Discretamente, a revista Blitz chegou às papelarias, livrarias e quiosques do país...
As diferenças são evidentes logo ao primeiro olhar, tem o formato de revista (normal), com 124 páginas, o que à partida leva-nos a pensar o porquê de manter o mesmo nome...
A imagem, paginação e conteúdo geral até atrai minimamente, pelo menos à partida.
O pior começa na capa, com a referência ao preço de lançamento (é mais um relançamento, mas ok) de 1 euro, mas de preço habitual de 2.50 euros.
A periocidade mensal pode ser que ajude a ‘diluir’ essa história do preço, mas não estou a ver todo o mesmo pessoal a comprar este formato, embora no conjunto das 4 semanas em formato de jornal somásse 4 euros por mês, mas são definitivamente assuntos diferentes.
Mas isso, só o tempo o dirá sobre a manutenção dos mesmos ou de novos adeptos desta famosa famosa edição musical...
O conteúdo... bem, esse é bastante diverso, apresenta tópicos e reportagens abrangentes, ou seja, querem cativar gente muito nova e aquele pessoal trintão e quarentão...
(podes ver o resto da minha opinião, clicando em "Comments" já abaixo)
2 comentários:
Blitz – nova edição em revista já disponível
Discretamente, a revista Blitz chegou às papelarias, livrarias e quiosques do país...
As diferenças são evidentes logo ao primeiro olhar, tem o formato de revista (normal), com 124 páginas, o que à partida leva-nos a pensar no porquê de manter o mesmo nome...
A imagem, paginação e conteúdo geral até atrai minimamente, pelo menos à partida.
O pior começa na capa, com a referência ao preço de lançamento (é mais um relançamento, mas ok) de 1 euro, mas de preço habitual de... 2.50 euros!!!!
A periocidade mensal pode ser que ajude a ‘diluir’ essa história do preço, mas não estou a ver todo o mesmo pessoal a comprar este formato, embora no conjunto das 4 semanas em formato de jornal somásse 4 euros por mês, mas são definitivamente situações diferentes.
Mas isso, só o tempo o dirá sobre a manutenção dos mesmos ou de novos adeptos desta famosa famosa edição musical em Portugal...
O conteúdo... bem, esse é bastante diverso, apresenta tópicos e reportagens mais abrangentes, ou seja, querem cativar gente muito nova e aquele pessoal trintão e quarentão, misturando notícias para uns e para outros num "toma lá esta para ti e toma lá outra para ele...
A capa traz-nos Mick Jagger com os seus Rolling Stones, depois segue com reviews, entrevistas e uma série de curiosidades, como frases dos famosos, perguntas ligadas à música feitas a um Gato Fedorento, referências a downloads, uma secção intitulada “Retrovisor” com momentos (fotos e textos) sobre o Vilar de Mouros de 1971, a notícia dos Xutos assinarem por uma multinacional (em julho de 1986).
Outro momento curioso é o da notícia também datada de 1986 em que indicam que o disco compacto (CD) estão prontos a enfrentar o apetite dos consumidores habilitados a escutá-los..” e as curiosidades seguem sobre esse ano, com já duas décadas...
Seguem mais uma entrevistas a bandas da actualidade (vá lá, os portugueses continuam contemplados), voltam os Rolling Stones, um especial dedicado ao reggae, surgem várias figuras da música a falarem de futebol (Lemmy dos Motörhead responde se vai acompanhar o Campeonato do Mundo de Futebol, ao que responde “porque carga de água?”, enquanto Adolfo Luxúria Canibal diz em resposta à pergunta de em que jogador deposita mais confiança “tudo menos o Ricardo na baliza”).
Surge ainda um especial dedicado a Rita Von Teese (a mulher de Marilyn Manson), acerca do seu recente livro “Burlesque and the art of Teese” e com referência às Suicide Girls, onde o casal é o favorito deste ‘exército’ mundial.
Segue a secção de críticas a discos, obviamente alargada, mas creio que mais generalista.
O mesmo para DVD’s, livros, videojogos e mais uma série de artigos ‘modernos’...
Pobre mesmo é a Agenda, uma pálida imagem do Cardápio semanal que tanta informação tinha (estava cada vez maior no jornal... afinal, não é essa uma das principais razões para que lemos um jornal de música?).
E pronto, termina de cara lavada, mas nem por isso com o conteúdo semelhante ao formato edição anterior.
Comparava mais a algumas edições inglesas do que a qualquer revista portuguesa...
Mas aconselho a comprarem-na, quanto mais não seja para comparar esta primeira edição, que é a última a... 1 euro!!!
Assim, tiram as vossas conclusões e quem sabe, comentam aqui neste espaço a vossa opinião.
“Nunca se ouviu uma revista assim”... ok, vão ter que arranjar outra maneira de me ‘darem a volta’...
entrevista a Miguel Francisco Cadete, director da revista BLITZ:
Queremos transformar o 'Blitz' numa marca"
Sónia Correia dos Santos Rodrigo Cabrita
Substituiu Vítor Rainho na direcção do jornal Blitz a 8 de Fevereiro de 2006
Colaborou no jornal Público
Desde Agosto de 2005 coordenou a secção de música no suplemento Actual do semanário Expresso Quais foram os passos dados para a criação da revista Blitz?
A revista Blitz partiu de um projecto que existia há quase 22 anos, o jornal Blitz, que foi reformulado durante quatro meses. Constatámos que era inviável a existência de um jornal semanal de música em Portugal. Estávamos a fazer uma espécie de "ave rara". Cá não há revistas de música generalista, existem apenas algumas dedicadas a nichos de mercado. Por isso, havia a oportunidade de fazer uma revista como existe, e com viabilidade, noutros territórios.
Nas páginas da Blitz o que é que vamos encontrar?
Um guia indispensável para quem gosta de música e tudo à volta. Um melómano que só ouve música é pobre. Há todo um universo pop que gira em torno da música e que enforma o nosso objecto de trabalho.
Torná-la mais pop é o piscar de olho a mais leitores?
É, senão não podemos existir. Claro que precisamos de mais leitores do que aqueles que existiam.
Os 40 mil exemplares mensais não são um pouco ambiciosos?
É um número realista para os nossos objectivos.
A redacção teve que emagrecer. Não ficará reflectido no produto final?
Este projecto é diverso do jornal e exige uma redacção menor. É preciso menos acompanhamento da "espuma dos dias".
A produção de conteúdos irá contar com colaborações externas...
Tal como existe em todas as publicações de música e de artes, socorremo-nos de colaboradores.
...e internacionais?
Em Portugal a indústria discográfica é um território periférico. É pouco provável que tenhamos entrevistas com o Bono ou com a Madonna. E então porque não recorrer a pessoas que prestam esse serviço? Estabelecemos para isso um contrato com a Planet Syndication, que nos providenciará artigos.
Dois meses depois de ter assumido a direcção do Blitz foi conhecida o seu fim e a sua consequente transformação numa revista. Quando "tomou posse" sabia da intenção?
Uma semana depois de ter tomado posse foi constatado que o jornal era inviável. A ideia da revista não era uma coisa nova. Para além disso, constatou-se que era preciso desenvolver um site como deve ser e termos presença noutro tipo de plataformas, como a televisão, a rádio ou a produção de eventos. A nossa ideia é transformar o Blitz numa marca.
O site procura a interactividade ?
Na revista estamos sujeitos à sua periodicidade, no site, não. É como uma ponte aberta para os nossos leitores. Não queremos ser uma capelinha fechada e autista. Vamos ser um media participado.
Quando assumiu o Blitz, falou em recuperar os prémios...
É uma possibilidade forte.
Os D'ZRT alguma vez serão capa?
Não creio, sem querer moralizar. Dirigimo-nos a pessoas que gostem de música e não só. Sabemos que uma publicação exige um esforço: as pessoas têm que ler sobre música. O que delimita logo o mercado. Quem nos comprar tem que ter apreço pela música e pela leitura, o que em Portugal é complicado. Miguel Cadete
Director da revista 'Blitz'
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