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quarta-feira, outubro 07, 2009

Faro Alternativo IV – review do segundo dia



Pelas 20h50 (apenas 5 minutos depois do previsto) os An X Tasy abriam as hostilidades... descarregavam uma fúria hardcore complementada pelas mensagens...

Logo depois, vieram os Gazua, com um repertório forte e desafiador, com temas ‘escolhidos a dedo’...

Pouco depois vieram os k2o3, com a sala completamente composta apresentaram os seus temas com um público bastante fiel...

Os Capitão Fantasma arrancaram com bastante energia, destilando a sua mistura punk/rock ‘n’ roll a ritmo ‘speedado’... Jorge Bruto estava inspirado, numa prestação meio teatral...

Entre a actuação das bandas, estiveram no palco superior os projectos Betão Armado e Keep Walking, que foram bem competentes...

Depois, houve uma ‘Billy session’ noite fora no Arcádia Rock Bar, um simpático espaço aberto às sonoridades rock...





Podes ler a referência na íntegra a esta noite, clicando em "Comments" já abaixo...


9 comentários:

Billy disse...

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Faro Alternativo IV – review do segundo dia


Infelizmente por só poder estar presente no dia 3 de Outubro, não pude assistir ao ‘warm up’ do festival no dia 1, nem à excelente prestação dos Bizarra Locomotiva (segundo me relataram, a sonoridade da banda debitada em palco fazia ‘tremer a roupa’ dos presentes), nem das restantes bandas do cartaz relativas ao dia 2, que foi bastante positiva ao que consta.

A meio da tarde, eu chegava a Faro na companhia dos sempre bem dispostos Gazua, acompanhados do técnico Bravo (dos estúdios Crossover, em Linda-a-Velha).

Já havia movimentação junto à Associação de Músicos local (onde decorria o evento).

Ao entrar rapidamente notei que é um local espectacular, assemelha-se a um enorme armazém e está equipado com bastante material.

No fundo, vislumbra-se um considerável palco com PA montado, no lado oposto uma pequena zona elevada também com um palco e algumas galerias laterais em jeito de depósito de material e zona de ‘relax’ para as bandas.

Na preparação do habitual ‘sound-check’ foi nos indicado que haveria um atraso... ‘estamos lixados, algumas horas’, calculei eu. Nada disso, ‘vão beber uma cerveja, daqui a uns 30 minutos é a vossa vez’, referiram.

E foi mesmo isso, a I Can C U fez questão de respeitar o horário estipulado para tudo, e ‘atraso’ era sinónimo de ter que despachar, para a banda seguinte não ficar prejudicada. Excelente atitude, diga-se.

Depois do teste feito, seguiu-se mais momentos de convívio com pessoal de Faro, que aguardavam pelo início do espectáculo, seguido do respectivo jantar, com praticamente todas as bandas e técnicos presentes (por lapso, esqueceram-se dos vegetarianos e apesar do frango ser bem saboroso, houve outras opções).




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Billy disse...

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Pelas 20h50 (apenas 5 minutos depois do previsto) os An X Tasy abriam as hostilidades. A proximidade pessoal e conhecimento dos temas da banda local indicava a óbvia concentração junto ao palco.

Ainda com o espaço a ‘meio gás’, o vocalista/guitarrista Rafael não se fazia rogado, incitava os presentes, apelava aos agradecimentos a quem organizava e participava no evento, nas pausas da forte sonoridade da banda.

A guitarra forte marcada pela bateria, descarregava uma fúria hardcore complementada pelas mensagens sérias e por vezes pessoais, transmitidas nas letras dos temas.

Uma boa prestação que terminou com um maior número de aplausos, devido à contínua chegada de mais gente, minuto a minuto (e óbvio agrado).




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Billy disse...

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Logo depois, vieram os Gazua, com um repertório forte e desafiador, com temas ‘escolhidos a dedo’ devido aos pouco mais de 30 minutos estipulados para a prestação.

“Turbilhões”, “Se Tens Vontade De Gritar” e outros temas bem agitaram os presentes, muitos dos quais a acompanhar a banda, conhecendo a maior parte das letras dos temas.

“Para Todos” é a contestação em forma de música e bem se gritou em plenos pulmões «...os proveitos e as riquezas ou são para todos ou não são para ninguém». A costela Joe Strummer faz-se sentir...

Melhor soou a reinterpretação de “Queremos A Música De Volta” que sem os devaneios do saxofone (no álbum), deu origem a solos frenéticos (alô, Jimi Hendrix), mensagens apenas ao ritmo de bateria, apelos do vocalista/guitarrista João à consciência de todos e à anti-apatia, com direito a salto para o meio do público enquanto interpretava o final da faixa.

“Fazia Tudo Outra Vez” contou com a presença do vocalista dos An X Tasy, num momento bastante forte.

Prestação bastante forte, que cativou muita gente, alguns dos quais com alguma curiosidade e expectativa em ver a banda, após a arrebatadora actuação na edição deste ano da Festa Do Avante.




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Billy disse...

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Pouco depois vieram os k2o3, com a sala completamente composta apresentaram os seus temas com um público bastante fiel.

A longevidade da banda de Santiago do Cacém faz-se sentir.

A coesão dos elementos e a segurança em palco transmite-se e a música desfila com naturalidade.

O movimento logo em frente não enganava, enquanto a banda de Ulisses e companhia apresentava os seus temas clássicos, alternados com faixas do recente álbum “No Fio Da Navalha”.

Finalizam perante bastantes aplausos, brindando ainda os presentes com “Vaquinha”, uma espécie de ‘ex-libris’ dos k2o3, com o ‘carimbo de faixa obrigatória’.



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Billy disse...

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Depois de alguns minutos, subiu a palco a banda ‘cabeça-de-cartaz’.

Os Capitão Fantasma arrancaram com bastante energia, destilando a sua mistura punk/rock ‘n’ roll a ritmo ‘speedado’.

Jorge Bruto é sem dúvida a ‘imagem’ da banda.

Com uma inspirada actuação, concentrou todos os olhares com a sua prestação meio teatral, meio zangada, dando saltos, ajoelhando-se e batendo furiosamente com o microfone no chão!

Muita gente estava à espera de ver esta banda, o espaço estava praticamente esgotado nesta altura, fazendo-se sentir um enorme calor.

Talvez por o pessoal não os ver ao vivo há algum tempo, muita gente ficou a apreciar os pormenores de toda actuação, apesar dos incentivos da banda para se mexerem.

Só na frente de palco se fazia sentir o movimento das pessoas, bastante contagiadas pelos ritmos rock ’n’ roll e agressividade dos temas, mas o ‘algodão não engana’ e apesar de alguns estarem aparentemente estáticos, ninguém voltou costas à prestação.

Pelo contrário, percebia-se a avidez em estar atento a tudo, multidão fora.

Houve ainda direito a ‘encore’, apesar de ultrapassada a meia-noite (horário em que teria tudo de terminar), com bastante suor e cerveja ao ritmo de “Rock Das Caveiras”.

O rock, esse foi definitivamente o ‘rei da noite’



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Billy disse...

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Entre a actuação das bandas, estiveram no palco superior os projectos Betão Armado e Keep Walking, que foram bem competentes.

Com uma sonoridade hardcore bastante forte e cativante, rapidamente reuniram e esgotaram o pequeno espaço disponível, deixando muitos nas escadas de acesso.

Definitivamente de parabéns, as duas bandas.



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Billy disse...

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Depois, houve uma ‘Billy session’ noite fora no Arcádia Rock Bar, um simpático espaço aberto às sonoridades rock.

A noite foi dedicada ao fenómeno punk (para variar...) com especial destaque à música portuguesa, onde os elementos das bandas, técnicos, colaboradores e organizadores do evento se juntaram e brindaram a esta excelente noite, que correu sem quaisquer incidentes desde o início, nem com atrasos relevantes.

Pulou-se muito, gritou-se bastante os refrões dos temas que iam passando... e bebeu-se ainda mais.

Em certos momentos, a festa estava rija com vários copos a partirem-se e alguns empurrões a esbarrar nas mesas do bar, que por vezes transbordava de gente (e de calor).

O ambiente estava ainda complementado com membros de outras bandas presentes (alô, Canhões De Guerra, Kontrattack e outras), o que só ajudava ao ambiente festivo.

Pelas quatro horas da manhã, apesar do desagrado de muitos, deu-se por finalizadas as festividades, com tudo a conversar de copo na mão e a não arredar pé do bar.

A noite terminava numa pensão local, com as bandas a dedicarem-se lentamente ao merecido descanso.

Azares dos azares, logo cedo pela manhã, o cigarro aceso no quarto de um dos músicos deu origem ao alarme mais alto e vibrante que já ouvi na vida, levando tudo a levantar-se com ‘aquela cara de ressaca’ e sentimento do ‘foda-se, acabei de me deitar agora mesmo’, meio na dúvida do que seria e a verificar que afinal não se tratava de um eventual incêndio.

Pelos vistos, as noites de Faro são mesmo assim... vibrantes!

Para recordar, ficam os vários momentos que envolveram este evento, que reuniu um número considerável de pessoas em volta de bandas ao vivo e do espírito punk aqui em Portugal, que afinal ainda arrasta bastantes fãs e curiosos.

Também aqui fica um agradecimento especial à I Can C U pela maneira como nos tratou, pelo excelente ambiente conseguido e pela destreza em resolver pequenos imprevistos que sempre sucedem, especialmente em palco.

Por fim, um abraço especial a todos os presentes que em conjunto, fizeram desta noite um momento festivo, digno de se realizar em qualquer ponto do país, de fazer inveja à nossa capital (que tanto gosto).




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Anónimo disse...

Pelos comentarios que vi parece que foi fixe mesmo. Só é pena nao se realizar cá um Lisboa Alternativa.

Anónimo disse...

e o outro dia nada?