Antes, pelas 17 horas, esteve à conversa no fórum da Fnac Colombo para nos dar uma ideia do que foi realmente estar numa banda como os Ramones...
Falou também sobre o seu livro, uma auto-biografia intitulada "Marky Ramone - Faith In The Backbeat", recheada de histórias sobre ele e sobre os Ramones, para além de todo o movimento punk em Nova Iorque no final dos anos setenta...
"Sinto que a música dos Ramones ainda é boa de mais para não ser tocada... apetece-me tocá-la com amigos e espero que o pessoal se divirta, nada mais do que isso"...
Foram as palavras de Marky no final da amena conversa...
Marky & Friends foi sem dúvida a festa-tributo que qualquer um de nós podia desejar, com um desfilar de temas clássicos da mítica banda americana...
Apesar da ressaca da passagem-de-ano, o pessoal compareceu em peso, practicamente esgotando a sala lisboeta (mal se conseguia andar, pedir uma cerveja, então...), inclusivamente levando a organização a abrir ao público a parte de trás do palco (houve pessoal que assitiu ao concerto, vendo apenas as costas da banda).
"Rockaway Beach", "Rock'n'Roll High School", "Sheena Is a Punk Rocker","'Pet Semetary", "California Sun", "Beat On The Brat" ou "Blitzkrieg Bop" fizeram a multidão agitar-se em plena festa...
As vozes do pessoal a cantar/gritar os refrões e o conhecido "Hey Oh, Let's Go", não deixavam margem para dúvidas, esta foi uma verdadeira comemoração feita aos Ramones em 2007 (!!!), onze anos depois de terem acabado como banda.
Bem acompanhado por Claire (no baixo), Alex na guitarra (dos Antiproduct) e por um clone do Joey chamado Sebastien, Marky incentivava, discursava, aplaudia e apresentava os temas... e não parava, apesar dos seus 50 anos.
Marky dedica o tema "R.A.M.O.N.E.S." (popularizado pelos Motörhead) aos pareceirtos da banda, entretanto desaparecidos...
Não esquecer que apesar de Marky ser considerado o 'último Ramone', ainda estão vivos e de boa saúde CJ Ramone (baixista da última fase da banda), Tommy Ramone (primeiro baterista e produtor de alguns álbuns) e Richie Ramone (também baterista no meio dos anos 80, que como já noticiei há bem pouco tempo aqui no Billy News, dedica-se a novas ideias).
"I Wanna Be Sedated" e "What A Wonderful World" (o tema popularizado por Louis Armstrong cuja versão entrou no excelente álbum póstumo de Joey Ramone "Don't Worry About Me" editado em 2002) fizeram a festa total nos dois encores, numa altura em que muita gente já se encontrava aos saltos em pleno palco, junto com os músicos, levando a sala ao rubro, como raramente se vê...
Ainda consegui (muito a custo) participar na festa na primeira fila, mesmo assim dando o espaço físico aos músicos para actuar...
Claire, a baixista parecia não se incomodar com nada, pelo contrário, saltava ainda mais no meio do pessoal...
"Isto é festa..." ouvia-se... e sentia-se!
Após ter terminado a actuação, toda a gente ficou com um sorriso nos lábios...
"Mereceu bem a pena ter vindo! Se mereceu..."
Marky enviou-me uma mensagem em que mencionava estar contente por estar de volta a casa, após esta tournée europeia e que disse ainda...
"it was a lot of fun that night. I had not been to Lisbon in a long time. Marky"
Para nós também foi...
Este foi o segundo regresso de Marky a Portugal, após o primeiro concerto no Dramático de Cascais com os Ramones e a participação com os Misfits no Paradise Garage (com Jerry Only e Dez Cadena) há bem pouco tempo.
Na primeira parte estiveram os portugueses Vicious Five que essencialmente animaram um terço do pessoal (que se encontrava à frente do palco), esforçando-se por proporcionar um bom espectáculo (até demais, com algumas 'tiradas' infelizes), mas colocando uma predominância nas guitarras, que era o que mais se desejava naquele momento, recebendo bastantes aplausos no final.
Fotos (possíveis) por Onório (B.N.Contingent-Benfica)
Podem obter informação sobre a actividade de Marky Ramone em...
http://www.myspace.com/markyramone
Hey Oh! Let's Go!!!!!!!!!!!
2 comentários:
Como em qualquer concerto deste tipo, sentiu-se alguma 'dúvida' no ar por parte de algumas pessoas, relativamente ao concerto em si e ao significado que estava inerente...
Até se compreende, mas logo se desvanesceu com toda a agitação, festa e coros gritados a plenos pulmões.
Uma coisa garanto, raramente se esteve tão bem num concerto, o espírito festivo era o "rei da noite".
Muito bom!!!
Pena a cervejola tão cara... mas lá teve que ser.
EXCELENTE
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