quinta-feira, abril 26, 2007

Contra a autoridade

Eis que quando estamos em plena democracia europeia com total direito à opinião e expressão (algo negado por muito tempo, da altura do "mais do que dois é manifestação"), observam-se imagens nada aprazíveis de momentos 'quentes' na manifestação anarquista contra a guerra, em pleno dia 25 de abril, no Chiado...

Isto enquanto o 'cadáver falante' apela na tv a uma maior actividade dos jovens nas manifestações do 'dia da liberdade'...


O resto, já se sabe, depois da confusão há que 'remediar'...

«...ignorámos os senhores de azul ao som de
“Repressão policial: terrorismo
oficial!”...

...a partir daí caminhámos pela Rua do Carmo
ao som de “ A
guerra é terrorismo”...

“Guerra não, nem Estado nem Religião” ecoaram

estrondosamente...»




"...segundo a PSP, depois desta ocorrência
houve um «incremento da
agressividade dos manifestantes»..."

E eis o grande final... a cereja no topo...

"...o ministro de Estado e da Administração Interna,
António Costa, disse
hoje desconhecer os confrontos
de quarta-feira entre a PSP e
participantes
na manifestação...
"

Será que deu o Benfica, ontem???

Tirem as vossas conclusões...

4 Comments:

Blogger Billy said...

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Alguns links com referências ao ocorrido…


http://www.ainfos.ca/01/oct/ainfos00627.html

http://www.portugaldiario.iol.pt/noticia.php?id=802095&div_id=291

http://spectrum.weblog.com.pt/arquivo/2007/04/na_rua_do_carmo_1.html



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10:15 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

http://sic.sapo.pt/online/noticias/pais/20070426+Manifestacao+antifascista.htm

10:45 da tarde  
Blogger Billy said...

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acontecimentos no 25 de abril.... dia da "liberdade"



1º REPORTAGEM.

por Manuel Baptista

A manif correu muito bem, sem incidentes até ao Largo Camões. As pessoas no Largo Camões tiraram fotos, gritaram uns slogans e algumas dispersaram. Outras ficaram mais um pouco e organizaram-se em marcha «de regresso». Assim, começaram a descer (em sentido inverso) o Chiado, virando na Rua do Carmo, umas cinquenta pessoas, gritando slogans anti-fascistas. Eu acompanhei a manifestação «de regresso» até este ponto. Verifiquei que os carros da polícia iam retirando à medida que os manifestantes se aproximavam, os três graduados da PSP, com os seus pingalins, desciam descontraidamente a uns metros à frente da manif. Não houve problemas até meio da Rua do Carmo. Na altura em que estavam os manifestantes a alcançar as escadas por de baixo do elevador de Sta Justa (a meio da Calçada), começaram eles -manifesantes- a fazer meia volta e a correr calçada acima. Alguém os avisou que tinham sido encurralados. E assim foi. Carrinhas com polícias de choque às largas dezenas desceram em grande velocidade o Chiado, selando o alto da rua do Carmo, enquanto outras com igual força e os referidos polícias de choque subiam a rua do Carmo. Estes últimos desceram imediatamente dos carros, ainda antes destes travarem e começaram a correr em direcção aos manifestantes, agredindo-os à bastonada enquanto estes tentavam escapar desesperadamente. Os que estavam perto, meros espectadores ou pessoas que acompanharam o cortejo de lado, ficaram também encurralados por polícias agressivos, com ameaça física a toda a gente, mas que batiam selvaticamente e sem hesitação em alguém que tivesse «aspecto» de manifestante.
Vi polícias em grupos de cinco ou mais «dar caça» na baixa a manifestantes ou outras pessoas. Uma rapariga que ia a fugir, estava diante da Pastelaria Suiça, quando foi agredida, imobilizada no chão e arrastada sob prisão a 500 metros de distância para ser encurralada nos carros celulares. O mesmo passou-se com outros (eles não fizeram nenhum gesto agressivo, a fuga era para os polícias o «motivo» para perseguirem e baterem selvaticamente nessas pessoas).

As pessoas que assistiram a isto tudo têm com certeza cenas de uma brutalidade inaudita para contar (é importante testemunharem para se apurarem responsabilidades) .

Eu tentei evitar que as pessoas permanececem presas, tentei falar calmamente com o graduado da PSP. Este não ficou nada impressionado com o meu pedido, inclusive disse-lhe que o que estava a fazer era profundamente incorrecto e que ao menos soltasse as pessoas, pois não tinha a mínima legitimidade para as manter presas.

As pessoas que foram presas, provavelmente foram brutalizadas todas no momento da prisão, pois eu verifiquei o modo de actuar da polícia em vários casos. Contaram-me que uma jovem ficou com o braço partido, o que não me espantaria.

A actuação foi deliberada.
Foi uma actuação destinada a instilar medo.
O que fizeram e comandaram os graduados da PSP foi obviamente premeditado.
Penso que eles cometeram um atentado à liberdade de manifestação e à integridade fícia de pessoas. É uma acusação grave mas posso (pudemos) prová-la.

Queriam mostrar que são eles que decidem o que é a lei, no 25 de Abril, em especial.

Assim estão eles a «garantir» a segurança dos cidadãos.

Os manifestantes, não estavam a cometer nenhuma infracção grave, apenas estavam a gritar palavras de ordem e mais nada.
A polícia, essa, cometeu desacatos e muitos...

Fascismo NUNCA MAIS... 25 de Abril SEMPRE !!!

O POVO UNIDO JAMAIS SERÁ VENCIDO.



Se realmente o que se passou foi isso é uma pena e uma tristeza. Espero que toda a gente que sofreu esta repressão no 'dia da liberdade' se encontre bem. Estive no início na manifestação, concentração e estava bastante gente (300-400?). A desordem vem das chamadas 'autoridades'.



É incrivel isto ter acontecido. Ainda para mais num dia simbolico como este.
Ghjk, as pessoas nao estao bem nao.. A mim foi so as pernas mas pelo que vi houve pessoas que nao ficaram muito bem.. Varias pessoas levaram bastonadas na cabeca, nos dedos, bracos, enfim tudo o q desse para bater eles batiam. Inclusive em turistas e pessoas que estavam simplesmente a passear .. Era tudo a frente
Nao sei como e q isto se pode passar, ainda para mais neste dia.
Acho que teem q ser averiguadas responsabilidades e as pessoas que filmaram o q aconteceu e n ficaram com as maquinas destruidas ou apreendidas que ponham os videos na net e que mandem para as televisoes.
Repressao policial contra os fascistas e nao contra os que querem manter viva a chama da liberdade ( mas tb que liberdade e q temos hoje em dia...)
Enfim se e este 25 de abril que se comemora todos os anos...



Vi tudo isto acontecer diante dos meus olhos. Nem queria acreditar. Vi polícias à paisana a sacarem dos bastões e a começarem a agredir manisfestantes sem nenhuma razão, tentando assim destabilizar a manif. O que não conseguiram, porque os manifestantes não reagiram violentamente, apenas tentaram acalmar. Mas não valeu de nada, as forças de intervenção já estavam a postos.

Captei alguns momentos e vi muita gente a filmar. Acho que devia haver união destes elementos e mobilização para uma queixa no ministério público.



Um grupo de cidadãos encontra-se concentrado em frente á Esquadra da 1º Divisão da PSP na Rua Gomes Freire nº92 procurando obter a libertação dos detidos. Pede-se a vossa solidariedade.
Telefone 21351600



A morada e o contacto da Esquadra onde os jovens estão detidos

1ª DIVISÃO - TAIPAS Rua Gomes Freire, nº. 92
1169-140 LISBOA 213513600



Liguei para esse nº e não atendem.
Liguei depois para o 217654242 e já me encaminharam para lá.
Estão dez pessoas detidas. Não quiseram dizer o motivo, nem se já tinham apoio jurídico.
É preciso telefonar para lá ou pressiona
Um abraço,



Também liguei para lá e nada, a polícia não se descose.

Do número da esquadra (213513650) dizem que a pessoa que pode dar informações não está disponível - por estar de serviço.
No segundo número (217654242), dizem que ainda não receberam quaisquer informações, o que significa que os detidos estão em esquadra.

Contactei também a Agência Lusa, que diz já estar ao corrente da situação, mas que a polícia também não lhes presta qualquer informação, nem do número de detidos, nem da sua situação dos mesmos e remete tudo para um comunicado de imprensa que sairá amanhã.

Eu acho que seria importante que alguém que participou na manif e esteja mais dentro de todos os acontecimentos, fizesse um comunicado de imprensa com a versão não policial da história, de preferência nas próximas horas, para tentar equilibrar um pouco as mentiras que certamente vão sair no comunicado da polícia.



Os 12 jovens detidos esta tarde vão ser ouvidos no Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa pelas 10 da manhã.

É inadmissível tratar como criminosos jovens que foram selvaticamente agredidos pela PSP depois de uma manifestação pacífica contra o fascismo e o nacionalismo.

O que se passou esta tarde em Lisboa é inadmissível. A Policia deteve imigrantes que procuravam danificar o cartaz do PNR na Praça Marquês do Pombal durante a concentração do 25 de Abril e depois montou guarda ao mesmo cartaz.

A Policia impediu um grupo de cidadãos do Movimento Não Apaguem a Memória de se concentrarem frente à antiga sede da Pide na António Maria Cardoso.

Depois agrediu selvaticamente jovens na Baixa de Lisboa e deteve estes 12 companheiros que de manhã pelas 10 horas vão ser ouvidos num Tribunal de Instrução Criminal.

FASCISMO NUNCA MAIS.

10º

[Actualizada às 0:17 horas]

Várias ruas na zona do Chiado estiveram hoje momentaneamente cortadas devido a incidentes na sequência de manifestações, disse à agência Lusa fonte policial, admitindo ter havido detidos, mas sem especificar os grupos envolvidos.

A mesma fonte adiantou que os detidos - sem precisar quantos - serão presentes quinta-feira de manhã a Tribunal e que o Comando Metropolitano de Lisboa da PSP emitirá um comunicado quinta-feira sobre os incidentes.

Devido a duas manifestações em simultâneo na zona do Chiado, a Lusa foi induzida em erro ao informar que os incidentes tinham ocorrido entre a polícia e elementos do movimento cívico «Não Apaguem a Memória».

A fonte policial disse ainda à Lusa que a intervenção da polícia visou «salvaguardar a integridade física das pessoas».

Além do desfile do Movimento Cívico «Não Apaguem a Memória» estava marcada para a mesma hora, na Praça da Figueira, uma outra manifestação «Contra o fascismo e o capitalismo».

O movimento cívico «Não Apaguem a Memória» promoveu hoje um desfile até à antiga sede da PIDE, a rua António Maria Cardoso, tendo um dos responsáveis negado o envolvimento de elementos do movimento nos confrontos com a polícia.

Contudo, uma mulher que se encontrava no local e que diz ter sido agredida disse à Lusa que a polícia começou a bater indiscriminadamente.

«Eu não fiz nada e apanhei», disse Elsa Oliveira, 25 anos.

Em declarações à agência Lusa, António Melo, do movimento «Não Apaguem a Memória» disse que o desfile visava «aproveitar o simbolismo da data para pôr na agenda política da Câmara de Lisboa e do Estado a utilização de uma parte da antiga sede da Pide como espaço para recordar o que ali ocorria antes do 25 de Abril de 1974».

Acrescentou que o movimento, o promotor imobiliário e a própria Câmara de Lisboa já acordaram que a antiga sede da PIDE terá uma área de 100 metros quadrados para funcionar como espaço museológico a recordar que ali funcionou a sede da PIDE e o que isso representou.

Segundo António Melo, a única coisa que falta neste momento «é a definição jurídica que o espaço irá ter».

António Melo frisou que apesar de se terem deslocado frente à antiga sede da PIDE, onde Fernando Vicente recordou os presos políticos e Garcia Pereira os mortos a 25 de Abril de 1974 quando a PIDE disparou sobre populares «não se registaram quaisquer incidentes com a polícia».

A 16 de Maio o movimento «Não Apaguem a Memória» promove um colóquio na sede da Ordem dos Arquitectos, apelando a que surjam ideias sobre o futuro espaço museológico naquele local.

11º

Um companheiro chegou a casa sosinho e caio na rua sem conseguir respirar e as costas e zona abdominal todas negras com marcas de bastonadas. encontra-se neste momento no sao francisco xavier

12º

Eu estive na manifestação mas já não presenciei os acontecimentos. Sai da Praça da Figueira por volta das seis e meia. A Praça encontrava-se na altura cercada de Policias em pequenos grupos.

Na zona por de trás do Teatro Dona Maria II junto á esquadra de policia estavam quatro carrinhas de policia com agentes equipados com escudos e viseiras. Isto chocou-me porque ainda desfilava a manifestação do 25 de Abril.

Quando subi o Chiado desciam carros da policia. E já cerca das nove horas da noite quando voltei a passar no Largo do Camões depois de jantar a presença policial era ainda forte.

No dia da Liberdade isto faz impressão a qualquer um. Um grupo de turistas ingleses perguntou-me até se estava a acontecer alguma coisa.

actualizamos as fotos do nosso myspace com imagens do que se passou



http://www.myspace.com/movantifaport


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6:12 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

http://galerias.escritacomluz.com/ajlborges/album06

12:31 da manhã  

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