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segunda-feira, março 10, 2008

Peste & Sida no Lótus – fotos e review

Viveu-se um grande momento na passada noite de 7 de março no Lótus bar, sala em Cascais...

Esta era uma noite que se adivinhava de grande comemoração, com os Peste & Sida a congregarem imensa gente de todas as idades, resultando numa a sala praticamente esgotada (junto à porta ainda se respirava qualquer coisa).


Pouco depois das 22h30 já se fazia ouvir som debitado pelas colunas do Lótus, com Joe Strummer e os seus Mescaleros a dar o mote da noite...

Inicialmente a sala não estava muito cheia, há sempre a habitual sensação que o concerto só ‘começa mais tarde’, portanto a noite iniciava-se sem pressas...

Descontraidamente, ia passando alguns temas em mais uma ‘Billy session’ em jeito de aquecimento para o que vinha mais tarde...

Se o pessoal parecia minimamente satisfeito com o que ouvia, foi com o começo do momento dedicado à música portuguesa (em jeito de preparação para a actuação dos Peste) que a malta começou a agitar-se...

Passava da meia-noite, a sala estava cheia com gente das idades mais variadas, tão abrangente que ia desde os 14/15 anos até pessoal a cair na ‘casa’ dos 60’s...

E a banda já se preparava para actuar.

O público ficava impaciente, mas minutos depois ouvem-se as sirenes (tipo de ‘bombardeio’) como que um aviso do início da prestação da banda...

Os Peste & Sida arrancam com “Repressão Policial” que instantaneamente faz desperta as primeiras reacções... os coros bem alto e os braços no ar tomam conta do Lótus.

Logo de seguida a banda avança pelo último trabalho «Cai No Real» com “Entregues Aos Bichos” e “Pensar Muito Faz Mal”...


Algumas pessoas ainda não estão familiarizadas com este disco, pelo que se mantinham atentamente perto do palco, ao 'desfile' dos recentes temas.


Logo de seguida vem o saudoso “Orgia Paroquial” (um tema original dos Vómito) que mete o pessoal todo a mexer...

“Revolução” é sem dúvida o tema mais consensual de toda a malta presente, pois agrada de uma forma geral com a sonoridade dos Clash bem patente nesta excelente cover, adaptada para um texto em português...

Depois o ambiente de festa não abranda com a ‘grande’ “Carraspana”, o festivo “Bule Bule”, o famigerado “Sol Da Caparica” para num instante voltar ao recente disco com “Cidade Veneno” e os grandes temas “Bebe Vinho” e “Cai No Real” (que literalmente metem o pessoal aos empurrões e originam os primeiros corajosos a passearem-se pelo ar elevados em braços).

A festa continua com “Família Em Stress”, “Furo Na Cabeça”, “Acredita”, “Ernesto Desonesto”, o excelente tema popular “Canção De Lisboa” (que nos recorda o Vasco Santana sentado nos degraus a cantar o fado) em versão punk rock que mete tudo em efervescência...

Para respirar um pouco, logo depois, vem “o tema dedicado a todas as Paulinhas...”

Entra-se no universo punk/reggae com “Gingão” numa versão ‘siamesa’ com “Reggaesida”, onde se ‘respira’ o ar da Jamaica...

“Está Na Tua Mão” é mais um excelente momento...

Tudo parece terminar com “Chegámos Ao Fim”, perante um público encalorado a pedir por mais...

O encore não demora e os Peste voltam logo para o palco, para nos proporcionar mais um grandioso ‘medley’ com “Veneno” a tomar as rédeas e a meter todos a gritar bem alto “...desde pequeno só me dão...”, juntamente com “Chuta Cavalo” (que já tinha sido repetidamente pedido pelo público).


Tudo termina em apoteóse, com público e músicos bem suados, desgastados e sedentos, mas extremamente contentes!

Após um momento aos som dos Skatalites, entro em mais uma sessão de DJing seguindo a toada de destacar a música nacional, com referências incontornáveis do punk tuga (com grande animação do pessoal aos ritmos dos Aqui D’El Rock, Mata-Ratos, Crise Total, Ku De Judas e muitos outros), mas com reacções excelentes a novas propostas (por vezes brutal com temas de LoveYouDead, Gazua e ainda com Censurados e Albert Fish) e muitos outros temas lançados nos últimos 2/3 anos...

Olho para trás e vejo os Peste em pleno convívio com o pessoal (sempre) interessado em trocar algumas palavras, tudo com um ar extremamente empenhado em descrever detalhes de momentos do concerto.

Ouvi mesmo um comentário “já não vos via há quê... uns 20 anos... é possível???”

Talvez seja um ‘exagero’... a primeira vez que vi Peste foi... deixa cá ver... há 21 anos!!!

Afinal sim, é mesmo possível que os tenham visto nessa altura...


E a noite durou até tarde, noutra fase passou-se a alguns temas internacionais que se fizeram ouvir há um bom tempo, mas estava tudo animadíssimo...

Especialmente os que escorregavam na zona do chão molhado (mesmo à frente do palco), que bem tentava segurar-se mas era impossível... uma vez lá, era ‘fatal como o destino’.

E quer queiram acreditar, quer não, 'dançou-se até cair' (lá está), com muita agitação, cerveja a saltar e gargantas a debitar...

Há uma certa altura em que o dono do bar me indica “bem, mete mais uns dois ou três temas...”

“Porquê?” perguntei eu, pelo que logo me aponta para o relógio... só nesse momento reparo que já passava das 4h30 da manhã.

Tudo termina momentos depois, com toda a gente satisfeita com esta excelente noite proporcionada pelos Peste & Sida que ofereceram a todos um grande espectáculo cheio de energia e pleno de momentos especiais (até houve direito a ‘parabéns’ para um aniversariante com um grupo de pessoal vindo do Cacém).

Para além dos Peste, estiveram em grande muitos ‘outros’, os já referidos Aqui D’El Rock, Mata-Ratos, Crise Total, Ku De Judas, Censurados, Gazua, LoveYouDead e Albert Fish, bem como os Dalai Lume, MAD, Barafunda Total, Acromaníacos, Corrosão Caótica, Inkisição, 77, Parkinsons, Tara Perdida, Xutos, Mão Morta e muitos, mas mesmo muitos outros.

Tratava-se da noite dos Peste & Sida, uma das melhores bandas em cima de palco actualmente, mas não só, também de toda uma celebração da música portuguesa.

Sem espinhas... enquanto se puder ouvir música assim até às cinco da manhã... estamos todos bem!

Mais uma vez, volto a referenciar o excelente tratamento por parte do staff do Lótus, apesar de imensa gente numa sala daquelas, raramente se esperava no balcão do bar e apesar de tantos saltos, quedas e empurrões, não houve um único momento de ‘stress’ com a gerência e segurança do bar... e isso quer dizer alguma coisa. Muita até.


(fotos por: Goa-Trance)





Podem ver algumas imagens desta noite (captadas por telemóvel, com as devidas limitações, mas dá para 'sentir' minimamente o ambiente vivido no Lótus).



(vídeo por Anton)




3 comentários:

Anónimo disse...

Foi altamente um dos melhores concertoS que vi.Luís F.

Anónimo disse...

Chiiiiiiiiiiiiiii...
Deve ter sido be r u t a l !
Pelas fotos, parece q o ínfimo Lótus se expandiu para receber os Peste e sua audiência!!!!!!!!!

Anónimo disse...

unpaloAnnuash [url=http://wiki.openqa.org/display/~buy-motilium-without-no-prescription-online]Buy Motilium without no prescription online[/url] [url=http://wiki.openqa.org/display/~buy-differin-no-prescription-online]Buy Differin no prescription online[/url]