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sexta-feira, janeiro 26, 2007

Corvos: Nuno Flores recupera lentamente

Há notícias que por vezes 'paramos' para ler outra vez... para ver se é verdade, mesmo!

Nuno Flores, viola d'arco d' Os Corvos, internado no Hospital de S. José, em Lisboa, em consequência de um atropelamento, está a recuperar lentamente.

O músico do quarteto foi atropelado no acesso do IC32 à Ponte Vasco da Gama, no sentido Montijo-Lisboa, enquanto se preparava para mudar um pneu do carro em que seguia.

O artista, antigo violonista dos Quinta do Bill, foi projectado e o condutor da outra viatura pôs-se em fuga.

De acordo com o Correio da Manhã, Nuno Flores sofreu várias fracturas no braço, perna e costelas e perfuração de um pulmão.

O condutor em fuga foi, entretanto, identificado. Trata-se de um agente da PSP, das Brigadas de Investigação Criminal, que conduzia um Audi A6 sem seguro ou inspecção.

O mesmo jornal adiantou, na sua edição de ontem, que o Director Nacional da PSP, Orlando Romano, garantiu que o processo vai ser tratado disciplinar e judicialmente.

2 comentários:

Billy disse...

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O homem que atropelou Nuno Flores, do grupo musical Corvos, e fugiu do local do acidente, no Montijo, é agente da PSP de Lisboa e entregou-se ontem à BT de Setúbal – após uma semana de contactos entre o seu advogado e as autoridades. Segundo apurou o CM, o polícia, de cerca de 30 anos, levava na altura do acidente duas raparigas no carro – fundamentais para o convencer a entregar-se.

Na noite do último domingo, Nuno Flores saiu de Lisboa com destino a Alcochete.

Um furo no carro onde seguia com o amigo Vítor Pinto levou-o a parar na berma, no acesso do IC32 à Ponte Vasco da Gama, para trocar o pneu.

“Ele estava bem parado.

Saí do carro e só ouvi dois barulhos: o das bandas sonoras e o estrondo do embate no corpo do Nuno. Vi-o ser projectado”, disse o amigo ao CM.

O autor do brutal atropelamento, segundo testemunhas, ultrapassou uma viatura pela direita e, no decurso dessa manobra ilegal, colheu Nuno Flores.

Levava duas raparigas no carro: um Audi A6 cinzento.

Ao que o CM apurou, só depois de passar a Ponte Vasco da Gama e já no posto de abastecimento da Segunda Circular, é que as duas raparigas conseguiram convencê-lo a regressar ao local do acidente.

O condutor acedeu e deixou as raparigas na ‘bomba’, prometendo que ia voltar ao Montijo. Só que não voltou – nem ao Montijo, nem ao local onde deixara as amigas.

Conscientes de que ele tinha atropelado alguém, as duas foram à PSP de Sintra. Aqui não conseguiram fazer a queixa e foram à GNR da mesma vila onde efectivaram a denúncia: disseram que seguiam no carro com um polícia que atropelara um homem e fugira.

Os dados do condutor foram imediatamente fornecidos à BT de Setúbal, responsável pela investigação.

A descrição da viatura correspondia às das imagens captadas pelo sistema de videovigilância da Brisa.

Durante a semana, o advogado do polícia entrou em contacto com a BT e disse que o cliente queria entregar-se. Fonte policial confirmou que o suspeito chegou ontem à tarde às instalações da BT de Coina. Confessou que tinha atropelado Nuno Flores e que não tinha prestado auxílio.

Como não foi apanhado em flagrante, o polícia foi apenas identificado e constituído arguido.

Saiu em liberdade.

O caso segue agora para o Ministério Público, mas a BT garante que a investigação não se fica por aqui.

O CM soube que o carro do arguido ficou danificado e que ele terá tentado arranjá-lo para apagar os vestígios do acidente.

Após o atropelamento, as duas raparigas tentaram contactá-lo, mas ele não atendeu o telefone.

Ligou mais tarde a avisar que o advogado estava a tratar do assunto.

Ao CM, o advogado do polícia apenas confirmou que o arguido se entregou. Fonte oficial da PSP de Lisboa confirmou que o homem é agente naquele comando e adiantou a realização de um “processo disciplinar”.

QUIS ARRANJAR O CARRO

Durante a semana o advogado do polícia agora arguido esteve sempre em contacto com os investigadores da Brigada de Trânsito da GNR de Setúbal. A fonte contactada pelo CM escusou adiantar se foi estabelecido algum prazo para o arguido se entregar, mas adiantou que ele estava devidamente identificado e localizado e que se não se entregasse seria interceptado em casa. O advogado do polícia, com escritório em Odivelas, entrou em contacto com os amigos de Nuno Flores para perceber a gravidade do seu estado de saúde e garantiu que o condutor se iria entregar.

O CM soube junto de uma fonte policial que esta não seria a vontade inicial do agora arguido – que além de ter escapado, manteve-se incontactável nos dias seguintes ao atropelamento. Mais. O polícia terá tentado arranjar o vidro do seu carro Audi A6 para se libertar das provas. Foi naquela janela que embateu o corpo de Nuno Flores – um violinista formado no Conservatório e com um curso em Ciências Musicais, na Universidade Nova de Lisboa.

NUNO CONTINUA INTERNADO

Depois de duas operações a um braço e a uma perna, o estado do músico Nuno Flores é estável mas ainda inspira cuidados. Segundo o empresário Nuno Silva, o músico continua com ventilação e deverá ser operado a um pulmão, afectado pelo embate. O amigo Vítor Pinto, que veio passar umas férias a Portugal e assistiu ao acidente, diz que ele já abriu os olhos e viu a mãe e o pai, mas que os médicos aconselham descanso absoluto.

Nuno Flores está internado no Hospital de São José. No dia do acidente foi levado para o Montijo e depois para o Barreiro. Os amigos estão revoltados porque os bombeiros demoraram 25 minutos a chegar e, apesar de terem alertado logo para a gravidade da situação, não traziam uma equipa médica com eles. “Valeu-me as aulas de primeiros-socorros que frequentei”, disse o amigo Vítor.

PODE SER PRESO

O polícia autor do atropelamento poderá ser acusado do crime de omissão de auxílio à vítima do acidente que provocou e poderá ser condenado a uma pena de dois anos de prisão ou multa até 240 dias.

SEM CARTA

A juntar à acusação por não prestação de auxílio à vítima de acidente, irá responder por condução perigosa (ultrapassagem pela direita) – também punível até dois anos de cadeia ou multa até 240 dias. O arguido poderá ficar inibido de conduzir durante um período de três meses a três anos.

ESTÁ EM LIBERDADE

Como o condutor em fuga não foi apanhado em flagrante, não pôde ser detido. O suspeito é apenas identificado e constituído arguido até notificação do Ministério Público. Como é agente da PSP, será alvo de processo disciplinar.


Fonte: http://www.correiodamanha.pt/noticia.asp?i...8323&idCanal=10

Anónimo disse...

...nesta republica onde quem "manda" dá o exemplo...