O Diário Digital publicou uma crítica aos concertos realizados na Deconstruction Tour em Lisboa, realizada ontem, dia 15 de maio, no Pavilhão do Restelo.
Bill Stevenson (Descendents, Black Flag, All, Only Crime) haveria de passar revista na banca que vende merchandising das bandas. A figura mítica no seio da família punk passeava o seu poderoso porte atlético.
Ao seu lado encontravam-se pessoas com menos de metade da idade do baterista de referência.
A tarde/noite veio a comprovar que a hora de Stevenson já era, restando na contenda um enorme e sentido respeito para com o seu passado e um digno presente.
A banda liderada por Russ Rankin (Good Riddance), os Only Crime, subiu a palco depois das bandas portuguesas actuarem.
Os Devil in Me e os Aside encarregaram-se de apresentar algum do trabalho desenvolvido na área do punk rock em Portugal.
Os Only Crime acabariam por separar as águas.
A sua colocação a meio do alinhamento de bandas credibilizou os restantes momentos musicais.
É certo afirmar que a actuação da banda de Rankin e Stevenson não foi excepcional, terá sido antes um apresentar de algumas fórmulas que fizeram escola.
Os Strike Anywhere poderão recolher algumas informações desse mesmo legado.
Momentos furiosos, muita devoção e entrega de uma centena de seguidores da banda, e algum cansaço à mistura, que este foi o último espectáculo da digressão europeia deste festival itinerante.
Com o declínio do dia e o aumento do aglomerado de público em frente ao palco, os BoySetsFire vieram esclarecer o porquê de tanta admiração de uma nova vaga que tem derrotado muitos anti-corpos e impondo-se como um estilo vivo. O emo mesclado com partículas de punk tradicional, rock de biblioteca e metal leve, criam na identidade dos BoySetsFire um aprazível número musical.
Alguém reclamava para os Strung Out o título de melhor banda punk-rock da actualidade.
Não fossem as linhas demasiado curtas para a dissecação do termo e a tarefa seria cumprida escrupulosamente até encontrar consensos, se é que são necessários os ditos. Pois.
Mas foi por esta hora que o mesmíssimo Stevenson dava passos lentos na zona do merchandising numa descontracção de quem tinha uma banda no palco que pouco ou nada chamava a atenção em particular.
O baterista acabaria a tocar só numa tarola dado que os elementos das outras bandas foram retirando peças da bateria, num momento único e inspirado.
A repetir sucessivas actuações memoráveis desde que os escriba da prosa teve oportunidade de os ver pela primeira vez (Deconstruction Tour 2002 – Praça Sony), os Mad Caddies continuam a ser a melhor banda imaginária para um fim de tarde/princípio de noite.
Condimentos necessários e exigíveis: descontracção, vontade de pular por pular, apreciar rendição geral, e ter uma relação suficiente com o fenómeno praia.
O resto é ska misturado com punk rock (terceira vaga de ska, não tanto Sublime), boa disposição em palco e refrões para se cantar até de costas para o palco.
2 comentários:
Segue a crítica:
Deconstruction Tour em Lisboa
Matinée acelerada
Pedro Trigueiro
Bill Stevenson (Descendents, Black Flag, All, Only Crime) haveria de passar revista na banca que vende merchandising das bandas. A figura mítica no seio da família punk passeava o seu poderoso porte atlético.
Ao seu lado encontravam-se pessoas com menos de metade da idade do baterista de referência.
A tarde/noite veio a comprovar que a hora de Stevenson já era, restando na contenda um enorme e sentido respeito para com o seu passado e um digno presente.
A banda liderada por Russ Rankin (Good Riddance), os Only Crime, subiu a palco depois das bandas portuguesas actuarem.
Os Devil in Me e os Aside encarregaram-se de apresentar algum do trabalho desenvolvido na área do punk rock em Portugal.
Os Only Crime acabariam por separar as águas.
A sua colocação a meio do alinhamento de bandas credibilizou os restantes momentos musicais.
É certo afirmar que a actuação da banda de Rankin e Stevenson não foi excepcional, terá sido antes um apresentar de algumas fórmulas que fizeram escola.
Os Strike Anywhere poderão recolher algumas informações desse mesmo legado.
Momentos furiosos, muita devoção e entrega de uma centena de seguidores da banda, e algum cansaço à mistura, que este foi o último espectáculo da digressão europeia deste festival itinerante.
Com o declínio do dia e o aumento do aglomerado de público em frente ao palco, os BoySetsFire vieram esclarecer o porquê de tanta admiração de uma nova vaga que tem derrotado muitos anti-corpos e impondo-se como um estilo vivo. O emo mesclado com partículas de punk tradicional, rock de biblioteca e metal leve, criam na identidade dos BoySetsFire um aprazível número musical.
Alguém reclamava para os Strung Out o título de melhor banda punk-rock da actualidade.
Não fossem as linhas demasiado curtas para a dissecação do termo e a tarefa seria cumprida escrupulosamente até encontrar consensos, se é que são necessários os ditos. Pois.
Mas foi por esta hora que o mesmíssimo Stevenson dava passos lentos na zona do merchandising numa descontracção de quem tinha uma banda no palco que pouco ou nada chamava a atenção em particular.
O baterista acabaria a tocar só numa tarola dado que os elementos das outras bandas foram retirando peças da bateria, num momento único e inspirado.
A repetir sucessivas actuações memoráveis desde que os escriba da prosa teve oportunidade de os ver pela primeira vez (Deconstruction Tour 2002 – Praça Sony), os Mad Caddies continuam a ser a melhor banda imaginária para um fim de tarde/princípio de noite.
Condimentos necessários e exigíveis: descontracção, vontade de pular por pular, apreciar rendição geral, e ter uma relação suficiente com o fenómeno praia.
O resto é ska misturado com punk rock (terceira vaga de ska, não tanto Sublime), boa disposição em palco e refrões para se cantar até de costas para o palco.
16-05-2005
grande review também na zona punk em http://www.punkpt.com/review168.html
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