Festival Outsider II: O Punk Português está vivo, de boa saúde…e recomenda-se!
«A provar que a herança da cultura punk está viva e pujante na cena musical underground portuguesa decorreu no passado sábado 17 de Outubro na Caixa Económica Operária, em Lisboa, a 2ª edição (1ª parte) do Festival Outsider, evento organizado pela fanzine de punk rock com o mesmo nome...
...cumpriu inegavelmente os seus principais objectivos, proporcionando a um conjunto de músicos portugueses a divulgação do seu trabalho e a partilha do seu talento e criatividade com um público entusiástico...
..os X-Katedra, uma jovem banda lisboeta com vincadas influências de Censurados...
...seguiram-se-lhes os animados R12, provenientes de Glória do Ribatejo...
...rendeu-se ao humor hilariante dos Boca Doce e das suas versões rock/punk rock de temas consagrados da música popular portuguesa...
...a noite terminou em delírio com a actuação explosiva dos satíricos Kalashnikov...»
por Maria João Ramos
(reportagem gentilmente cedida ao Billy News pela autora)
Podem ler o artigo na íntegra, clicando em "Comments" já abaixo...
9 comentários:
Mete a critica billy
Meto eu a critica....
R12 merecia mais que o comentário "animados"...
E Kalashnikov, em "delírio" ficou o pessoal, quando depois da 3ª música, desapareceram e até hoje mais ninguém os viu. Mas pronto!! toda a gente tem direito a ficar doente. Eu tou doente e tou a trabalhar que nem uma mula neste momento...
CTX-530
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Agora sim, o texto na íntegra...
Festival Outsider II: O Punk Português está vivo, de boa saúde…e recomenda-se!
A provar que a herança da cultura punk está viva e pujante na cena musical underground portuguesa decorreu no passado sábado 17 de Outubro na Caixa Económica Operária, em Lisboa, a 2ª edição (1ª parte) do Festival Outsider, evento organizado pela fanzine de punk rock com o mesmo nome.
Esta publicação, que já vai na sua 16ª edição, tem como principal objectivo divulgar “concertos, bandas e artes (…) muitas vezes marginalizadas pelos grandes meios de informação nacional” e conta com a colaboração de nomes consagrados do punk português da actualidade, como João Ribas dos Tara Perdida (também subdirector da revista) e João Pedro Almendra dos Peste e Sida.
Abraçando o ideário punk original, a Outsider assume-se como completamente D.I. Y. (“do it yourself”/“Faça você mesmo”) e apresenta uma qualidade surpreendente, não só a nível gráfico e visual como em termos de conteúdo, organização e escrita, revelando o empenho e profissionalismo dos seus redactores.
A última edição da revista inclui, entre outras coisas, um artigo dedicado ao programa musical da Festa do Avante e uma crítica bastante elogiosa ao novo álbum da inovadora banda bejense de Metal Ho-Chi-Minh :“It Has Begun”.
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Nesta primeira parte da 2ª edição do Festival a Outsider cumpriu inegavelmente os seus principais objectivos, proporcionando a um conjunto de músicos portugueses a divulgação do seu trabalho e a partilha do seu talento e criatividade com um público entusiástico, ainda que relativamente restrito.
Os primeiros a actuar foram os X-Katedra, uma jovem banda lisboeta com vincadas influências de Censurados e Tara Perdida e letras reveladoras de uma fina crítica social e política, abordando temas tão clássicos do punk mas simultaneamente tão actuais como a pobreza, o individualismo e a solidão, a manipulação e desinformação dos media, mas também o apelo à acção individual como contributo necessário à transformação e melhoria sociais.
Seguiram-se-lhes os animados R12, provenientes de Glória do Ribatejo, com o seu “punk agricultor” e diversos temas do seu primeiro trabalho “Boletim Agrário”, eleito o melhor álbum de punk rock em 2008 no conceituado blogue Billy-News.
Mais uma vez estiveram bem patentes a consciência e a crítica sociais e políticas, por exemplo na relação estabelecida entre a subsídio-dependência da UE e o declínio da agricultura regional (e nacional?) no tema “Punk agricultor”.
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O público, em número crescente à medida que o serão avançava, e já bastante acalorado com a actuação contagiante dos R12, rendeu-se ao humor hilariante dos Boca Doce e das suas versões rock/punk rock de temas consagrados da música popular portuguesa.
Vestidos a rigor, num estilo reminiscente de artistas como Marco Paulo ou Tony Silva (a persona de Herman José) – que o vocalista José Clementino, com um postiço de fartos caracóis, camisa de folhos e sapatos tigresse evocava na perfeição – os Boca Doce levaram o público ao rubro.
A noite terminou em delírio com a actuação explosiva dos satíricos Kalashnikov, a banda de War Metal do brilhante humorista Jel/Nuno Duarte (Homens da Luta, Vai tudo a Baixo, Revolta dos Pastéis de Nata).
Em conclusão: uma noite animada e culturalmente enriquecedora, a um preço módico, num local emblemático da luta e da cultura operárias, com um evento musical de qualidade e que agradou a um público muito heterogéneo, bem-disposto e participativo, que contribuiu para um ambiente descontraído e amistoso.
Surpreendeu não só a qualidade de músicos jovens como o acutilante espírito crítico, de resistência e rejeição do mainstream por parte de uma facção juvenil que é esclarecida, atenta e que perspectiva com clareza a sociedade em que vive.
Digna de menção é ainda a dedicação dos organizadores (entre os quais João Ribas e DJ Billy) que, protagonizando mais uma vez o velho espírito punk D.I.Y., não tiveram mãos a medir.
Com modéstia, naturalidade e um espírito de missão próprio de quem persegue um ideal, estiveram permanentemente envolvidos no apoio às bandas e nas inúmeras tarefas organizativas que caracterizam este tipo de evento – sem dúvida um preço menor a pagar pela recusa do circuito e da lógica comerciais, outra característica da ética punk, patente em bandas como The Clash.
Resta-nos aguardar com expectativa e entusiasmo a 2ª parte desta festa da cena musical alternativa, marcada para o próximo dia 24 no mesmo local.
MJ Ramos.
Links úteis:
http://www.myspace.com/revistaoutsider; http://billy-news.blogspot.com/
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Final da reportagem!
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Ah!!!! Assim está bem......
Faltava por ai qualquer "coisinha"...
Já me calei, quanto a R12, está bom, sim senhor, eles são mesmo assim........Punk agricultor em bom!!!!
Ass.: CTX-530
Foi uma grande noite sem dúvida!
Organização excelente, publico excelente! *****
Interessante a reportagem, apesar de não ter ido vou ver se consigo ir amanhã.
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