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sexta-feira, maio 20, 2011

Peste & Sida "Não Há Crise" - review

Este é o disco que toda a gente quer ouvir!

O novíssimo álbum dos Peste & Sida foi lançado há dias, depois de "Cai No Real" de 2007, ou seja, os fãs já estavam bastante ansiosos por novidades...

"Não Há Crise" traz mesmo bastantes surpresas a nível da sonoridade. A começar pelo regresso de João San Payo à vocalização da totalidade dos temas.

Mas não se trata de um ´novo Tóxico`, desenganem-se os que assim pensam.

Para além das novidades, leva-nos numa ´viagem` ao universo Peste & Sida que atravessa alguns dos álbuns antigos da banda.


O disco abre com uma excelente guitarrada e uma linha de baixo fortíssima, o tema «A História É Velha» arranca muito bem... a letra é corrosiva e facilmente identificativa do som típico da banda, com grande balanço.

Mas o ex libris ainda mais identificativo é sem dúvida a segunda faixa, «Já Foste» (tema escolhido com primeiro single deste disco). Isto é Peste em estado puro, remete-nos facilmente para o final da década de 1980 e podia perfeitamente encaixar no álbum "Portem-se Bem".

«Estrela Da Tevê» é a primeira novidade, a nível sonoro varia bastante com um ritmo saltitante (a cheirar a ska), coros e até uma voz megafónica pelo meio.

Estranha-se «(Tu És) Só Mais Um», algo diferente do habitual mas com uma letra bastante interessante (ouve-se em voz gritada «Mudar peças, o teu cérebro vai explodir, sai da linha, o pior está para vir...»).

«Chegou A Tua Hora» repete "Bom Português" (de "Eles Andam Aí" numa ´experiência` de sonoridades mexicanas), aqui com uma sonoridade country.

«Esquizóide Paranóide» faz lembrar o tema «Caso Crónico» (novamente de "Eles Andam Aí»), com uma letra bem engraçada... excelente a introdução de San Payo («Dedicado a todos os que apesar de trabalharem das nove às cinco continuam a ouvir Peste & Sidaaaa...»).

«Paga O Dízimo» cheira a "Tóxico" (agora sim), com uma sonoridade complexa e texto algo longo (que ´enche` todo o tema).

Há nova ´experiência` em «Batida Nova», com um ritmo algures entre o funk e o rock.

Em «Espalha Brasas» regressa o som típico à Peste, ritmo acelerado, guitarradas, o ´prato` todo. O tema pode muito bem ser dedicado a alguém («Espalha Brasas, és um grande aldrabão, por onde passas, semeias confusão»... é perguntar-lhes).

Para o final fica «Sem Rede», sonoramente é um tema mediano e algo disperso, mas contém uma letra cativante («Vem reforçar as filas da rebelião, mobilizadas a cliques de botão...»).

São dez temas em quase 33 minutos que trazem definitivamente uma sonoridade fresca dos Peste, agora em trio (ao vivo com apoio de Ricardo Barriga).

É certo que há algumas faixas que fazem torcer o nariz dos fãs mais acérrimos (a pedir segunda e terceira audição), mas o disco contém momentos característicos mantendo bem alto o ´porta-estandarte dos Peste & Sida`, que vão cativar meio mundo e meter toda a gente a cantar os refrões bem alto!

A banda anda a divulgar o álbum pelos quatro cantos do país, é apanhá-los para nos juntarmos à festa...

Já se sabe, com os Peste não há problema... nem qualquer tipo de crise.

CD Raging Planet (2011)

4 comentários:

Billy disse...

***


Este é o disco que toda a gente quer ouvir!

O novíssimo álbum dos Peste & Sida foi lançado há dias, depois de "Cai No Real" de 2007, ou seja, os fãs já estavam bastante ansiosos por novidades...

"Não Há Crise" traz mesmo bastantes surpresas a nível da sonoridade. A começar pelo regresso de João San Payo à vocalização da totalidade dos temas.




***

Anónimo disse...

Ainda não tenho mas o single é fixe.

Sheena disse...

Parabéns ao Billy pela excelente review deste refrescante, multifacetado e interpelador trabalho dos Peste.Para ouvir várias vezes, bem alto e com abertura de espírito.

Anónimo disse...

mt bom ja foste.