Calendário

terça-feira, julho 05, 2005

Novo jornal no mercado...

Há um novo lançamento no mercado, um novo jornal semanal dedicado ao público masculino, com o mesmo nome de um semanário de música português...

8 comentários:

Billy disse...

Esta notícia tem obviamente uma grande carga irónica...

Trata-se da capa do Blitz desta semana, que apresenta em grande plano uma moçoila jeitosa (aliás, de resto só aparece umas letras mínimas referentes a outros assuntos).

Ninguém duvida que essa moçoila é jeitosa, mas trata-se de um jornal semanal de música e não de um vulgar jornal de notícias vulgares!

A vulgaridade do "metemos uma gaja na capa e sobem logo as vendas" aplica-se a outro tipo de informação, não de carácter musical, especialmente quanndo não há muitos mais para disponibilizar informação deste teor.

Acho eu...

Não fica alheio o facto de o novo director interino deste jornal querer duplicar as vendas actuais...

Há espaço para tudo, mas sinceramente, uma capa destas ficava melhor noutra edição.

Tenho dito!

Billy disse...

Quem ainda não viu a capa, sempre pode aceder ao site do jornal

http://www.blitz.pt/index2.html

Billy disse...

Não se deixem enganar pelo que referi, há espaço para raparigas e rock'n'roll, mas não me parece o caso, nem se faz referência a nenhuma banda do género...

O pessoal mais "sério" do Blitz, jornalistas/críticos e colaboradores, não deve ter achado muita piada a esta capa...

Digo eu...

Billy disse...

Para quem já não tem paciência para ver o Blitz, nesta edição (nº 1079) a capa refere-se ao evento realizado no passado fim-de-semana, o Salão Erótico.

É um evento positivo em minha opinião, mas não motivo de capa num jornal de música.

O jornal salva-se esta semana por conter uma entrevista aos Turbonegro, umas reviews a concertos e pouco mais...

Anónimo disse...

o tal senhor vai longe.

Anónimo disse...

Este jornal nunca mais foi o mesmo e agora ainda pior.

Anónimo disse...

desnecessario

Billy disse...

Publicado no blog Juramento Sem Bandeira:



A capa

Longe vai o tempo em que era frequente verem-se miúdos e crescidos transportarem consigo o Blitz nas manhãs de terça-feira, a caminho da escola ou do trabalho.

Percebia-se logo: aquele sujeito gosta minimamente de música.

Por razões diversas, sendo que provavelmente o advento da internet é a principal delas, o "Diário da República", como então chamávamos àquela companhia obrigatória de todas as terças-feiras, foi perdendo o seu carisma. A marca, por assim dizer, foi perdendo prestígio.

Um período relativamente recente, marcado pela re-orientação do público-alvo, na tentativa de chegar às faixas etárias mais baixas e aos fãs da moda passageira do nu-metal, em vez de alargar, contribuiu ainda mais para o naufrágio da marca.

De repente, já era quase como que uma vergonha trazer o Blitz debaixo do braço todas as manhãs de terça-feira.

Independentemente, claro, do valor incontornável do trabalho da maior parte dos redactores e fotógrafos da casa, que teimavam em contrariar a tendência da melhor forma que podiam. Tarefa ingrata.

O Blitz é cada vez menos consumido, cada vez tem menor capacidade para influenciar o meio onde se insere, ao contrário do que vieram a conseguir, por exemplo, os destacáveis do Público ou do DN.

Cheguei a imaginar que a nova estratégia desta nova direcção pudesse passar pelo caminho seguido pela direcção cessante, ou seja, o de devolver valor à marca Blitz.

Se ainda for esse o objectivo, este primeiro passo é um tiro no pé.

Com o beto Gant a olhar para as mamas da stripper loira, uma capa imposta pela direcção a uma redacção que a vetou, menos Blitzes ainda andarão, provavelmente, a passear debaixo do braço.

Menos Blitzes ainda aparecerão expostos nos locais habituais. Onde o comprei hoje, num grande quiosque da Alexandre Herculano, do Blitz só se via o logotipo, escondido que estava o jornal por entre outras publicações de menor interesse.

Perante a dificuldade na busca do livro do Quarteto Fantástico, que esta semana acompanha o jornal, a senhora do quiosque dizia-me:

"É o meu marido... disse-me que o Blitz não presta e que, portanto, tem que ir lá para o fundo. Ele não tem a sensibilidade que uma mulher tem, não é? Ele pode não gostar, mas tem que perceber que há pessoas que gostam..."


publicado por Vítor Junqueira às 8:52 AM 18 comentários