privada.
Se tinham pernas para ir mais longe, já não sei, para a história ficam as abrasivas actuações sem pinga de contemporização fosse com o que fosse. O Billy resume bem a meteórica e incomprometida carreira quando diz "Nunca dependeram da MTV, nem das capas de jornais ou das playlists da rádio. Por isso, acabaram quando lhes faltou a independência."
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